terça-feira, janeiro 29, 2013

Repórteres sem Fronteiras

Leia o relatório do Repórteres sem Fronteiras sobre o mapa da mídia no Brasil.

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Reunião vai avaliar uso de agrotóxicos em alimentos

Técnicos do Departamento de Vigilância Sanitária (DVS) da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) estarão reunidos com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (29), em Belém. Eles vão avaliar os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos in natura que chegam à mesa do consumidor paraense. Entre outros assuntos em pauta, estão os resultados das fiscalizações realizadas em 2011 e uma parcial do que foi feito em 2012.

A reunião segue o protocolo do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado pela Anvisa em 2001. o "Para" tem o objetivo de avaliar a qualidade dos alimentos em relação ao uso de agrotóxicos. A exposição de pessoas aos agrotóxicos pode ser atribuída ao consumo de alimentos oriundos da produção agropecuária e ao contato direto, no caso dos aplicadores rurais e/ou manipuladores, ou ainda ao contato indireto, como no caso das populações que estão sujeitas à aplicação de agrotóxicos para controle de vetores das endemias. São analisadas algumas culturas selecionadas na Ceasa, nas feiras e supermercados, como alface, banana, batata, cenoura, laranja, maçã, mamão, morango e tomate.

Informe técnico do DVS da Sespa complementa que durante a reunião ainda serão colocados em pauta os seguintes assuntos: embasamento legal para execução das ações; documentos a serem fornecidos no ato da fiscalização; coletas fiscais de amostras; integração de gerentes e controle de qualidade; cadastro de produtores, distribuidores e abastecedores e rastreabilidade.

Além da Sespa e da Anvisa, estarão presentes técnicos do 1º Centro Regional de Saúde e do Departamento de Vigilância Ambiental da Sespa, da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Belém; da Associação Paraense de Supermercados (Aspas) e da Central de Abastecimento do Pará (Ceasa). (Ag. Pará)

Diácono é ordenado padre em Marabá

O Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, na Folha 16, esteve lotado na missa do último domingo (27), com fiéis e padres de todas as paróquias da Nova Marabá reunidos para presenciar a ordenação presbiteral do agora padre Patrick Fernandes da Costa, de apenas 25 anos. Foi a primeira ordenação presidida pelo novo bispo da Diocese de Marabá, dom Vital Corbellini e a celebração foi coberto de emoção do ordenado e de seus familiares.

Patrick Fernandes da Costa cursou dois anos de Filosofia no Paraná e mais quatro anos de Teologia em Belém. Em 14 de julho de 2012 foi ordenado diácono e agora chega a padre. Com idade mínima permitida para ordenação, ele se diz muito feliz com esse momento da sua vida.

O novo padre é de origem capixaba e teve entre os parentes que vieram prestigiá-lo, a presença das avós Luiza Formentini e Florisbela Casé, as quais entraram na igreja carregando uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, além dos pais de Patrick, Mirtes Aurélia Formentini e Jodair Fernandes da Costa e irmãos.

A ordenação presbiteral foi uma celebração longa, com 36 momentos, segundo o caderno distribuído aos fieis. O rito contou com eleição, testemunho de um leigo, ladainha, imposição das mãos, prece de ordenação, vestição da estola e da casula, unção das mãos, entrega do pão e do vinho e abraço da paz do bispo e dos presbíteros (demais padres).

O novo padre exercerá ministério em Parauapebas a partir de fevereiro, onde será vigário paroquial na Paróquia de São Sebastião. A primeira missa rezada por ele já na condição de padre será nesta quarta-feira, no mesmo Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, na Nova Marabá, a partir das 19h30. “Aproveito para convidar a todos os fiéis da igreja para esta missa”, dizia ontem Patrick da Costa.

Mais um nome nos bastidores da Amat

Surge um terceiro nome postulante à presidência da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (Amat-Carajás). É o prefeito de Ourilândia do Norte, Maurílio da Cunha, o Maguila (PSC). Ele teria sido convencido pelo presidente estadual do seu partido, o deputado federal Zequinha Marinho.

Os outros dois nomes que já estariam trabalhando nos bastidores são do prefeito de Itupiranga, Benjamin Tasca (PT) e de Rondon do Pará, Cristina Malcher (PSDB), esta última do partido do governador Simão Jatene.

Ainda não está certa a data para a Assembleia Geral Ordinária voltada à eleição da diretoria da entidade, mas deverá ser logo após o Carnaval, em Marabá.

Hospital particular monta sua própria usina de oxigênio

Hospital particular tradicional em Marabá e hoje controlado pela Unimed Sul do Pará, o Climec recebeu na última semana o equipamento que vai lhe permitir ter sua própria usina de oxigênio medicinal. A novidade já deve entrar em operação esta semana, segundo apurou o blog, e garantirá à unidade economia em comparação ao produto vendido no mercado, que é bem restrito.

A fotografia do equipamento sendo movimentado por um guincho no pátio do hospital foi postada ontem em uma rede social pelo administrador Eugênio Alegretti, comemorando o fato de ser o primeiro do gênero em Marabá. Mais tarde, em linha com a Redação, o presidente da Unimed, médico Jorge Bichara, dava mais detalhes sobre a aquisição, que envolve investimento total de R$ 500 mil.

São, na verdade, duas unidades, uma principal e uma sobressalente de igual capacidade. Cada uma tem capacidade de produzir até 8 mil metros cúbicos por mês de oxigênio medicinal. O Climec deve demandar só a metade disso num primeiro momento. “O consumo de oxigênio do hospital é muito grande. Com isso, optamos por ter a nossa própria usina”, comenta Bichara.

A providência acompanha uma série de investimentos estruturais feitos para o advento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto que o hospital inaugura entre março e abril de 2013. Serão os seis primeiros leitos de UTI particular do sul e sudeste do Pará, segundo a cooperativa médica.

Na mesma data da inauguração da Terapia Intensiva será aberta toda uma ala nova do Climec, que passará a ter 32 leitos no total. O próximo passo, a partir de então, será a UTI neonatal e a construção de um Centro de Material Esterilizado.

Ainda sobre a usina de oxigênio medicinal, trata-se de equipamento nacional, trazido de São Paulo, nos mesmos moldes do que já utilizam hospitais de médio porte no Maranhão e no Tocantins.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Saci, a vítima passiva do sistema

Em Marabá, todos sabem o que é o Saci (Serviço de Atendimento ao Cidadão) e como funciona. O nome, porém, acabou incorporando um significado bem diferente do que o que fora idealizado. Ao invés de ser tido como um facilitador da vida do cidadão comum, virou um microcosmos da burocracia que impregna o serviço público brasileiro. E olha que mexer com gente dá voto, dizem os politiqueiros. Porém, no caso de Marabá, sempre foi mais importante entregar esse órgão a cabide de emprego, sucateando o bom atendimento e premiando a troca de favores.

O que me levou a escrever hoje sobre este tema foi o resultado de recente reportagem do CORREIO DO TOCANTINS sobre o órgão, onde ficou bem claro que o governo mudou e o modelo está fadado a ser o mesmo. Esta semana, a secretária de Assuntos Comunitários, pasta que manda no órgão agora, dava entrevistas garantindo que vai descentralizar o Saci e falando até em abrir uma unidade na Velha Marabá, no prédio da antiga feirinha. Hum?!

Vejo as afirmações da secretária bem mais como a empolgação de quem está chegando agora, do que a expressão da realidade do sistema. Outros antes dela fizeram grande alarde prometendo construção de um prédio novo na Nova Marabá, pois o velho terceiro piso do Centro Administrativo não oferecia condições. O tempo passou e... nada mudou. É desesperador que um cadeirante ou alguém de muletas tenha de enfrentar três lances de rampa para chegar ao pé do balcão.

Tem mais, depois de um período agudo de crise do órgão no último governo, quando usuários passavam a noite e madrugada na porta do prédio e a situação gerou inúmeras reportagens no CT, na TV e no rádio, algum tecnocrata ‘espertinho’ teve uma grande ideia. Ampliar a capacidade de atendimento? Não, claro. Criar um dia apenas de distribuição de senhas, no caso a segunda-feira, e dispensar qualquer outro que se apresentasse ao local nos demais dias sem a senha em mãos.

Muito ‘espertinha’ a manobra, dentro do conceito do ‘jeitinho brasileiro’ e, obviamente, um atentado à inteligência e aos direitos do cidadão que tanto precisa dos serviços. A providência acabou com a fila diária, mascarando que o atendimento tivesse melhorado, porém atendendo o mesmo contingente de sempre, e às vezes nem isso. A demanda continuou a mesma e os agendamentos podem jogar um usuário para até um mês depois.

Inaceitável, revoltante, desumano. Não há outros adjetivos, me perdoem. Só vejo um propósito no sucateamento e no primitivismo do atendimento do Saci: privilegiar o clientelismo. Deixar nas mãos do gerente do órgão, seja ele quem for e em que gestão, o poder de privilegiar os seus, fazendo média com alguém por agendamentos mais curtos ou por pular a fila.

Tem mais, o Saci tem na sua essência a necessidade de parceria entre os órgãos do Estado e do Município, porém é sabido que estas duas instâncias vivem às farpas, com prefeitos e governadores que não se dão bem e o panorama não é diferente nos dias de hoje. A carteira de identidade, por exemplo, é um dos documentos mais procurados e é emitido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), órgão estadual.

O Saci é primo do Vapt-Vupt, de Goiânia (GO), um serviço que se não é de excelência ali, é pelo menos mais humano e ágil, com estrutura, recursos financeiros e agências espalhados por vários bairros, pois o pobre, aquele que mais precisa, não tem condições de se locomover a quilômetros.

É sonho, e apenas sonho até hoje, que o Saci cumpra com o que diz o seu nome e forneça cidadania a quem dela precisa. É pedir muito? Claro que não.

Prefeito denuncia que existia “mensalinho” na Prefeitura


Uma declaração feita pelo atual prefeito de Marabá, João Salame Neto (PPS) na manhã desta sexta-feira (18) promete dar o que falar e toma tons de denúncia grave. Em discurso a homens do DMTU e da Guarda Municipal, no auditório de uma faculdade, o gestor disse explicitamente que existia ‘mensalinho’ no governo anterior e que uma lista que chegou as suas mãos dá até os valores que alguns vereadores recebiam, alguns na casa dos R$ 40 mil. Apesar disso, ele não declinou os nomes de quem teria recebido quantias.

A fala de Salame aconteceu no momento em que ele revelava vir recebendo pressão de vereadores por contratações, ao que ele afirma vir se esquivando com o discurso de que só vai contratar pessoal realmente necessário e para trabalhar efetivamente.

“Já avisei para os vereadores, são todos meus amigos, mas essa conversa acabou. Dar dinheiro para vereador todo mês, acabou. Não existe mais esse negócio. O tal do mensalinho. Existia na Prefeitura, vocês pensam que não? Eu vi uma relação outro dia e tinha vereador que pegava até R$ 40 mil por mês. R$ 10 mil, R$ 30 mil. Então, essa brincadeirinha acabou. Nós vamos moralizar essa prefeitura”, bradou o prefeito ao microfone.

A fala do gestor joga novos holofotes sobre a atuação da Legislatura passada da Câmara Municipal que já sofreu grande ônus da desastrosa reta final do governo. A instauração de Comissão Processante e análise de CPI apenas nos últimos dias do período foi criticada por setores da sociedade, sobretudo pelos sindicatos de servidores públicos.

A própria revelação recente de que a Legislatura passada aprovou o aumento dos salários de vereador de menos de R$ 6 mil para R$ 9 mil, quando muitos servidores ainda têm atrasados a receber, não repercutiu bem. O de prefeito, na mesma leva, passou de R$ 17 mil para R$ 25 mil. Até os secretários tiveram a remuneração elevada para R$ 9 mil. Quanto a esse tema o novo prefeito também se manifestou em outra ocasião, chamando de “imoral” tal reajuste e prometendo enviar projeto à Câmara para diminuir em 20% os próprios vencimentos.

PRESSÃO
Outra revelação bombástica do prefeito em caso no qual ele também não declinou nomes, foi de que está sendo assediado por empresários que têm dinheiro a receber de serviços prestados ao governo anterior, com propostas incisivas e maliciosas.

“Se eu quisesse, hoje, com 15 dias de governo, eu já estaria milionário. Só para vocês terem um exemplo, teve um dia, no início do governo, que um cidadão foi na minha casa e disse que tinha R$ 500 mil pra receber da prefeitura e que se eu pagasse ele me dava a metade. R$ 250 mil eu enfiava no bolso”, narrou Salame.

Nesse ponto, o gestor voltou a garantir que não pagará notas que não tenham sido empenhadas e que as empresas interessadas em ainda receber por algum serviço prestado terão de requerê-lo na Justiça. “Não sou obrigado a pagar e já avisei que eu vou recorrer até ao Barack Obama. Pode entrar na Justiça que se eu precisar chegar ao Barack Obama eu vou. Se eles sabiam da irresponsabilidade que estava instaurada na prefeitura então por que continuaram vendendo?”, questionou.

CENTRALIZAÇÃO
Outra fórmula que Salame diz ter encontrado para frear os gastos e fechar as torneiras na gestão foi esvaziar os poderes dos secretários municipais, tirando destes a decisão sobre contratações ou sobre compras. “Antigamente tudo que era secretário contratava gente, comprando pra secretaria, mas não tinha planejamento algum. Então você imagina vinte e tantos secretários comprando e contratando. Deu no que deu e quem pagou o pato? A maioria dos servidores e a sociedade que não tem um serviço que preste”, declarou.

As compras estão agora centralizadas na Secretaria Municipal de Administração, como adiantado outro dia pela coluna Repórter Tocantins, sob responsabilidade do ex-vereador Ademir Martins (PT), titular dessa pasta.