segunda-feira, março 29, 2010

Só Isabella absolveria o pai



Olá seguidores do meu blog,

Pedro Cardoso da Costa, morador de Interlagos (SP), é bacharel em Direito e um articulista iluminado. Ele sempre envia textos ricos como colaboração ao jornal Correio do Tocantins. Neste final de semana me enviou mais uma dessas pérolas. Divido com vocês leitores do meu blog:


Um dia após, basta escrever assim que, apesar dos milhares, todos saberão de qual julgamento se faz referência. Trata-se do tribunal do júri que condenou o casal Nardoni, como ficaram conhecidos Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá.

Debate-se agora se a pena foi alta ou pequena, isso graças às várias filigranas que a legislação brasileira tem para aumentar ou diminuir pena. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de reclusão e Ana Carolina a 26 anos e oito meses. Muito pouco para quem estrangulou uma menina indefesa de seis anos, como seria para qualquer assassinato.

Outra preocupação desnecessária é a distinção sobre a pena ser justiça ou vingança. Esta última é um sentimento interior; quem se sentir vingado não tem como ter outro sentimento. Ninguém manda no seu interior, no seu modo de sentir.

Mais um ponto que se deve enfatizar seria a confusão entre defesa e impunidade. Em crime, defender nunca foi, não é, nem será jamais absolver um culpado, em sentido amplo e não apenas Jurídico. É deixar que ele tenha a pena no limite certo do seu delito. Inocentar um culpado é apenas reforçar a cultura da impunidade. É tão injusto quanto condenar um inocente. Esse entendimento de que defesa é absolvição, mesmo que o processado seja culpado, precisa ser corrigida pela literatura jurídica para se tomar o sentido correto; além de inverter o papel do advogado defensor, que também sempre se posiciona pela impunidade e não pela pena justa. Outro inverdade é a função do promotor de justiça que fica sempre como acusação. Ele acusa quando entende que os réus sejam autores dos crimes. A questão é que se coloca como se fosse pessoal, quando se trata de sua função e assim ele tem que agir, independente de sua posição de foro íntimo.

São vários casos escabrosos de assassinatos e a pena teria a função essencial de mostrar às pessoas que aquela conduta foi, mas não deve ser praticada. Ou se foi, a pena é daquela proporção. Por isso, imaginar que em mais dez anos os Nardoni estarão mostrando para a mãe de Isabella que matar vale à pena, não é uma pena justa. Justo seria eles nunca mais voltarem ao convívio da sociedade. Pois eles ficariam presos eternamente por tirarem a vida de uma criança inocente e indefesa de forma cruel, como seria qualquer assassinato. Nunca mais voltar ao convívio da sociedade foi a “pena” que eles impuseram a uma criança, pelo único “crime” de causar ciúme a uma desequilibrada emocional, na frente de um deliquente em potencial.

A frieza, a maldade, a crueldade dos dois é de merecer repulsa de todos, mas é inimaginável a de um pai presenciar sua filha sendo asfixiada e estrangulada sem uma reação firme em sua defesa, sem nenhuma compaixão por ela. Também não é admissível que possam existir familiares que saibam da verdade e os defendam. Pois qualquer pai que eduque bem um filho, a primeira coisa que deixa claro é que nunca o defenderá quando cometer um ato desse naipe. Amparar, sempre, e isso não se confunde com torná-lo impune se for culpado. É preciso se discutir a instituição da prisão perpétua para qualquer assassinato doloso. Enquanto a prisão perpétua não chega, já estão, ou vão logo para as ruas, os algozes cruéis de Ives Ota, casal Richthofen, João Hélio, João Vitor e Igor Giovani., Liana Friedenbach e Felipe Caffé Casos destacados dos mais de 40 mil assassinados todos os anos no Brasil. De tempos mais remotos, uma menina chamada Tainá foi assassinada numa discussão de trânsito em São Paulo e Miriam Brandão, outra criança que foi asfixiada, estuprada e queimada, em Belo Horizonte. Tamanho é a repetição de crueldade, que muitos já nem se lembram de alguns casos. Por isso, nenhuma pena paga um assassinato, mas ao menos a de prisão perpétua seria mais justa para esse casal.

Essa cultura de amenizar pena de assassinos cruéis precisa acabar de vez neste país. Eles voltarão ao convívio de todos e terão muito tempo para matarem outros inocentes. Ana Carolina de Oliveira nunca mais terá o abraço de sua filha, o aconchego de seu bebê, o sorriso que lhe trazia felicidade. Terá eternamente o sofrimento da ausência, do vazio.

Nada pagaria pelo sofrimento de uma criança esganada por uma pessoa, sem ar, totalmente desprotegida, sem ninguém para defendê-la, e ainda na frente daquele de quem era a razão de estar ali, seu próprio pai.
Isabella, somente seu amor inocente e juvenil, o mesmo que te levou para a morte, tem pena do seu pai e o absolveria... Mas a sociedade não é anjo.


Perdemos Armando Nogueira



O jornalista e comentarista Armando Nogueira morreu na manhã desta segunda (29/03), em sua casa, na Lagoa, no Rio de Janeiro. Há dois anos e meio, ele lutava contra um câncer. Ex-diretor da Central Globo de Jornalismo, Armando tinha 83 anos. O corpo foi velado no Salão Nobre do Maracanã, também um simbolismo do seu amor ao futebol.
Armando Nogueira nasceu em Xapuri, no Acre, e começou a carreira de jornalista em 1950, no jornal “Diário Carioca”. Passou também pelas redações do jornal “O Cruzeiro”, do “Jornal do Brasil” e da TV Rio. O jornalista apresentou o programa “Papo com Armando Nogueira”, no canal SporTV, até 2007, quando entrou em licença médica para começar tratamento contra a doença. Botafoguense apaixonado, ele participou da inauguração da sala de imprensa “Armando Nogueira”, na sede do clube alvinegro, em maio de 2009.
Armando Nogueira teve papel fundamental na história do jornalismo da Rede Globo. Ele comandou o jornalismo da emissora de 1966 até 1990. Neste período, entre tantos outros programas jornalísticos, foi lançado o “Jornal Nacional”, primeiro noticiário na televisão brasileira a ser exibido, ao vivo, em rede nacional. Em 2010, o “JN” completa 41 anos na grade de programação da Rede Globo. Além de brilhante carreira no jornalismo, Armando Nogueira era conhecido por suas crônicas e textos esportivos. Ele era autor de dez livros.
Pessoalmente, sentirei saudades de assistí-lo no canal SporTV, onde eu bebia de sua sagacidade e extrema facilidade para traduzir a alma do esporte.

sexta-feira, março 26, 2010

Livro retrata realidade do País

Na foto: Momento em que Miguel Carter presenteia
o jornalista Patrick Roberto com um exemplar da obra

Aconteceu na noite desta sexta-feira (26), no auditório do Campus I da Universidade Federal do Pará (UFPA), o lançamento do livro “Combatendo a desigualdade social: o MST e a reforma agrária no Brasil”. A obra, que faz uma releitura da questão da reforma agrária no País, é o resultado de sete anos de estudos realizados por 19 autores espalhados em três continentes: Europa, América do Norte e América do Sul.

Além da comunidade estudantil, estiveram presentes ao lançamento integrantes de movimentos sociais e de entidades, que lidam com a questão da reforma agrária. Antes do evento na universidade, o autor e organizador da obra, Miguel Carter, acompanhado do advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso e do presidente da Cooperativa de Prestação de Serviços, Emanuel Vanbergue, esteve no CORREIO DO TOCANTINS para divulgar o livro. Na ocasião, ele presenteou o editor do CT, o jornalista Patrick Roberto, com um exemplar.

Livro
O livro “Combatendo a desigualdade social: o MST e a reforma agrária no Brasil” é composto por 18 capítulos, distribuídos em 576 páginas. O capítulo 8 da obra trata especificamente da questão agrária no Estado do Pará, o qual contou com a colaboração do advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso, do presidente da Cooperativa de Prestação de Serviços, Emanuel Vanbergue, e de Gabriel Undett.

De acordo com Miguel Carter, para o lançamento foram publicados 1.600 exemplares. A obra foi divulgada esta semana nas cidades de São Paulo e Brasília. Depois de Marabá, o livro será lançado nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Aracaju. Na divulgação ocorrida ontem, o exemplar estava sendo comercializado a R$ 45. A obra pode ser adquirida no escritório da CPT e na UFPA.Miguel Carter é professor da School of Internacional Service da American University, em Washington. Há quase duas décadas ele pesquisa a questão agrária e os movimentos sociais do campo no Brasil. Além disso, ele é doutor em Ciência Política pela Columbia University, em New York, com pós-doutorado na University of Oxford, onde autuou como Research Fellow do Centro de Estudos Brasileiros. Miguel Carter nasceu em Patzcuaro, no México, mas cresceu no Paraguai.

Concurso público de Marabá

Após uma longa espera, foi publicado, finalmente, no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (25), o aviso de Edital de Licitação nº 050/2010, para a concorrência 002/2010, que visa contratar empresa para organizar, elaborar e aplicar as provas do Concurso Público Municipal de Marabá.
A concorrência é para quesito técnico e de preço e indicará a instituição responsável por todo o processo desse que é um dos concursos públicos mais aguardados dos últimos tempos.

Garimpo

A Coomigasp (Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada) faz publicar na edição deste sábado do CORREIO DO TOCANTINS um edital suspendendo a Assembleia Geral Ordinária que havia convocado para hoje (27), em Curionópolis. Segundo o edital, o cancelamento é “por motivo força maior, cuja medida visa, especialmente, a segurança de todos os seus participantes”. A nova data fica em aberto.

quarta-feira, março 24, 2010

Deu no site do Estadão



Símbolo da era da internet,
o @ vira peça de museu

Adotado em endereços do correio eletrônico em 1971, o arroba passa a fazer parte do acervo de design do MoMA, de Nova York

O símbolo mais usado por empresas e pessoas físicas no mundo todo, milhares de vezes a cada segundo, foi adquirido nesta semana pelo Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York. O negócio não envolve dinheiro. O @ – ou arroba, como é chamado no Brasil –, passa a incorporar o acervo do museu.

O @ foi incluído à coleção de objetos do Departamento de Arquitetura e Design do museu e será exibido em diferentes fontes, estilos e tamanhos.

A origem do símbolo é desconhecida, mas alguns linguistas acreditam que data dos séculos VI ou VII, adotado em documentos como abreviatura da palavra latim ‘de’ ou ‘para’. Ele apareceu pela primeira vez em uma máquina de escrever em 1885, mas ganhou o mundo a partir de 1971, quando o engenheiro de computação americano Raymond Tomlinson o incorporou na primeira mensagem de e-mail a ser enviada de um computador para o outro. Desde então, está entre os símbolos mais usados no planeta.

A curadora sênior do MoMA, Paola Antonelli, explicou que o museu adquiriu "o ato de design" do símbolo, que foi adotado para uma nova função, a de especificar a origem de uma mensagem de e-mail.

A decisão de incorporá-lo ao acervo, explicou ela, é um tributo à visão do engenheiro que resgatou o símbolo e massificou seu uso no correio eletrônico. "Hoje, o símbolo @ faz parte da vida em todo o mundo", disse ela em mensagem postada no site do MoMa, um dos museus mais conceituados do mundo.

"Tomlinson realizou um ato de grande alcance do design que não só mudou a importância e a função do símbolo, como também o converteu em uma parte importante da nossa relação e comunicação com pessoas do mundo todo", assinalou Paola.

O engenheiro trabalhava para a empresa de tecnologia Bolt, Beranek & Newman, que estava desenvolvendo uma rede de comunicação para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Tomlinson, responsável pelo serviço de mensagens, decidiu utilizar o @ para separar a primeira metade do endereço eletrônico – que devia identificar o usuário ou mensageiro – da segunda metade, que identificaria o computador ou provedor. Era o início da era da internet. Além de e-mails, o @ é utilizado em redes como Facebook e Twitter.

Sem dinheiro
A curadora comparou a aquisição do @ à outra recente compra feita pelo museu, da performance chamada "O beijo", do artista Tino Sehgal, em que um casal permanece abraçado por várias horas. Cada apresentação pode ter uma forma diferente, com novos protagonistas.

De acordo com o jornal The New York Times, porém, há uma grande diferença entre as duas aquisições: o MoMa pagou US$ 70 mil pelo direito de expor as performances de "O beijo", enquanto o @ foi incorporado à coleção do museu gratuitamente, por ser de domínio público.

sexta-feira, março 19, 2010

Duplicação: ponte pode ficar pronta em maio






Apesar da frustração pelo não cumprimento do prazo inicial de inauguração da nova ponte sobre o rio Itacaiúnas no dia 5 de abril, como queria o Governo Municipal, a obra pode ficar pronta em maio. Foi o que o prefeito Maurino Magalhães ouviu nesta sexta-feira (19) em visita ao canteiro de obras. Na última semana, o engenheiro Dílson Gouvêa, em entrevista ao CORREIO DO TOCANTINS, fez previsão para conclusão da mesma em julho, no ritmo de trabalho que está sendo empregado.

Segundo o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a duplicação da ponte segue o cronograma estabelecido, mas está na sua fase mais lenta devido as exigências técnicas para a média estrutura da obra, uma das mais lentas do processo, uma vez que é necessário esperar o concreto firmar os cinco metros trabalhados para que se avance mais cinco metros. Essa fase antecede a pré-laje e a pista de rolamento.

Apesar do plano do DNIT de inaugurar a obra do complexo viário como um todo – falta ainda o viaduto onde hoje é o trevo e a duplicação de 6 quilômetros de rodovia até o Km 6 – pessoas de dentro da prefeitura acreditam que o governo deve intervir pela inauguração imediata da ponte, como forma de dar visibilidade ao projeto.

O período chuvoso tem atrasado as obras de terraplanagem no entorno da ponte, assim como do viaduto na Transamazônica, segundo Dílson Gouvêa.

Solare em Marabá


Por meio de sua assessoria, pela internet, o Grupo Solare vem anunciando que vai administrar torre hoteleira do Shopping Pátio Marabá. Trata-se de uma das grandes redes hoteleiras nacionais e que, atualmente, administra cinco diferentes bandeiras, com dez empreendimentos em operação.
Depois de anunciar o fechamento do contrato para administração do Hotel Expresso XXI Castanhal, na Grande Belém, com inauguração prevista para 2012, a rede agora confirma a assinatura do contrato em Marabá.

A rede vai administrar as duas torres hoteleiras previstas para o projeto Pátio Marabá, à margem da rodovia Transamazônica, na Folha 32, Nova Marabá, que contará ainda com Shopping Center e torres comerciais. A obra, com projeção de 18 meses, tem seu início programado para julho deste ano.

O próprio presidente do grupo, Rogério Tavares, classifica o projeto do shopping do Grupo Leolar como “arrojado”. O projeto será implantado e administrado em parceria com a AD Shopping, uma das maiores administradoras desse ramo no país. “Estamos entrando em campo com um time muito forte”, afirma o diretor presidente do Solare.
Serão implantadas aqui as bandeiras Solare Hotéis e Suítes (midscale) e Expresso XXI, voltadas às necessidades da classe executiva.

Juiz que passou por Marabá alcança o desembargo


Uma solenidade no dia 8 de abril, na sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), marcará a posse do juiz convocado Ronaldo Marques Valle, como mais novo desembargador daquela corte. Ele foi eleito, à unanimidade, na quarta-feira, dia 17, durante a sessão do Pleno. O magistrado, que já foi titular de vara na Comarca de Marabá, ocupará a vaga deixada pela desembargadora Rosa Maria Portugal Gueiros, que se aposentou.


Em 18 de maio de 1992, o juiz foi removido por merecimento para a 2ª Vara da Comarca de Marabá, onde permaneceu até 23 de dezembro de 1992, quando foi promovido para a Capital.


Em Belém, o juiz assumiu a 15ª Vara Penal do Tribunal do Júri (atual 3ª Vara do Tribunal do Júri), permanecendo nela por 16 anos. Paralelo as suas atribuições na Vara, foi Diretor do Fórum Criminal (1999 a 2004), integrante das Câmaras Recursais dos Juizados Especiais, juiz corregedor das Comarcas do Interior do TJPA, juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e presidente da 1ª e da 30ª Zona Eleitoral. O magistrado foi juiz convocado do TJPA, em 2007, em substituição ao desembargador Rômulo Ferreira Nunes; e, em 2009, quando substituiu o desembargador Milton Nobre.

quinta-feira, março 18, 2010

Restos mortais podem ser de guerrilheiro



Restos humanos que podem ser de um guerrilheiro do Araguaia foram encontrados por familiares de um dos guerrilheiros. O local das ossadas fica em Brejo Grande do Araguaia, a 90 quilômetros de Marabá, e é conhecido como Tabocão.

O achado foi possível depois que familiares do guerrrilheiro Antônio Teodoro de Castro (que usava o codinome Raul na guerrilha) conversaram com um informante que não quer se identificar nem falar com as autoridades. Ele apontou vários locais onde poderiam estar sepultados guerrilheiros.

Com base nas informações, os parentes do guerrilheiro resolveram então iniciar, no último sábado (13), as buscas em um dos pontos. Eles ficaram junto ao local todo o fim de semana temendo alterações. Depois que encontraram restos humanos – pedaços de crânio, dentes, tecidos - no ponto exato que o informante tinha apontado, fizeram contato com o Ministério Público Federal.

O procurador da República Tiago Modesto Rabelo solicitou apoio da Polícia Federal, do Instituto de Perícias Científicas do Pará e do Instituto Médico Legal de Marabá e uma equipe se deslocou para Brejo Grande ontem (16).

“Como estávamos a agir diante de fato urgente e imprevisível, as ações da equipe tiveram o objetivo de adotar as providências preliminares e emergenciais para garantir o resgate dos restos e a integridade do local”, explicou o procurador Tiago.

Quatro peritos, dois agentes da PF e dois técnicos do MPF fizeram o trabalho de registrar depoimentos de moradores e fazer escavações, encontrando mais restos humanos. Todo o material encontrado foi levado para a sede do MPF.

Agora, todos os restos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal em Marabá, onde será analisado e descrito. Os agentes e peritos da PF também estão preparando relatório e dossiê fotográfico sobre os achados.
Posteriormente, o material será encaminhado para Brasília, onde poderá passar pelo processo de identificação. Segundo o informante, o local que foi escavado poderia conter os restos dos guerrilheiros Pedro Carretel (Carretel), Rodolfo de Carvalho Troiano (Manoel do A), Gilberto Olímpio Maria (Pedro) ou Maurício Grabois (Mário).

O Tabocão sempre foi apontado como possível área de enterros de guerrilheiros mortos durante os combates da década de 70 e chegou a ser escavado em outubro do ano passado pelo Grupo de Trabalho Tocantins, formado pelo Ministério da Defesa para procurar as ossadas desaparecidas, sem que tenham sido encontrados restos.

Moradores de Brejo Grande prestaram depoimentos ao MPF informando que as escavações do ano passado teriam sido feitas em pontos incorretos. “Toda a população de Brejo Grande e redondezas comentou que as escavações realizadas no Tabocão foram feitas em local errado”, disse uma moradora em depoimento ao MPF. O local onde foram encontradas as ossadas nessa semana fica a cerca de 30 metros do local escavado no ano passado. O MPF está trabalhando para organizar uma equipe multidisciplinar que deve ficar de prontidão para continuar as buscas com base nas novas informações que estão surgindo. (Fonte: Ascom MPF)

segunda-feira, março 15, 2010

Saúde em Marabá


Secretário de saúde e diretores
de hospital entregam os cargos


Apontando falta de retaguarda administrativa, os diretores técnico, clínico e administrativo do Hospital Municipal de Marabá (HMM) colocaram os cargos a disposição a partir desta segunda-feira. O secretário de Saúde, Ademar Rafael Ferreira, por seu turno, também entregou carta de demissão ao prefeito Maurino Magalhães no sábado (13), após longa reunião.

Os encontros para tentar encontrar soluções para as demandas da pasta duraram dois dias, no sábado e no domingo. Segundo os profissionais, a falta de perspectivas de mudanças que lhes dessem segurança nas funções que exerciam foi preponderante para entregarem os cargos.

No encontro do dia 13, com a presença do prefeito, os diretores disseram que a segurança do hospital é falha (muro baixo com acesso livre), faltam medicamentos e material hospitalar, material de limpeza e insumos da nutrição.

O secretário de Saúde e os conselheiros, por sua vez, reforçaram o apelo ao gestor municipal por soluções imediatas.

Impedida de fazer compras emergenciais com pedido de dispensa de licitação, a SMS não sabe quando terá o seu almoxarifado recomposto. A espera pela regularização das licitações pode exceder 45 dias, envolve pregão e entrega do material. Enquanto isso, o HMM está apelando a outros hospitais da cidade para conseguir material hospitalar.
Tido como um profissional sério, o administrador e ex-gerente de banco Ademar durou exatos três meses à frente da secretaria, a qual assumiu com discurso austero, porém afirmando que só conseguiria implementar mudanças com o amparo da administração e apoio dos servidores da pasta.

quinta-feira, março 11, 2010

Banco do Brasil lança saque sem cartão


O Banco do Brasil lançou este mês o serviço Saque Sem, que permite ao correntista receber uma senha provisória, via mensagem de texto (SMS) pelo celular e sacar até 100 reais, quando estiver sem o cartão da conta corrente.

Para usufruir do serviço gratuito, o correntista deve se cadastrar previamente em um dos caixas eletrônicos do banco. A solicitação da senha provisória, válida até a meia noite do mesmo dia, pode ser feita pelo envio de uma mensagem de texto com o código 'SS' para o canal de SMS do banco ou via internet banking. "É a primeira vez que combinamos dois canais de atendimento permitindo o uso do celular como um acionador de uma transação bancária", avalia o gerente geral da unidade de gestão de canais do Banco do Brasil, Hideraldo Leitão, em entrevista ao IDG Now!. A solicitação da senha provisória também pode ser feita pela internet e enviada ao celular de outra pessoa, que não precisa ser exatamente um correntista, explica Leitão. "Se você não sacou dinheiro e precisa pagar sua diarista, por exemplo, é possível pedir que o código seja enviado ao celular dela para retirada do pagamento no caixa."

O SaqueSem é mais um serviço de conveniência do que de massa, observa o executivo. "Começamos a ter a utilização, na prática, da integração de canais para trazer um valor ao cliente" afirma Leitão. O investimento no projeto não foi quantificado, mas consumiu 800 horas da equipe de desenvolvimento, desde seu início, em novembro de 2009.

O próximo passo do banco, na área de mobilidade, é trabalhar com o marketing via SMS, a partir de abril, informa Leitão. "O cliente que aderir ao serviço recebe ofertas do banco de acordo com o seu perfil, incluindo, por exemplo, o aviso sobre o vencimento de seu seguro e a possibilidade de renová-lo pelo celular". Hoje, dos 40 milhões de correntistas do Banco do Brasil, 1,5 milhão contratam serviços de SMS do banco por 2,50 ao mês.

Santo sarcasmo na web

Os principais jornais do País e sites de notícias, a exemplo do que já acontece na Europa, abrem espaço para comentários das reportagens nos websites, logo abaixo dos textos dos jornalistas. Não faltam comentários sarcásticos, bem humorados e, às vezes, maldosos em relação aos assuntos reportados.
Pudera. Trata-se de um espaço de livre expressão, onde o leitor, de forma apaixonada – quase sempre -, manda ver na sua opinião sobre o tema. Outro dia, lembro bem, em reportagem que tratava sobre a ideia de se indicar o casal Calypso, Joelma e Chimbinha, ao prêmio Nobel da Paz, um leitor de um grande jornal de circulação nacional emendou: “Sendo assim, vou indicar também o tio Zé, meu vizinho, o Jader Barbalho, o Simão Jatene e o Duciomar Costa. Tá bagunçado!”.
A tecnologia na web tem avançado no sentido da interação. Cada vez torna-se mais urgente e necessária a participação do internauta, opinando ou dando notas nas reportagens postadas em sites. É a informação jornalística incorporando o que já é feito nos blogs.
Realizar o controle dessa participação do internauta não é fácil. Sites como o do Estadão (Jornal Estado de São Paulo), por exemplo, tentam agir com rigidez por meio do programa “Responsabilidade Online”.
O jornal é bem claro nas regras para os internautas: “Os blogs do Estadao.com.br incentivam o debate responsável. São abertos a todo tipo de opinião. Mas não aceitam ofensas. Serão deletados comentários contendo: insulto, difamação, manifestações de ódio e preconceito”, e completa com mais rigor: “São um espaço para a troca de ideias, e todo leitor deve se sentir à vontade para expressar a sua. Não serão tolerados: ataques pessoais, ameaças, exposição da privacidade alheia e perseguições (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento”.
Tá dado o exemplo. O importante é comentar, interagir, mas nada de baixaria na web.

segunda-feira, março 08, 2010

Difícil arte de ser mulher [artigo]

Frei Betto *

Adital - Hours concours em Cannes, um dos filmes de maior sucesso no badalado festival francês foi "Ágora", direção de Alejandro Amenabar. A estrela é a inglesa Rachel Weiz, premiada com o Oscar 2006 de melhor atriz coadjuvante em "O jardineiro fiel", dirigido por Fernando Meirelles.
Em "Ágora" ela interpreta Hipácia, única mulher da Antiguidade a se destacar como cientista. Astrônoma, física, matemática e filósofa, Hipácia nasceu em 370, em Alexandria. Foi a última grande cientista de renome a trabalhar na lendária biblioteca daquela cidade egípcia. Na Academia de Atenas ocupou, aos 30 anos, a cadeira de Plotino. Escreveu tratados sobre Euclides e Ptolomeu, desenvolveu um mapa de corpos celestes e teria inventado novos modelos de astrolábio, planisfério e hidrômetro.
Neoplatônica, Hipácia defendia a liberdade de religião e de pensamento. Acreditava que o Universo era regido por leis matemáticas. Tais ideias suscitaram a ira de fundamentalistas cristãos que, em plena decadência do Império Romano, lutavam por conquistar a hegemonia cultural.
Em 415, instigados por Cirilo, bispo de Alexandria, fanáticos arrastaram Hipácia a uma igreja, esfolaram-na com cacos de cerâmica e conchas e, após assassiná-la, atiraram o corpo a uma fogueira. Sua morte selou, por mil anos, a estagnação da matemática ocidental. Cirilo foi canonizado por Roma.
O filme de Amenabar é pertinente nesse momento em que o fanatismo religioso se revigora mundo afora. Contudo, toca também outro tema mais profundo: a opressão contra a mulher. Hoje, ela se manifesta por recursos tão sofisticados que chegam a convencer as próprias mulheres de que esse é o caminho certo da libertação feminina.
Na sociedade capitalista, onde o lucro impera acima de todos os valores, o padrão machista de cultura associa erotismo e mercadoria. A isca é a imagem estereotipada da mulher. Sua autoestima é deslocada para o sentir-se desejada; seu corpo é violentamente modelado segundo padrões consumistas de beleza; seus atributos físicos se tornam onipresentes.
Onde há oferta de produtos - TV, internet, outdoor, revista, jornal, folheto, cartaz afixado em veículos, e o merchandising embutido em telenovelas - o que se vê é uma profusão de seios, nádegas, lábios, coxas etc. É o açougue virtual. Hipácia é castrada em sua inteligência, em seus talentos e valores subjetivos, e agora dilacerada pelas conveniências do mercado. É sutilmente esfolada na ânsia de atingir a perfeição.
Segundo a ironia da Ciranda da bailarina, de Edu Lobo e Chico Buarque, "Procurando bem / todo mundo tem pereba / marca de bexiga ou vacina / e tem piriri, tem lombriga, tem ameba / só a bailarina que não tem". Se tiver, será execrada pelos padrões machistas por ser gorda, velha, sem atributos físicos que a tornem desejável.
Se abre a boca, deve falar de emoções, nunca de valores; de fantasias, e não de realidade; da vida privada e não da pública (política). E aceitar ser lisonjeiramente reduzida à irracionalidade analógica: "gata", "vaca", "avião", "melancia" etc.
Para evitar ser execrada, agora Hipácia deve controlar o peso à custa de enormes sacrifícios (quem dera destinasse aos famintos o que deixa de ingerir...), mudar o vestuário o mais frequentemente possível, submeter-se à cirurgia plástica por mera questão de vaidade (e pensar que este ramo da medicina foi criado para corrigir anomalias físicas e não para dedicar-se a caprichos estéticos).
Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão. E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina. Melhor fomentar a mulher-objeto (de consumo).
Na guerra dos sexos, historicamente é o homem quem dita o lugar da mulher. Ele tem a posse dos bens (patrimônio); a ela cabe o cuidado da casa (matrimônio). E, é claro, ela é incluída entre os bens... Vide o tradicional costume de, no casamento, incluir o sobrenome do marido ao nome da mulher.
No Brasil colonial, dizia-se que à mulher do senhor de escravos era permitido sair de casa apenas três vezes: para ser batizada, casada e enterrada... Ainda hoje, a Hipácia interessada em matemática e filosofia é, no mínimo, uma ameaça aos homens que não querem compartir, e sim dominar. Eles são repletos de vontades e parcos de inteligência, ainda que cultos.
Se o atrativo é o que se vê, por que o espanto ao saber que a média atual de durabilidade conjugal no Brasil é de sete anos? Como exigir que homens se interessem por mulheres que carecem de atributos físicos ou quando estes são vencidos pela idade?
Pena que ainda não inventaram botox para a alma. E nem cirurgia plástica para a subjetividade.

[Autor de "A arte de semear estrelas" (Rocco), entre outros livros].


* Escritor e assessor de movimentos sociais

quarta-feira, março 03, 2010

Juca Kfouri avalia amistoso da Seleção

Açúcar salgado?


Olá blogueiros. Trago para vocês uma notícia literalmente amarga. Os ovos de Páscoa já estão nas prateleiras das lojas em todo o Brasil, e aqui em Marabá não é diferente, porém com preços de 5% a 10% mais caros em relação ao ano passado.

Segundo os fabricantes, a culpa do preço 'salgado' é do açúcar, um dos principais insumos do chocolate.

Entenda: o país está vivendo uma espécie de crise do açúcar, com demanda maior que a produção, o que, obviamente, acaba estourando nas mãoas do consumidor final. Para piorar, o Brasil aumentou a exportação do produto para a índia, país que também está sem açúcar.

terça-feira, março 02, 2010

Record comemora jogos e esnoba a Globo

Confira resenha da Record sobre a sua cobertura em Vancouver!