quinta-feira, janeiro 05, 2012

Orla do rio Tocantins quase toda depredada

Desde que foi inaugurada em 2006, a Orla do Rio Tocantins tornou-se o principal cartão postal de Marabá. Não por menos, ela possibilita um olhar agradável para o Rio Tocantins e à Praia do Tucunaré em um trecho de 2.300 metros na Marabá Pioneira.

Esta semana, com uma caderneta em mão, uma caneta e uma câmera fotográfica, um repórter do CORREIO DO TOCANTINS foi e voltou na orla, em uma caminhada de quase 5 km. Há três orlas distintas em uma só: a primeira é a do Largo da Santa Rosa, onde estão localizadas três quadras poliesportivas. É também a mais bem conservada, com um total de 31 bancos de cimento para os visitantes sentarem. Destes, apenas dois estão sem condições de uso.
O segundo trecho e o mais destruído por vândalos é também o mais visitado por turistas, localizado entre a Praça do Pescador até a praça São Félix de Valois. Foram contabilizados ali 225 bancos de cimento. Desse total, 103 estão destruídos. Isso representa 46% do total existente.

A reportagem não levou em consideração os bancos que estão parcialmente quebrados, mas que também oferecem perigo aos visitantes, com pontas de ferro aparecendo, podendo transmitir tétano às pessoas. “Quando venho trazer minha neta aqui na Orla, eu também trago banco, porque os poucos que ainda têm aqui estão fedidos, com urina dos bêbados”, lamentou o aposentado Lúcio Alcântara, de 67 anos.

Além de ter quase a metade dos bancos destruídos, a Orla sofre também com boa parte dos guarda-sóis arrancados ou enferrujados. Eles foram colocados apenas no trecho entre a Praça do Pescador e a de São Félix de Valois. Em tempos de enchente, servem até de trampolim para rapazes pular de pontinha no rio. Ao todo, são oito guarda-sóis destruídos, além de outros sete danificados parcialmente.

A Orla exibe também um outro acervo que depõe contra ela. Trata-se de uma maternidade quase perene de mosquito da dengue que se proliferam na área de dois antigos chafarizes. Eles viraram dois berçários do aedes aegypti na Praça do Pescador, bem em frente à churrascaria mais movimentada da beira do rio. Lixo, galhos de árvores e lodo também estão nas duas lagoas onde antes funcionavam os chafarizes.

VândalosO grande problema da Orla são os vândalos, a maioria da Marabá Pioneira mesmo. Alguns deles retiram os assentos dos bancos para colocar na grade e usá-lo como trampolim para pular no rio. A 5 metros de uma guarnição permanente da Polícia Militar instalada 24 horas na Orla a reportagem encontrou dois dos assentos usados pelos vândalos acrobatas. Mas os militares alegam que estão ali para garantir a segurança das pessoas, não para vigiar o patrimônio do município.

O terceiro e último trecho da orla está por terminar. Desde que o ex-prefeito Sebastião Miranda Filho deixou o cargo, a empreiteira abandonou o canteiro de obras e nunca mais apareceu por lá para dar o ar da graça. A justificativa do atual gestor, Maurino Magalhães, é de que a prestação de contas não foi feita adequadamente pela administração anterior, e por isso o governo federal não liberou a última parcela dos recursos para o término da Orla e construção de um mirante no encontro dos rios Tocantins e Itacaiúnas. (Ulisses Pompeu - no CT Online)

1 comentários:

Mais o pior não está só na Orla, está em todos os cantos da cidade, principalmente do lado da cidade nova. Na rua Goiás que segue da igreja Luterana pro Jardim União logo que se entra tem uma CRATERA, que cabe um automóvel dentro, e ninguém faz nada. Depois da Feira coberta Laranjeiras,indo pela av. itacaiunas. parece tábua de pirulito, é só buraco, e assim por diante.. NOS TEMPS DE TIÃO E VELOSO NÃO ERA ASSIM NÃO. ANTES NÃO TINHA, AGORA TEM...

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