segunda-feira, setembro 26, 2011

Plebiscito

Técnicos passaram a última semana reunidos em Belém, na sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) testando o sistema operacional das urnas que serão utilizadas no plebiscito de 11 de dezembro, o qual decidirá sobre a redivisão do Pará em três.

A consulta popular autorizada pelo Congresso Nacional e mediada pelo TRE demandará o uso de 15 mil urnas eletrônicas e 277 pontos de transmissão de dados via satélite. Assim como nas eleições de 2010, o tribunal estabelece como meta finalizar a apuração até meia noite do dia 11.

3 comentários:

BELÉM REAGE COM FÚRIA A DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ.

Lira Maia e Givanni Queiroz são vaiados em debate sobre a divisão do Pará em Belém
Os deputados federais Lira Maia (DEM) e Giovanni Queiroz (PDT), ambos defensores dos estados do Tapajós e Carajás, respectivamente, foram vaiados e hostilizados por estudantes universitários durante um debate realizado na manhã desta quinta-feira (6), no auditório da Universidade Federal do Pará (Belém).

O auditório estava repleto de adesivos, cartazes e uma grande faixa contra a divisão do Pará. O evento reuniu cerca de 300 pessoas. As vaias contra a dupla ‘separatista’ começaram quando Maia e Queiroz começaram a argumentar sobre os pontos favoráveis para a criação dos novos estados.

Por inúmeras vezes, seus pronunciamentos foram interrompidos pelos estudantes, que estavam exaltados.

Para Giovanni Queiroz, a ideia pré-concebida dos estudantes e também daqueles contrários à divisão deve ser sobrepujada pelos argumentos sobre a viabilidade de se criar novos Estados. “Vamos aumentar a gestão nos locais onde o Estado não chega", disse Queiroz.

O acirramento no debate refletiu a situação da campanha eleitoral do plebiscito.

A capital Belém e os municípios próximos resistem fortemente à ideia da divisão.
É preciso esclarecer ao povo da capital que a divisão trará desenvolvimento.
A região do NOVO PARÁ será beneficiada e o que importa não é um estado imenso, mais sim dinheiro no bolso das famílias, mais escolas, mais saúde e mais crescimento.

Se o povo de Belém entender que irão levar vantagem com a divisão, certamente terão que entender que levaram vantagem votando SIM.

Ninguém quer perder, tem que haver uma recompensa para se votar SIM.
Nesse caso Belém também tem que levar vantagem com o NOVO PARÁ.

SIM AO DESENVOLVIMENTO
SIM AO NOVO PARÁ.

A EMANCIPAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS E CARAJÁS SERÁ O MAIOR INVESTIMENTO NA AMAZÔNIA.


No dia 11 de dezembro o Brasil verá, pela primeira vez, o povo se manifestando num plebiscito sobre a reorganização territorial e criação de novos Estados. Todos os demais Estados criados após a Independência foram resultado de decisões autoritárias. O Tocantins seria a exceção, mas neste caso quem se manifestou foi o Congresso constituinte e não o povo.

Mato Grosso foi dividido por uma canetada do general-presidente Figueiredo. Amapá, Acre, Rondônia e Roraima foram decisões do ditador Getúlio Vargas que os fez Territórios Federais depois transformados em Estados pelos constituintes de 1988. Muito antes, dom Pedro II criou Paraná e Amazonas. A própria capital federal, Brasília, cujo território foi retirado de Goiás, foi decisão solitária de Juscelino Kubistchek, projeto que enterrou o país na onda inflacionária que até hoje nos atemoriza.

O plebiscito pelo Tapajós e Carajás é, portanto, uma experiência sócio-política inédita e por isso o Brasil deveria prestar mais atenção, ao invés de as elites nacionais, especialmente a "grande" imprensa, ficarem desdenhando e externando o seu conhecido preconceito a respeito de tudo que se faz e tenta fazer na Amazônia. Seu preconceito só não se manifesta em relação ao saque dos recursos naturais daqui para lá.

Os que se opõem usam os mesmos surrados argumentos do passado, de que uma nova unidade autônoma sairia muito caro. Caro ao país é o projetado "trem-bala" Rio-S.Paulo, bilhões que poderiam ser empregados na construção de rodovias e ferrovias decentes por todo o país.

Caro aos milhões de amazônidas são os mega-projetos de gigantescas hidrelétricas e de mineração que carregam as riquezas da região para fora, muito pouco ou nada deixando aos brasileiros da Amazônia, tão brasileiros quanto os demais. Caro, caríssimo ao Brasil é a percepção de governos tanto ditatoriais como democráticos que continuam a encarar a região como colônia do Brasil e do grande capital, nacional e estrangeiro.

Bilhões estão sendo gastos para despoluir o rio Tietê, em São Paulo, bilhões estão sendo gastos para o Rodoanel, em São Paulo, bilhões serão gastos para o trem bala em São Paulo, bilhões estão sendo gastos em reforma de aeroporto em São Paulo, e o povo do Pará pensam que estão pendindo demais ao governo federal duas novas capitais, Santarém e Marabá.

São Paulo tem 70 deputados federais , o Estado do Tapajós terá 8 e Carajás 8.
Estão reclamando do que ?
Como o Pará pensa pequeno !
São Paulo não é grande, mas é maior que o Pará.

SIM AO NOVO PARÁ.
SIM AO DESENVOLVIMENTO

ALERTA

Em Belém taxis, órgãos públicos, escolas e faculdades públicas e particulares (dentro das salas, inclusive) estão todas adesivadas com o NÃO. Praticamente todos os ônibus têm um adesivo na entrada, no para-brisas ou no interior. Esse tipo de manifestação é proibida pela legislação eleitoral, porém não há qualquer vontade de fiscalizar, o MP eleitoral se faz de cego e os responsáveis pelos comitês do SIM também nada fazem. Maia e Queiroz precisa saber que, se de um lado a improvável vitória do sim pode torná-los heróis, o fracasso pode arruinar suas carreiras políticas. Mãos à obra!

SIM AO DESENVOLVIMENTO

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