quarta-feira, setembro 03, 2014

Artigo

Eleições limpas valorizam civismo
Ariovaldo Caodaglio*

A votação direta e soberana para presidente da República e os demais cargos eletivos, uma conquista política e pacífica da população brasileira, é o momento maior da democracia. É a oportunidade de discutir os problemas e outorgar as soluções àqueles políticos que mais se comprometam com os anseios da sociedade. Por tudo isso, os debates, a propaganda eleitoral no rádio e TV, os comícios, cartazes, “santinhos” e todo material promocional permitido por lei são legítimos para a interação entre eleitores e candidatos.

Em meio à grande festa democrática das eleições brasileiras, contudo, partidos, candidatos, cabos eleitorais, militantes e todo o eleitorado precisam adotar uma atitude cívica quanto à limpeza das cidades. O ótimo ambiente que se tem verificado nas eleições, de ordem, paz e exercício consciente do direito e do dever do voto, ainda não avançou no tocante ao meio ambiente urbano. No pleito de 2012, por exemplo, quando elegemos prefeitos e vereadores, as cidades foram sujas por milhões de “santinhos”, bottons, cartazes e outros materiais de campanha largados nas ruas e praças, além de saquinhos de papel e plástico, restos de comida e resíduos de diversos tipos. Tudo muito incoerente com o espírito cívico que deve caracterizar uma eleição.

Se avançamos no plano político desde a redemocratização, agora é preciso esse cuidado especial com o meio urbano. Sujar as ruas contraria os discursos de todos os políticos. Alguns deles defendem de modo fervoroso o meio ambiente e o fazem constar de suas plataformas programáticas. E o eleitor acredita! Tanto assim que os partidos com propostas voltadas à melhoria do ambiente urbano, que promovem a qualidade da vida, saíram vitoriosos nas urnas em 2012. Segundo levantamento divulgado após as eleições municipais, algumas legendas que seguem essa linha dobraram o número de vereadores eleitos. Nomes conhecidos pela defesa da responsabilidade socioambiental obtiveram votações expressivas e figuraram na liderança dos votos.

Com certeza, a questão ambiental e o desenvolvimento urbano também serão temas muito presentes nas eleições gerais deste ano. É mais uma oportunidade de demonstrar coerência, estimulando os cabos eleitorais, a militância e os eleitores a não jogarem papel e resíduos nas ruas, utilizarem lixeiras e deixarem as cidades limpas. Espalhar nas calçadas e ruas milhões de “santinhos” e folhetos, em comícios e nos dias da votação, não interfere no resultado das eleições. Trata-se de imenso desperdício de papel e de um péssimo exemplo para as novas gerações.

Nos dias de votação na cidade de São Paulo, em 2012, as empresas responsáveis pela limpeza urbana tiveram de montar operação extraordinária, e o volume de resíduos sólidos retirado das ruas foi três vezes maior do que a média diária. Ou seja, o comportamento inadequado dos protagonistas das eleições — eleitores, candidatos, militantes e partidos — exigiu a mobilização de imenso contingente de trabalhadores agentes ambientais, turnos extras de trabalho ao planejado inicialmente e custos adicionais para o poder público.

Este ano, quando os brasileiros irão às urnas pela sétima vez, desde a redemocratização, para eleger o presidente da República pelo voto direto, já é hora de todos demonstrarem responsabilidade e civismo também quanto à limpeza de suas cidades. As eleições representam oportunidade de interferir na história, melhorar o país e solucionar problemas. Serão ainda melhores se todos contribuírem para que transcorram em cidades limpas.

*Ariovaldo Caodaglio, cientista social, biólogo, estatístico e pós-graduado em meio ambiente.

Instituto Hozana Lopes de Abreu realiza 2ª mostra cultural

Os moradores do Jardim União e imediações tiveram a oportunidade de participar, na noite da última sexta-feira, dia 29, da 2ª Mostra Cultural promovida pelo Instituto Hozana Lopes de Abreu, que atende crianças e adolescentes no bairro da Liberdade. A mostra, que teve o apoio da SINOBRAS através do Instituto WMA, foi realizada no Núcleo de Extensão que é um ponto de apoio da Biblioteca Hozana Lopes e está localizado no bairro Jardim União.

O evento teve a participação dos grupos de teatro, dança e circense formados por crianças e adolescentes das duas comunidades, que durante dois meses participaram de cursos, a exemplo da oficina de arte circense que formou novos palhaços mirins. A partir de agora, alguns dos participantes da oficina serão integrados à Turma do Sorriso, grupo de palhaços do Instituto, formado atualmente por pouco mais de 50 pessoas entre crianças e adultos.

Segundo Lara Borges, coordenadora do Instituto, “é uma grande satisfação poder contar com o apoio de empresas como a SINOBRAS, que se disponibilizam a desenvolver a cultura em nossa cidade e criar a possibilidade de melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes em situação de risco”, afirmou.

OAB criará departamento para cuidar de casos de violência contra advogados

Durante reunião do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, que ocorreu em Brasília, o presidente da OAB Pará, Jarbas Vasconcelos, pediu a criação de um departamento de atuação nacional e outro específico para cada seccional, para monitorar, controlar e acompanhar casos de violência contra advogados.

A proposta de Vasconcelos, aceita por unanimidade pelos demais colegas, será levada à deliberação na próxima sessão plenária do Conselho Federal da OAB, no dia 15 de setembro.

Em seu discurso, o presidente da OAB paraense lembrou que dezenas de advogados foram assassinados nos últimos anos devido ao exercício da profissão. “Trata-se da nossa liberdade profissional em jogo, algo de mais valioso que temos. Nossa liberdade sofre mais ataques do que a dos jornalistas, por exemplo. O fato é que ser advogado se tornou a atividade profissional mais perigosa do mundo, e o que temos visto é uma impossibilidade de preservar direitos quando o universo avança no sentido contrário, do cerceamento às liberdades”, disse.

Vasconcelos ressaltou que a OAB tem uma comissão nacional e uma procuradoria de defesa de prerrogativas, mas há carência de estatísticas sobre casos de violência. “Não temos um departamento que monitore estatisticamente todos os casos de violência contras as prerrogativas, inclusive assédio e, infelizmente, mortes. Não sei se alguma seccional consegue, mas hoje somos incapazes de responder certamente quanto aos casos de sequestros, assassinatos e outros crimes mês a mês, semana a semana”, afirmou. (Com informações da assessoria de imprensa da OAB)

Hospital Regional presta assistência religiosa

Cumprindo o que determina a legislação brasileira, o Hospital Regional Público do Sudeste (HRSP) Dr. Geraldo Veloso, em Marabá, tem prestado assistência religiosa a pacientes. A medida serve de bálsamo para muitos internos e também seus familiares, em momento difícil, principalmente aos que estão na UTI.

Evangélicos e católicos do Movimento de Renovação Carismática promovem visitas nas tardes de segunda, quinta e sexta. Além disso, uma missa e um culto são realizados todo mês, segundo informou a enfermeira Karla Emanuelle Silva Luz, do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital, que coordena as ações.

Segundo Karla Luz, todos os religiosos que fazem as visitas passam por capacitação antes, recebendo orientações sobre as normas e rotinas do hospital, cuidados com infecção hospitalar, assim como não fazer o assédio religioso, mas garantindo assistência espiritual, que é um aliado no processo de convalescência do paciente.

Ainda segundo Karla Luz, entre os objetivos da assistência religiosa está o respeito às convicções religiosas de cada um, assim como oferecer uma palavra de alívio, conforto, paz, coragem e esperança tanto aos usuários e acompanhantes quanto aos colaboradores do Hospital.

“Deve também promover oportunidade de encontro consigo próprio, de aprofundamento do sentido da vida, de redescoberta do amor dos outros, de crescimento na relação com Deus”, completa Karla Luz.(Assessoria do HRSP)

Eleições
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados preliminares sábado (30/8) apresentando que as eleições gerais de 2014 deverão apresentar com um número recorde de colaboradores voluntários. Dos mais de 2,4 milhões de mesários distribuídos em todo o país, cerca de 1,3 milhão deverão ser voluntários.

Eleições II

Os dados oficiais só serão atualizados e fornecidos pela Justiça Eleitoral após o fim do pleito, mas a estimativa é que haja um aumento significativo em comparação ao número registrado na última eleição. Em comparação, dos mais de 2,1 milhões de mesários das eleições de 2010, apenas 404.723 eram voluntários.