quarta-feira, agosto 18, 2010

Texto do Birner

Vitor Birner mandou muito bem nesse texto que trago do blog dele, analisando as novas e mirabolantes ideias da Fifa para o futebol:


O presidente da Fifa se supera a cada dia com suas idéias para piorar futebol e transformá-lo no esporte cada vez mais injusto.

Em qualquer atividade séria, os absurdos decisivos da arbitragem gerariam medidas drásticas para evitá-los.

E a resposta simples e óbvia está na eletrônica. O futebol não sobreviverá por séculos sem ela.

A maioria dos consumidores gosta de sorte, superação, técnica, tática e inspiração em qualquer modalidade esportiva, não de erros patéticos que roubam os méritos de quem na realidade fez jus à vitória.

Joseph Blatter admite dar o primeiro passo de tartaruga. “assim que tivermos um sistema fácil e rápido, aplicaremos a tecnologia na linha de gol”

Mas, junto com a migalha, vieram duas novas ideias ruins.

Eu adoro futebol e elas me irritaram.

A primeira foi no mínimo pouco inteligente, péssima, para ser não ser maleducado.

Ele quer decidir por pênaltis os jogos da primeira fase da Copa do Mundo que terminarem empatados. Acredita que isso aumentará o apetite por vitórias dos times. Achou, com razão inclusive, as partidas da fase de grupos do Mundial monótonas.

“As seleções jogam para não perder e o resultado são jogos chatos”, falou.

Blatter deveria entender que isso só aumentará a possibilidade de quem joga atrás conseguir somar mais pontos na retranca.

A Suíça, por exemplo, que atua para não sofrer gols contra os grandes, se conseguisse cumprir a missão, ao invés de levar um ponto, teria a chance de ganhar 3.

Bom negócio. Quem ataca normalmente, ao contrário, não ganha nada.

As prorrogações também podem acabar. Se continuarem, Blatter pretende reintroduzir o cardíaco gol de ouro.

Isso também não vai aumetar o ímpeto ofensivo de ninguém.

O Peixe, por exemplo, correria mais risco de abdicar da filosofia de jogo.

Se levasse um gol, algo normal na proposta de quem ataca para fazer vários e sabe que consegue virar jogos, perderia a classificação. O ofensivismo terminaria mais em vezes em fracassos.

Melhor seria, no caso, ficar atrás, fechado, e esperar uma chance para o talento decidir.

Em suma, a injustiça e o defensivismo provavelmente ganhariam força.

Idéias óbvias

Há maneiras simples para dar força aos ataques.

Proibir o recuo de bola para o campo de defesa depois de ultrapassar a linha do meio-campo.

Permitir a cobrança de laterais com os pés.

Aumentar, com limites, o número de substituições durante as partidas, deixar o treinador usar mais atletas do banco e permitir que o substituído volte ao jogo numa dessas trocas.

Limitar o número de faltas. (Eu não faria isso).

1 comentários:

Dizem que o Flamengo oficiou à FIFA, solicitando a redução do tempo da etapa complementar do futebol(segundo tempo) de 45 para 40 minutos. Imaginam o porquê ? Em 02.09.10, Marabá-PA.

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