sábado, outubro 02, 2010

É chegada a hora de votar



Nunca uma eleição exigiu tamanha mobilização como a de 2010 no País. É só ver que previamente milhares de eleitores tiveram de ir a cartórios eleitorais tentar retirar a 2ª via do título eleitoral, para, no final das contas, em decisão tomada no Supremo Tribunal Federal na quinta-feira, vir a notícia de que o mesmo é desnecessário. Só documento com foto já basta para exercer o voto. Só o documento, não. O eleitor também tem de sair de casa com a sua consciência.

Essa arma nunca foi tão necessária quanto nas eleições gerais deste ano. Isso porque, apesar da ampla cobertura jornalística sobre as campanhas, o que é um trunfo, houve uma incipiente discussão de propostas por parte dos candidatos. Esta foi a eleição do marketing político, da propaganda.

Os adesivos, santinhos, placas e outros artifícios estão cada vez mais rebuscados, com truques de fotografia que chegam a rejuvenescer os políticos. Na TV, mais do mesmo: edição de belas imagens, atores gravando depoimentos, jingles com batidas dançantes e as propostas sempre em segundo plano.

Nos debates entre os candidatos a governador do Pará, os rótulos não mudaram. Um é o que quer permanecer; o outro se coloca como a antítese; o terceiro como a novidade; e os de oposição com o discurso do contra tudo e contra todos, mas sem conteúdo. Mesmo as bandeiras políticas que sempre caracterizaram os movimentos estão apagadas: sucumbiram ao clientelismo, ao fisiologismo e a partidos que deixaram de ter causas e passaram a ter metas.

Na representatividade, a perspectiva não é nada favorável ao sul e sudeste do Pará. Temos hoje uma bancada de cinco deputados federais, número que certamente não se repetirá. Na Assembleia Legislativa, temos quatro deputados, dois de Marabá. Conseguiremos pelo menos igualar em 2010? É uma dúvida.

Não há dúvidas na sociedade local de que é importante eleger políticos comprometidos com a região, de preferência os que têm domicílio eleitoral em municípios do sul e sudeste do Estado. É a eleição deles que pode garantir representatividade política para a região e a defesa dos nossos interesses mais legítimos.

Candidatos de outras regiões do Estado trabalharam pesado suas campanhas por aqui e não pouparam investimento financeiro para isso. Tomara esses números apareçam em suas prestações de conta, no frigir dos ovos.

Eu e minha equipe no CORREIO DO TOCANTINS demos espaço para a discussão de ideias e, principalmente, publicidade às orientações aos eleitores, com entrevistas a juízes, chefes de cartório, promotores eleitorais, com vistas a ajudar o eleitor a entender melhor um processo cada vez mais confuso, com regras que mudam a todo instante. Sobra confusão.

Na edição deste sábado do CT, publicamos mais uma vez um compilado dessas dicas, informações sobre como votar, locais de votação e demais orientações fundamentais. Cremos, com isso, estar colaborando mais uma vez para o livre exercício da democracia.

No domingo, igualmente, estaremos com nossas equipes de reportagem nas ruas, em Marabá, Parauapebas, Itupiranga, São Domingos do Araguaia, Redenção e tantos outros municípios da região, acompanhando o processo, fiscalizando e oferecendo aos nossos leitores um panorama real sobre o que levou à eleição dos nossos novos representantes. É o dia da festa da democracia.

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