quinta-feira, janeiro 12, 2012

Risco de ataque cardíaco pode ser maior após a perda de um ente querido

O risco de sofrer um ataque cardíaco pode aumentar até 21 vezes nas primeiras 24 horas após a perda de um ente querido, de acordo com estudo liderado por pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Center e publicado na versão online do periódico Circulation. Os resultados mostraram que o risco de ataque cardíaco pode permanecer oito vezes acima do normal durante a primeira semana após a morte de alguém próximo, caindo lentamente, mas ainda elevado durante ao menos um mês.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores entrevistaram aproximadamente dois mil participantes que sofreram com infartos do miocárdio em um período de cinco anos. Os pacientes foram questionados sobre potenciais causadores dos ataques cardíacos, o que inclui perder um ente querido no último ano.

Para os pesquisadores, o luto e a dor da perda estão ligados ao aumento de depressão, ansiedade e raiva - fatores associados ao risco de doenças cardíacas e de pressão alta, assim como de fatores que tornam um indivíduo mais propenso a coágulos sanguíneos. Todos esses fatores podem levar a um ataque cardíaco. Os especialistas também acreditam que o apoio social durante este período pode ajudar a diminuir o risco de infarto do miocárdio.

Por isso, os estudiosos alertam: médicos, pacientes e familiares devem estar atentos a este risco e considerar que pessoas que passam pelo luto precisam de necessidades médicas especiais. Assim, se alguém desenvolve sintomas de ataque cardíaco neste período, eles devem ser levados a sério, ou seja, examinados e tratados de maneira adequada.
Apoio de amigos e familiares é essencial na hora de superar o luto

Para a psicóloga Michelle Cristina da Silveira, da clínica Psicosyn, quando uma pessoa passa por um período de luto, uma série de mudanças emocionais deve acontecer para que ela possa reestruturar a sua vida sem o que perdeu, seja um bem material ou um ente querido. Hábitos e pensamentos que foram construídos precisam ser revistos e modificados, alterando, inclusive, a visão de mundo desta pessoa. É o que chamamos de Transição Psicossocial. A pessoa precisa abandonar hábitos antes comuns e desenvolver novos em seu lugar.

Todo este processo demanda muita força emocional e gera um grande sofrimento, porque as pessoas submersas em suas dores não conseguem se desvincular do passado sem resistências, pois estão desarticuladas e desorganizadas psiquicamente. Por isso, elas precisam de apoio e proteção diante do desamparo que estão vivendo. Somente quando puderem sentir um pouco de confiança, poderão assumir tais mudanças e conviver com a nova realidade.

Não havendo este tipo de cuidado, elas poderão sofrer comprometimentos em sua saúde mental, desenvolvendo transtornos como, por exemplo, a depressão. Também pode haver consequências psíquicas, como o transtorno de estresse pós-traumático. Esse transtorno acomete pessoas que vivenciaram grande situação de trauma e cuja memória sobre o fato, passa a ser limitante e incapacitante.

Diante destas informações percebemos que no momento inicial da pós-perda, a necessidade primária da pessoa que passa pelo luto é de apoio pessoal, acolhimento e aceitação. Tendo alguém que possa desempenhar este papel, sobretudo, que seja do convívio da pessoa, melhores serão os resultados no sentido da elaboração do luto.

Se você conhece alguém que está passando por uma situação de perda, mostre-se disposto a ajudá-la e aceitar essa nova realidade. as a pasta já se comprometeu a atender a exigência.

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