quarta-feira, dezembro 26, 2012

Liah tem reencontro com suas origens em Marabá



Compositora, instrumentista, intérprete e dona de uma voz marcante na música. Esta é a paraense Liah Soares, 32 anos, segunda colocada no The Voice Brasil, da Rede Globo em 2012. Na região para passar o Natal com os pais, que moram em São Domingos do Araguaia, a artista gravou entrevista coletiva em Marabá, no dia 22, fez revelações sobre os bastidores do programa, falou sobre a carreira, projetos, Pará e do convite que recebeu de Boninho para se apresentar no reality Big Brother Brasil.

Questionada quanto à vitória da colega brasiliense Ellen Oléria, no programa, Liah diz que o prêmio ficou em boas mãos, que tem um grande respeito por todos os participantes e que não está frustrada. “Ela é uma artista incrível e era uma competição. É lógico que eu queria ganhar, mas tudo o que aconteceu para mim foi maravilhoso, foi uma grande experiência e estou muito feliz, satisfeita”, respondeu a artista. Embora a emissora carioca não tenha divulgado oficialmente as colocações das quatro finalistas, Liah foi avisada por repórteres da Rádio Globo de que ficou em segundo lugar, com diferença de 4% para Oléria.

Sobre a convivência com Daniel, que era o seu técnico, ou mentor no programa, a cantora diz que o contato não era tão grande, uma vez que os artistas não ficavam confinados e mantinham suas agendas de shows fora da atração. Apesar disso, ela relata que aprendeu muito com o sertanejo e trocou experiências fundamentais. “Conversávamos sobre repertório e ele sugeria algumas coisas. Mas devo destacar o respeito que ele tinha por mim. Sempre dizia que eu, melhor do que ninguém, saberia o que era melhor. É uma pessoa muito simples, humilde e ética, e isso é uma grande inspiração”.

PARÁ
Apesar de uma trajetória musical construída desde a adolescência, e hoje já profissional, com discos gravados, canções de sua autoria nas vozes de cantores renomados, Liah ainda era uma desconhecida para muitos paraenses até o The Voice. A artista reconhece isso e vê, agora, uma oportunidade de contribuir com a sua imagem para reforçar a projeção da música do seu estado de origem no cenário nacional.

“O Pará sempre foi um estado marcado por diversidade artística. Quando criança eu ouvia muito carimbó, Mestre Verequete, Pinduca, Fafá de Belém, Leila Pinheiro. Acompanho agora o sucesso que vêm tendo a Banda Calypso e a Gaby Amarantos, e fico feliz de poder estar mostrando um outro lado do Pará, que aqui também temos MPB. O Brasil precisa desta diversidade”, opina.

RELEITURAS
Liah foi muito elogiada pela crítica durante o reality por ter protagonizado releituras de grandes sucessos, o que, na visão de muitos, era um risco que ela estava correndo. Foi assim logo na estreia, quando ela apresentou um solo em voz e violão com “As rosas não falam”, de Cartola. Outra versão marcante foi “Tente Outra Vez”, de Raul Seixas, esta já na fase final.

“Era uma mensagem que eu queria deixar para os participantes e para o Brasil. Independente de me garantir vitória ou não, eu queria passar isso, de que é preciso ter sempre fé em Deus, fé na vida. A nossa luta é diária”, respondeu, explicando que tudo o que cantou foram músicas que marcaram a sua vida.

Sobre os planos para a carreira de agora em diante, Liah destaca que quer gravar o seu primeiro DVD, algo que ainda não conseguiu, embora tenha clipes entre os mais vistos do Youtube. “Eu já vinha planejando isso bem antes do The Voice e agora isso se tornou bem mais próximo. Eu quero fazer um DVD com essas releituras de clássicos que cantei no programa, mesclando com as minhas músicas. Vou chamar artistas que admiro e amigos para participarem. Também quero uma turnê pelo Pará”, projeta.

DEDICAÇÃO
Liah também foi instada a dar dicas a quem, diante do exemplo dela, queira tentar a carreira artística, ou mesmo batalhar por projeção nacional na música. Quanto a isso, a cantora sugeriu que a pessoa tenha a real dimensão do que é a sua aspiração e saiba que vai ter de ser persistente e batalhar bastante. “Não há fórmulas. Eu estou há muitos anos nessa luta. Seja fiel a sua identidade e não desista, pois muitos nãos eu ouvi, fiz discos com muito carinho para chegar a todo o Brasil e eles não aconteceram, mas estava fazendo algo do meu coração”.

REALITY
Um dos principais executivos da Globo e diretor de núcleo, Boninho foi outro que se encantou com a voz e o perfil de Liah Soares a ponto de externar isso a ela nos bastidores. Ele disse à cantora que ela levou inovação ao programa e lhe fez um convite que ela revelou ao CORREIO DO TOCANTINS: “O Boninho foi o grande idealizador do The Voice. Ele elogiou o meu trabalho e me chamou para cantar no Big Brother Brasil e, com muita honra, eu vou”.

Além de Lulu Santos, Cláudia Leitte e Carlinhos Brown, a paraense também recebeu cumprimentos de outros ícones da música, como Ivan Lins e Milton Nascimento. “Estou fechando um ciclo maravilhoso na minha vida para entrar em outro”.

Depois do Natal, Liah embarca para o Sul do país e deve passar o Ano Novo em Florianópolis (SC). No dia 12 de janeiro ela vai se apresentar em Belém, no aniversário da capital. Nesta segunda-feira, dia 24, ela participa de seção de autógrafos a CDs seus na Leolar Magazine da Cidade Nova das 10 às 12 horas e, à tarde, na Leolar da Folha 31, das 15 às 18 horas.

Ao final da entrevista do último sábado, no Itacaiúnas Hotel, ela recebeu um exemplar do CD Canto a Canto, do colega músico Dauro Remor e ainda deu uma palhinha para as pessoas ali presentes, cantando o seu mais recente sucesso, a música romântica “Sangrou”.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Novo bispo de Marabá assume Diocése nesta sexta


Está tudo pronto para a posse do novo bispo de Marabá, dom Vital Corbellini, na noite desta sexta-feira (21). A celebração se dará com uma missa que tem início às 19 horas, na Catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Marabá Pioneira, e que será presidida pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira. O novo titular da Diocese local da Igreja Católica já está na cidade desde o dia 11 de dezembro, e sua posse é esperada com muita ansiedade pelos fieis.

Foi preparado um caderno da Celebração Eucarística de Tomada de Posse, o qual foi revisado e distribuído durante reunião na manhã de terça-feira entre os padres, em Marabá. O material traz uma biografia do novo bispo, o rito da cerimônia e, na contra-capa, o brasão de dom Vital e uma explicação sobre o mesmo.

Após a citação do momento como histórico para a igreja e rememoração da figura de dom José, dom Vital Corbellini chegará ao recinto acompanhado de dom Alberto, enquanto a comunidade entoa o canto de entrada. Nesse momento, o vigário-geral, padre Ademir Antônio Gramelik, será convidado a saudar o novo bispo em nome da Diocese.

O ato de posse será o sexto momento da programação. O primeiro a falar é dom José Maria Berdones, administrador apostólico da Diocese nesse período. Em seguida, o padre Luiz José Weber, coordenador diocesano da Pastoral, procede à leitura da Bula Pontifícia.

Dom Alberto e dom Jesus conduzem dom Vital até a Cátedra e o primeiro entrega o báculo ao novo bispo, como símbolo do pastor. Com este gesto, dom Vital Corbellini assume oficialmente o pastoreio da Diocese de Marabá e passa a presidir a celebração eucarística.

A Diocese se apresentará ao novo bispo com entrada de símbolos e faixas de representação das paróquias, áreas missionárias e povos indígenas, pastorais e movimentos da igreja. A missa segue com liturgia da palavra, aclamação do evangelho, homilia, preces, ofertório, comunhão, mensagens e oração final.

QUEM É
Dom Vital Corbellini tem 53 anos, é presbítero e era padre em Jarú (RS), quando foi nomeado pelo Papa Bento XVI para bispo da Diocese de Marabá. De 2008 a 2011 foi vigário-geral da Diocese de Caxias do Sul. A Ordenação Episcopal dele aconteceu no último dia 30 de novembro no Santuário de Caravaggio, em Farroupilha (RS).

Aproximadamente 25 bispos estiveram presentes, quase uma centena de padres, religiosos, e uma grande multidão. Entre os bispos ordenantes estava dom Alberto Taveira Corrêa. Na ocasião, Corbellini disse: “O bispo não pode se preservar, mas dar algo de si mesmo para engrandecer o Reino de Deus. Ele foi o homem para os outros para concretizar dessa forma o plano do Pai sob a inspiração do Espírito Santo. Esse é o meu lema episcopal. Eu quero colocar toda a missão na Trindade para que a vida que eu levar seja uma contínua realização de sua vontade. Nós desejamos que o bispo seja acolhedor do povo, dos sacerdotes, dos religiosos e das religiosas, dos seminaristas, dos pobres, dos necessitados”.

PADRE CÉSAR
Logo que chegou à Diocese, o bispo já foi colocado a par da situação do padre titular da Catedral, Mbaku Bhonõi César, que está sendo transferido para o Congo, na África e a providência causou reação dos fieis da paróquia que não querem ver a sua partida neste momento. Uma campanha intitulada “Fica, padre César” tomou as ruas com a frase fixada em veículos e em cartazes.

Sobre o assunto, dom Vital já interferiu junto à congregação do padre César e conseguiu o adiamento da partida dele, inicialmente prevista para 15 de janeiro, para 5 de abril, de forma a que este complete a obra de reforma da Catedral.

DOM JOSÉ
Dom Vital Corbellini tem a importante missão de suceder a dom José Foralosso (in memoriam), que assumiu a Diocese em 22 de fevereiro de 2000 e ficou à frente da mesma por 12 anos, até abril deste ano, quando solicitou oficialmente ao Papa a sua renúncia. Já como bispo emérito, ele permaneceu em Marabá a convite de dom José Maria Berdones, para que acompanhasse os trabalhos da Diocese até a escolha do novo bispo.

Só que em 5 de junho, durante a celebração de uma missa na Igreja Santa Rita de Cássia, na Folha 13, Nova Marabá, Foralosso sofreu um AVC e mais um traumatismo craniano como resultado da queda ao chão. Em 22 de agosto, após longo período na UTI do Hospital Regional, o bispo morreu aos 74 anos. O seu corpo foi sepultado no dia 23, em cripta aberta sob o piso da Catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Adeus a Oscar Niemeyer (II)


Me agradou muito ler o que escreveu o poeta Ferreira Gullar sobre o seu amigo Oscar Niemeyer falecido nesta quarta, 5 de dezembro de 2012. Ele era amigo pessoal do arquiteto desde 1955. Abaixo:

"Oscar foi meu amigo durante muitos anos. Além da admiração, eu tinha por ele um grande carinho. Era uma pessoa afetuosa e de grande fidelidade aos amigos. Oscar foi uma das figuras mais significativas da vida cultural brasileira. Não foi só um grande arquiteto, mas mudou a arquitetura. Foi um dos herdeiros dessa arquitetura surgida no fim do século 19, início do século 20, que se caracterizava pelas linhas e ângulos retos, uma reação à tradição do barroco, da coisa rebuscada. Oscar foi herdeiro essa arquitetura, dessa racionalidade, manteve a nitidez das formas, mas introduziu a forma curva, poética, inventiva. Ele mudou a linguagem da arquitetura e a partir daí influenciou seu próprio mestre, Le Corbusier. O Palácio Capanema tinha o desenho original de Le Corbusier e Oscar fazia parte do grupo de jovens arquitetos que se encarregou do desenvolvimento do projeto. Num determinado momento, Oscar pegou um pedaço de papel e redesenhou a fachada. Lúcio Costa viu e disse "essa é a forma correta". O prédio ganhou uma leveza que não tinha. E o prédio da ONU é um projeto de Oscar, o projeto de Le Corbusier tinha sido rejeitado. Mas o projeto final apareceu como sendo de Oscar e Le Corbusier. Como Le Corbusier era mais conhecido, ficou como se fosse dele. Oscar contava que uma vez, em Paris, Le Corbusier o convidou para almoçar e disse "Oscar, você é um sujeito generoso". Esse era o Oscar. Ele contava essas histórias, rindo. São histórias que ouvi dele. Tinha essa generosidade, dividia com os outros o que ele fazia. Era um amigo, uma pessoa cheia de afeto e um dos maiores arquitetos do mundo."

Adeus a Oscar Niemeyer

Morreu às 21h55 desta quarta-feira (05/12), aos 104 anos, o arquiteto carioca Oscar Niemeyer, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Considerado um dos nomes mais influentes da arquitetura moderna mundial, Niemeyer foi responsável pelas principais obras da construção de Brasília, inaugurada em 1960.

Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho nasceu em 15 de dezembro de 1907 no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Após uma juventude boêmia, Niemeyer concluiu o ensino secundário apenas aos 21 anos, mesma idade com que se casou com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos, na época com 18 anos. Com Annita, o arquiteto teve sua única filha, a galerista Anna Maria Niemeyer - falecida em maio de 2012, aos 82 anos.

Após a morte de Annita, em 2004, Niemeyer partiu para um segundo casamento dois anos depois, com a sua secretária, Vera Lúcia Cabreira. Uma das personalidades mais longevas do País, o arquiteto deixou cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos.

VELÓRIO
A assessoria da Presidência da República informou na noite desta quarta (5) que o velório do arquiteto Oscar Niemeyer será realizado no Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília.
No prédio, projetado pelo próprio Niemeyer, fica o gabinete da presidente Dilma Rousseff.

Segundo a assessoria, a própria Dilma telefonou para a família do arquiteto, ofereceu as dependências do palácio, e a oferta foi aceita.

Como Niemeyer morreu no Rio de Janeiro, e o corpo terá de ser transportado para Brasília, é mais provável que o velório se inicie na tarde desta quinta (6).

Niemeyer, de 104 anos, teve a morte confirmada às 21h55 desta quarta. Ele estava internado desde 2 de novembro, no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, completaria 105 anos em 15 de dezembro.

O Palácio do Planalto foi inaugurado em 21 de abril de 1960, construído a partir de projeto de Niemeyer.
A construção começou em 10 de julho de 1958. A inauguração do palácio ocorreu em 21 de abril de 1960, como parte das festividades da inauguração de Brasília.

Da política local

Às voltas com todo tipo de especulação nas ruas de que deveria tomar cuidado com os seus aliados do PT e do PMDB, o prefeito eleito João Salame Neto (PPS) aproveitou entrevista a repórter do CORREIO DO TOCANTINS, para dizer que os dois partidos, que fizeram parte da aliança para elegê-lo, tem sua confiança e terão espaço no governo, sim.

> Ele diz que esse tipo de conversa já chegou ao seu ouvido e que acha hipocrisia não assumir claramente que a recompensa de quem o ajudou é ter espaço no governo.

> De outro lado, Salame contemporiza ao garantir que a decisão final sobre quem assume como secretário das pastas é dele.

> Pois bem, então a Ronca Política recapitula quem são os nomes mais cotados para algumas pastas, alguns já citados aqui na coluna.

> Primeiro, é certo que ficarão com filiados do PPS ou com pessoas de indicação pessoal do prefeito as seguintes pastas: Saúde, Finanças, Gestão Fazendária, Administração, Planejamento, Esporte, Segurança (com DMTU e Guarda Municipal) e Assistência Social.

> Pela Seasp, aliás, quem vai responder é a futura primeira dama, a jornalista Bia Cardoso, a qual seria também nome avalizado pela igreja Assembleia de Deus, que apoiou a campanha.

>> No Esporte, Erton Luiz Vigne, o Gaúcho, já faz visitas a desportistas se apresentando como o futuro titular da pasta.

> Na Administração, o mais cotado é o advogado Roberto Salame, que está na equipe de transição e é irmão do prefeito eleito.

> Raimundo Salame, que é contabilista e concorreu a vereador pelo PPS este ano, é outro cotado para responder pela Finanças ou pela Segfaz.

> Ao PT, do vice-prefeito Luiz Carlos Pies, estão confirmadas até agora Educação, Turismo, Agricultura e a Superintendência de Desenvolvimento Urbano.

> Para a Semed, depois de muito diz que me disse, quem deve assumir mesmo é o presidente local do partido, Luiz Bressan, primeiro suplente de vereador da legenda. Outro que concorreu à câmara pela ala jovem do PT, Marcelo Alves irá para a Secretaria de Turismo. O nome para a tão cobiçada SDU será o do ex-vereador Ademir Martins.

> O PMDB ficará, a pedido, com a Secretaria de Viação e Obras, a qual pode voltar a englobar as atribuições hoje da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), desmembrada no governo Maurino Magalhães. Dizem que a definição do secretário caberá a Asdrubal Bentes e não ao grupo de Nagib Mutran.

> Por falar neste último partido, são cada vez maiores os rumores de que João Salame pode deixar o PPS para ingressar no PMDB, a convite de Helder Barbalho.

> A possibilidade de mudar de legenda, aliás, foi alvo de brincadeira do próprio Salame nos bastidores de evento com prefeitos da Amat na última semana

Frevo é declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade


A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou nesta quarta-feira (5) o frevo, expressão artística do carnaval do Recife, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento ocorreu durante a 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, em Paris, na França.

Em 2007, o frevo já havia sido declarado como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

“A capacidade de promover a criatividade humana e o respeito pela diversidade cultural é inerente ao frevo e a sua inscrição na Lista Representativa fortalece a apreciação do espírito criativo da humanidade, graças a sua abertura a diversos indivíduos e comunidades. A inscrição reconhece também as medidas para salvaguardar essa manifestação, como a documentação e as atividades educacionais e de promoção”, conforme informações publicadas no site da representação da Unesco no Brasil.

Após a aprovação, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, agradeceu e destacou a importância da inclusão do frevo na lista da Unesco, que acompanhou a decisão. O frevo é um gênero musical e de coreografia que surgiu no final do século 19 no Recife e em Olinda, em Pernambuco. É a mistura de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato, em “uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira”.

A relação do Patrimônio Cultural Imaterial se refere às tradições, práticas, aos rituais, conhecimentos e às obras que integram a identidade e coesão social dos povos e comunidades, transmitidos por várias gerações. Anualmente é elaborada uma lista. O objetivo é proteger esse patrimônio, mantendo-o vivo e seguro, por intermédio da educação entre as comunidades.

Atualmente, a lista reúne 232 elementos de 86 países. Há ainda uma relação com 27 elementos de 15 países que se refere aos projetos que precisam de salvaguardas urgentes e do apoio da Unesco.

Índio correu 40 km após ataque de madeireiros

Um líder indígena da etnia tembé, que havia desaparecido no sábado após ataque de madeireiros em Nova Esperança do Piriá, no nordeste do Pará, correu e andou 40 km pela mata, bebeu água da chuva, se feriu na floresta e pegou duas caronas até chegar de volta a sua aldeia, na noite de anteontem.

As buscas pelo chefe tribal mobilizaram um helicóptero da Funai e cerca de 800 índios de sua etnia, que até a noite de 4 de dezembro continuavam na floresta à procura do líder – sem comunicação, eles não puderam ser avisados sobre o seu reaparecimento.

Em entrevista por um orelhão da aldeia Cajueiro, a 120 km de Paragominas, o líder tribal Valdeci Tembé, 43, disse que ele e dois fiscais do Ibama foram atacados a tiros na noite de sábado durante ação de combate à extração ilegal de madeira dentro da terra indígena do alto rio Guamá.

Ele fugiu pela mata. Os fiscais foram mantidos reféns até a 1h de domingo, quando uma equipe do Ibama e a Polícia Militar chegaram ao local. Ninguém foi preso.

"Por volta das 20h fomos abordados por mais ou menos 150 homens, todos armados e alcoolizados. Todos chegaram apontando armas para todos nós. Diziam assim: vamos te pegar e encher tua cara de bala. Não pensei duas vezes, tive que fugir."

Tembé contou que correu e andou pela mata o resto da noite de sábado até domingo à tarde sem comer nada.

"Machuquei meus braços, a pele arranhou com espinhos. Eu estava de tênis, mas rasgou tudo. Água, Deus é bom, a região é montanhosa, bebi água depositada pelas chuvas nas folhas. Mas não tinha frutas, não comi nada."

Segundo o chefe indígena, no percurso de 40 km ele passou por fazendas e duas vilas de assentamentos. Na vila do Braço Quebrado, se sentiu seguro e pediu ajuda. "O pessoal me deu abrigo e fui bem recebido", afirmou.

Tembé disse que um homem que coletava açaí o levou até a aldeia Tecoral, já em Paragominas. Lá, o cacique pegou carona de motocicleta com um amigo para sua aldeia, a Cajueiro, um percurso de mais de 35 km.

Ele disse que ao retornar para casa recebeu uma má notícia. "Tem uns 800 guerreiros andando pela mata me procurando, não conseguimos avisá-los ainda. Estamos muito preocupados", disse.

A Polícia Federal investiga os ataques. O conflito na região aumentou há dois meses, quando índios acusaram madeireiros de roubar madeira que havia sido apreendida e estava na área. Os indígenas chegaram a colocar fogo em carros de madeireiros. (FP)

sábado, dezembro 01, 2012

Padre africano irá voltar para o Congo


O padre Mbaku Bhonõi César, anunciou durante missa no último domingo na Catedral de Marabá que está sendo transferido, provavelmente para o Congo, na África. A confirmação logo criou reação entre católicos do bairro, que, afeitos ao religioso, consideram um absurdo a sua retirada daqui neste momento.

No Facebook, várias pessoas têm se manifestado no sentido de que a decisão seja revista e o padre possa permanecer mais um tempo por aqui. Na própria missa de domingo, aliás, foram vários os cumprimentos que ele recebeu e pedidos para que fique.

Advogado Sebastião de Souza Castro, um dos coordenadores do movimento “Fica, Padre César!”, garante que Mbaku Bhonõi “é o padre mais atuante que passou pelo Núcleo, nos últimos 40 anos, sabendo levar seu rebanho, não apenas com evangelização, mas realizando importante trabalho paroquial jamais visto”.

No Aeroporto de Marabá


Único aeroporto com voos comerciais num raio de 30 municípios, o João Corrêa da Rocha, em Marabá, deverá receber demanda de passageiros de 15 a 20% maior no mês de dezembro, como já é tradicional. Férias escolares, recessos de empresas e o período de festas de Natal e Ano Novo são os motivadores.

Superintendente local da Infraero, Enos Domingues Lima comentava ontem com repórter do CORREIO DO TOCANTINS, que já está trabalhando a revisão dos padrões de acionamento de emergência e outras adequações para possíveis situações críticas.

Além disso, o movimento do Aeroporto de Marabá, que foi de 330 mil embarques e desembarques em 2011, deverá passar de 350 mil no acumulado do ano.  

sábado, novembro 24, 2012

119 jornalistas foram mortos em 2012 no mundo


Em 2012, 119 jornalistas foram mortos, o maior número desde que o Instituto Internacional de Imprensa (cuja sigla em inglês é IPI) começou a pesquisar o assunto, em 1997. O IPI divulgou os dados durante reunião, em Viena, na Áustria, promovida pela associação de editores de imprensa e pelo Serviço de Informações das Nações Unidas.

Na América Latina, foram registradas 22 mortes de jornalistas. O local considerado mais perigoso para o exercício da profissão é o México, onde sete profissionais foram assassinados. O Brasil, Honduras e a Colômbia também aparecem no relatório do IPI. No Brasil, houve quatro mortes, em Honduras, três, e na Colômbia, duas. No Peru, quatro jornalistas morreram em um acidente de carro e no Equador, um foi baleado por um homem em uma motocicleta.

Pelos dados do IPI, os conflitos na Síria são responsáveis pela maior parte das mortes em 2012, registrando 36 mortos. Há 20 meses, a Síria vive sob um clima de guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram, segundo organizações não governamentais. As forças de segurança do governo e da oposição se enfrentam nas principais cidades sírias.

O segundo país que mais registrou mortes de profissionais de imprensa é a Somália, com 16. No relatório, o IPI destacou que a Justiça do país não julgou ninguém “perpetuando uma cultura de impunidade que encoraja novos ataques”.

O exercício da profissão é considerado perigoso no México, no Paquistão e nas Filipinas. No México, sete jornalistas foram mortos em 2012 - cinco no estado de Veracruz, área próxima a Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, regiões que concentram vários cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas.

Cinco jornalistas foram mortos no Paquistão e nas Filipinas. Segundo o relatório, nas Filipinas, há uma “cultura de impunidade”. No Iraque, na Palestina e no Bahrein, países que também vivem momentos de tensão, foram registrados três mortes de jornalistas, em cada um.

O relator especial das Nações Unidas para a Proteção da Liberdade de Imprensa, Frank La Rue, disse que a situação é mais grave nos países onde não há conflitos declarados, como o México. “Qualquer ataque contra os profissionais de imprensa deveria ser considerado um ataque contra a própria democracia”, acrescentou ele.

Na África, foi registrado um total de 27 mortes de jornalistas. Na Ásia, 26, entre elas três em Bangladesh e duas na Índia. A síntese da pesquisa pode ser obtida no endereço http://www.freemedia.at/home/singleview/article/2012-deadliest-year-on-record-for-journalists.html

sábado, novembro 17, 2012

Comissão da Verdade já está em Marabá para audiências



A Comissão Nacional da Verdade discute, a partir deste sábado (17), em Marabá, violações dos direitos de camponeses e indígenas durante a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 1970. A psicanalista Maria Rita Kehl, membro da comissão, é quem coordena os trabalhos a partir das 15 horas deste sábado, de audiência pública para debater o tema. O encontro ocorrerá na Câmara de Vereadores de Marabá.

Já no domingo (18), eles ouvirão os depoimentos de ex-soldados que atuaram na região do Araguaia durante o regime militar. A CNV também deve reunir com o Grupo de Trabalho Araguaia, criado em 2009, que trabalha na localização e identificação dos corpos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. O grupo é formado por integrantes dos ministérios da Defesa e da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos, além de antropólogos, geólogos, cartógrafos e especialistas em logística, assim como observadores do PCdoB, do governo do Pará e parentes dos mortos e desaparecidos.

O Diário Oficial da União publicou ontem (16) resolução que cria, no âmbito da Comissão Nacional da Verdade, um grupo de trabalho para apurar violações aos direitos humanos com motivações políticas de pessoas que lutavam pela terra e de povos indígenas no período da ditadura militar.
O objetivo do grupo será esclarecer a autoria e as circunstâncias em que se deram violações como torturas, mortes, desaparecimentos e ocultações de cadáveres. A investigação visa a tornar públicos os locais, os autores e as instituições envolvidas nesses crimes.

SORORÓ
A Comissão Nacional da Verdade já está na região desde ontem (16), tendo dedicado o dia a uma visita ao povo da etnia Suruí, que atualmente vive na Terra Indígena Sororó. Há controvérsias sobre a participação da etnia na guerrilha, pois existem informações sobre a exploração de indígenas deste grupo pelos militares e de sacrifícios das vítimas.

Foi a segunda vinda da CNV para conversar com os indígenas. Os líderes da etnia querem a criação de uma comissão da verdade local, pois há referências à possibilidade de os indígenas terem sido forçados pelo Exército a cooperar no combate à guerrilha. Em outubro, os líderes dos suruís pediram o apoio da CNV.

Segundo Paulo Fonteles Filho, que participou da visita ontem à aldeia, os suruí fizeram um relato inédito de como viram o período da guerrilha e as dificuldades que enfrentaram. Grupo de 40 índios vem hoje a Marabá para almoçar com os membros da comissão e para participar da audiência pública.

quinta-feira, novembro 15, 2012

Chargista recria mascotes de 350 times de todo o Brasil

Se você quer conhecer mascotes de times de futebol de todos os cantos do Brasil, o trabalho do chargista Carlos Alberto da Costa Amorim é uma boa opção. O profissional dos desenhos, que iniciou sua carreira no semanário humorístico Pasquim, já reproduziu mais de 350 personagens que representam times dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal.

Amorim não cria novos mascotes. Seu trabalho é descobrir qual é o personagem da equipe, principalmente as mais desconhecidas do futebol brasileiro, e, a partir daí, ele utiliza da sua criatividade para desenhar o mascote de uma outra forma.

"Note que eu não reinventei nenhum mascote, apenas reinterpretei com meus traços, e acho que o pessoal tem gostado bastante. É uma das seções mais visitadas. Na verdade já perdi a conta do que já foi produzido", comenta.

É possível encontrar no site de Amorim, o www.amorimcartoons.com.br, desde mascotes conhecidos, dos tradicionais times grandes, como o Urubu do Flamengo e o Mosqueteiro do Corinthians, até os representantes de times pequenos, como o Índio do Olaria-RJ e o Leão do Bacabal-MA.
"Faço pesquisa, vejo os times que sobem nos campeonatos estaduais de todo o país e produzo minha versão dos mascotes", explica.

Amorim também desenvolve charges diárias sobre o futebol brasileiro e as publica no site.
"Acompanho o dia-a-dia dos clubes, jogadores etc e tento passar para o leitor minha opinião sobre tudo o que acontece, só que com uma visão humorística. O alvo do trabalho é, a princípio, o público infantil e o feminino, mas leitores de todas as faixas etárias nos visitam e depois retornam para ver se tem coisa nova." (Fonte: Terra)

Desafio Sebrae: Pará é o grande vencedor da edição de 2012

A equipe Amazon Fruits, do Pará, foi a grande vencedora do Desafio Sebrae 2012. Após cinco meses de competição, os estudantes de Agronomia da Universidade Federal Rural do Amazonas, Djavan Paixão e Renata de Holanda, conquistaram o primeiro lugar na disputa. O campeão foi anunciado na última terça-feira (13), no Bahia Othon Palace, em Salvador. Em segundo lugar, ficou a equipe Run to Win, do Paraná, seguida pela equipe Xeque Mate, de Minas Gerais.

"Estar aqui foi um grande desafio. Acho que empreender é acreditar e nós acreditamos", disse Djavan, após receber o prêmio. O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, José Cláudio dos Santos, destacou a importância do jogo virtual. "O Desafio Sebrae já tem 13 anos de sucesso, envolvendo mais de um milhão de estudantes. Essa é uma forma de trabalhar e fomentar o empreendedorismo, que é a razão de ser do Sebrae".

Para o superintendente do Sebrae na Bahia, Edival Passos, "o Desafio é um dos mais importantes programas de empreendedorismo do mundo voltado para a juventude. Há muito a fazer nesse campo e temos orgulho de receber esse jogo no estado que ganhou por três vezes o título de melhor Feira do Empreendedor do Brasil".

O coordenador de Negócios Corporativos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) On line, Alan Rabelo, falou sobre a parceria da instituição com o Sebrae. "Nós temos uma missão muito próxima, que é contribuir para o desenvolvimento nacional, cada um em sua área de atuação. O Desafio Sebrae alia tradição e inovação, o que está de acordo com a missão da FGV". A Fundação concedeu aos finalistas uma bolsa de estudo integral.

Maurício Guedes, coordenador da incubadora de empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que realiza o game junto com o Sebrae, destacou o papel da educação empresarial para a vida dos participantes. "Vocês jovens têm uma responsabilidade social grande com o Brasil".

Considerado o maior jogo de empreendedorismo juvenil do mundo, o Desafio Sebrae representa hoje o principal instrumento da instituição para difundir a cultura empreendedora no meio universitário. Em 2012, inscreveram-se mais de 154 mil alunos, sendo que 58% estão na faixa de 18 a 22 anos. A competição leva a prática da gestão de uma empresa aos jovens, com o objetivo de desenvolver competências no ato de empreender. As equipes fizeram exercícios de como administrar uma empresa, aprenderam a trabalhar em equipe e testaram resultados. Na edição deste ano, os estudantes geriram uma fábrica de polpas e sucos de frutas tropicais. O evento faz parte da comemoração dos 40 anos do Sebrae.

[Fonte: administradores.com.br]

segunda-feira, outubro 29, 2012

Leitura é um hábito que se adquire pelo exemplo, diz escritora

No Dia Nacional do Livro, comemorado ontem (29), a especialista em literatura infantil e escritora Ieda de Oliveira ressaltou que a leitura é um hábito passado essencialmente pelo exemplo. “A transição entre ouvir as histórias contadas pelos pais e ler as histórias tem que ser uma busca própria da criança”, disse. Ela ainda ressalta que os pais não devem fazer restrições quanto à literatura escolhida por seus filhos “Ela pode trazer discussões interessantes para a família”.

Ieda de Oliveira avalia que atualmente existe muitas opções de boa literatura infantil, que instiga o espírito crítico da criança. “Isso abre portas, influencia muito na formação do indivíduo”, ressaltou. A literatura infantil não serve para, ensinar, empurrar informações”, acentua. "Educar é conduzir. É tratar o leitor como ser inteligente, é orientar a aprendizagem e não adestrar", completou.

"Eu me educo quando leio Guimarães Rosa, eu me educo quando leio Jorge Amado, tanto quanto me educo quando leio Ana Maria Machado. Educo-me ainda diante de uma tela de Renoir ou ouvindo Mozart ou Chico Buarque de Holanda. Quando o artista, por meio de um domínio técnico, conduz o seu leitor para fora de si mesmo, levando-o, pelo prazer estético, a refletir e olhar o mundo a sua volta, estabelecendo novos sentidos, ele o está educando. Cada um trabalhando com sua matéria-prima, que no caso do escritor é a palavra ", ressaltou.

A escritora acredita que o brasileiro está lendo mais. “Não podemos assegurar que o conteúdo é bom, mas está aumentando o número de indivíduos que leem. Estamos vendo um movimento do governo de melhorar o acesso aos livros. Os meios de informação também estão tendo uma função muito importante de difundir a papel que a leitura tem na vida das pessoas.”

Ieda vê nas redes sociais, não uma concorrente da literatura, mas uma forma de divulgação, não só da literatura como de todas as formas de artes. “Um amigo, ou amigo de amigo publica uma resenha, diz que aprecia um quadro, isso chega como um estímulo a mergulhar no mundo das artes”, disse.

Leolar vai investir em uma ferrovia de Canaã a Marabá

Depois de adquirir sua própria mina de ferro para fugir da dependência da Vale, empresa de Marabá agora quer ter também sua própria estrada de ferro. Executivo da Maragusa, braço siderúrgico do Grupo Leolar, confirmou ao jornal CORREIO DO TOCANTINS que um investimento da ordem de R$ 800 milhões está engatilhado para construir uma estrada de ferro interligando Canaã dos Carajás, Curionópolis e o porto multimodal de Marabá. Além do minério, a ferrovia deverá transportar passageiros.

A informação é de Zeferino Abreu Neto, o Zefera, da Maragusa. Segundo ele, uma empresa de São Paulo está contratada para fazer o projeto da estrada de ferro, e o aporte financeiro virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), por meio do Banco da Amazônia.

A mina fica na área conhecida como Serra Sul, em Canaã e a Maragusa já possui o direito de exploração. Os trens que vão operar na ferrovia vão trazer ferro de lá e receber carga também em Curionópolis, onde a empresa é sócia em outro projeto.

VERTICAL
Neste último município, a Maragusa também vai explorar minério de ferro por meio da empresa Vertical, a qual tem, ainda, como sócias, as guseiras DaTerra (Grupo Revemar), Cikel (antiga Terranorte) e Sidenorte.

Ali, a capacidade de produção inicial será da ordem de 200 mil/toneladas ao mês, sendo que 100 mil para exportação e outros 100 mil para abastecer as quatro sócias, guseiras do Distrito Industrial de Marabá. Com isso, todas elas retomariam as atividades dos seus alto-fornos, que estão abafados.

Questionado sobre o prazo para isso, Zefera não revela quando a mineradora começa a produção, só adianta que todas as licenças já estão liberadas, dependendo apenas da aquisição dos equipamentos de extração. A projeção é de que, mesmo com uma produção de mil toneladas ao mês, a reserva permitiria exploração por 200 anos. A mina de Canaã seria ainda maior.

Neste pormenor, Zefera pontua que a viabilização da hidrovia no Rio Tocantins, com a derrocagem do pedral do Lourenção é fundamental para que ocorra a interligação com a ferrovia.

Ontem a Cosipar (Companhia Siderúrgica do Pará) começou a dispensar seus mais de 400 funcionários e já tinha abafado seu único alto-forno ainda em funcionamento, justamente por estar inviabilizada a sua produção. A depreciação do gusa em relação ao preço do ferro é um desses motivos.

Maragusa, DaTerra, Siquel e Sidenorte, que também foram paralisando atividades desde 2008, com a crise do setor, apostam todas as suas fichas na exploração própria de ferro para retomarem suas atividades no DIM.


terça-feira, outubro 23, 2012

Comissão da Verdade analisa inquérito sobre morte de JK

A Comissão Nacional da Verdade começou a analisar o inquérito e o processo sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em agosto de 1976. O documento foi encaminhado ao grupo encarregado de investigar crimes ocorridos durante o regime militar pela Comissão da Verdade da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), que pede uma nova apuração do caso.

Segundo a advogada Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade, a documentação sobre a morte do ex-presidente já foi analisada por um assessor do grupo e pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, que também integra a comissão, mas ainda não há uma "interpretação conclusiva" a respeito do caso. "Já fizemos uma primeira leitura, mas é uma questão tão séria que vai ter que ser submetida a um conjunto de comissários, não apenas a um", observou Rosa.

Como o Estado revelou em maio, a OAB-MG contesta a versão de que JK foi vítima de um acidente automobilístico e aponta diversos "furos" por parte dos responsáveis pelas investigações oficiais nas 2.629 páginas divididas em quatro volumes que compõem o processo de apuração da morte. Para os integrantes da Comissão da Verdade da entidade mineira, o ex-presidente foi assassinado, opinião partilhada pelo secretário particular e amigo de JK, Serafim Jardim.

Nesta terça-feira, 23, Rosa Cardoso, além de Maria Rita Kehl e José Carlos Dias, também integrantes da comissão, se reúnem com representantes da OAB-MG em Belo Horizonte. Nesta segunda, o trio participou de audiência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para ouvir relatos de três vítimas da ditadura militar: o professor Apolo Heringer, ex-dirigente do Comando de Libertação Nacional (Colina), preso, torturado e exilado; a socióloga Magda Neves, expulsa do mestrado em Ciência Política da UFMG pelo regime; e Mariluce Moura, viúva de Gildo Macedo Lacerda, morto sob tortura em 1973.

Araguaia
Ao chegar para a audiência, Maria Rita Kehl, responsável da comissão pela investigação de violações de direitos de indígenas e camponeses, revelou que o grupo encontra dificuldades de investigar um dos mais notórios episódios do regime militar, a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no sul do Pará do fim da década de 1960 até meados da década de 1970.

Recém-chegada da região, onde acompanhou as atividades dos Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA) e do Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), Maria Rita informou que familiares de guerrilheiros que desapareceram na região têm se recusado a fornecer material para comparação genética com restos mortais encontrados na área. Até o momento, só foram identificadas as ossadas dos guerrilheiros Bergson Gurjão Farias e Maria Lúcia Petit. "Tem alguns casos que já têm ossos para comparação de DNA. (Mas) nem todas as famílias querem oferecer o DNA, para não sofrer. Fica mais difícil ainda, porque tem uma ossada, tem a possibilidade (de identificação) e a família não quer fazer o exame", disse, sem entrar em detalhes.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Vítimas de trânsito podem pedir DPVAT nos Correios


Desde ontem, dia 17 de outubro, as vítimas de acidentes de trânsito do Pará podem solicitar, gratuitamente, o Seguro DPVAT nas agências dos Correios no Estado. O DPVAT é um seguro que pode ser acionado por vítimas de acidentes de trânsito resultantes em invalidez permanente, morte e para reembolso de despesas médicas e hospitalares. 

Toda pessoa que sofrer um acidente em território nacional, seja pedestre, motorista ou passageiro, tem direito ao seguro, basta procurar uma seguradora conveniada ou, a partir de agora, uma agência própria dos Correios em um dos Estados em que a parceria está vigente.

Nesta quarta-feira, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás também recebem o projeto, que já está implantado nos Correios do Ceará, Maranhão, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Piauí.

Com a ampliação da rede de atendimento, o Estado do Pará ganhará 174 novos pontos oficiais para entrada do Seguro DPVAT. Para o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, “a parceria vem ao encontro do objetivo dos Correios de consolidar suas agências como pontos de acesso a serviços para os cidadãos brasileiros”. Os novos locais se somarão aos mais de 2.600 pontos de atendimento oficiais do Seguro DPVAT presentes pelo Brasil.

Na fase de preparação do projeto, a equipe dos Correios recebeu treinamento para atender às vítimas de acidentes de trânsito, informando sobre os casos que são indenizados e reembolsados pelo seguro, documentos necessários, valores, prazos e coberturas, além de material informativo. Ao dar entrada no pedido do Seguro DPVAT, as vítimas ou seus beneficiários recebem um comprovante da respectiva solicitação, enviada à Seguradora Líder DPVAT, responsável pela administração e pagamento.

De acordo com o diretor-presidente da Líder, Ricardo Xavier, o acesso da população ao seguro será ampliado. “Ninguém melhor que o próprio cidadão para preservar seus direitos. O procedimento para o recebimento do Seguro DPVAT pelas vítimas de trânsito é simples e dispensa o auxílio de terceiros. Por meio dessa parceria, as vítimas de acidente de trânsito terão mais um canal oficial para buscar um direito tão importante. Temos certeza de que essa iniciativa ajudará a milhares de famílias do Estado, que terão ainda mais facilidade em receber o seguro em um momento de dificuldade, após um acidente de trânsito”, afirma Xavier.


Para dar entrada no pedido
de indenização nos Correios

 
- Informe-se sobre a documentação necessária para dar entrada no Seguro pelo telefone 0800 022 12 04 ou pelo site www.dpvatsegurodotransito.com.br. Lembrando que o prazo para pedir a indenização é de até 3 anos, a contar da data do acidente;
 
- Dirija-se a uma agência própria dos Correios em um dos Estados participantes levando a documentação necessária (nos demais Estados, consulte a rede de atendimento pelo site);
 
- Guarde o comprovante de envio fornecido pelos Correios;

- O pagamento da indenização será feito por meio de crédito em conta corrente ou poupança da vítima ou de seus beneficiários em até 30 dias a contar da data da entrega da documentação solicitada. Os valores indenizados são de R$13.500,00 no caso de morte; até R$13.500,00 para invalidez permanente, variando conforme o grau de invalidez; e até R$2.700,00 para reembolso de despesas médicas e hospitalares, de acordo com as despesas comprovadas.

Justiça determina que o Estado pague 26 milhões pelo Lote 11



Uma disputa que se desenrola na Justiça do Pará teve sentença proferida no último dia 5 de outubro pela juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, titular da 3ª Vara Cível, na Comarca. A magistrada arbitrou em R$ 26 milhões a indenização do Governo do Estado à empresa Carajás Extração de Água Mineral Ltda. pelo chamado Lote 11 da Gleba Quindangues, área que interessa ao chamado Distrito Industrial 3, em Marabá, e que deverá compor o complexo da siderúrgica Alpa. A intenção inicial do Estado era pagar pouco mais de R$ 3,6 milhões pela área.

O Lote 11 é um imóvel urbano situado à BR-230 (Rodovia Transamazônica), sentido Marabá - Itupiranga, com área total de 93,5964ha, perímetro de 6.223,61m. A empresa em questão tem alvará para exploração de água mineral naquelas terras concedida pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), órgão do Ministério de Minas e Energia. A Carajás Exploração pertence ao casal Eduardo e Anacleide Barbosa. Dos lotes desapropriados naquela região para a construção da siderúrgica, este é o único que ainda tem demanda judicial.

Entre os entusiastas da Alpa, o lote é sempre citado, junto com a não derrocagem do pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, como entrave à construção da siderúrgica. Os donos da área, no entanto, sempre defenderam que os critérios usados na avaliação do governo subvalorizavam a área. Como contam com alvará do DNPM para exploração, não foi difícil conseguir liminar que sustou a imissão de posse do terreno para início das obras.

SUBVALORIZADO
Segundo o advogado da Carajás Extração, Cláudio Ribeiro Correia, a perícia judicial confirmou que a terra nua e as benfeitorias valem R$ 26 milhões e levou em conta o critério adotado para os demais lotes. Ele deixou escapar que o interesse do proprietário é que, mesmo desapropriada a área, ele continue explorando extração de água, uma vez que o subsolo pertencente à União. “Estamos satisfeitos com a sentença”, declarou ontem ao CORREIO DO TOCANTINS.

SETENÇA
O processo que deu origem à sentença agora prolatada foi movido pelo próprio Estado do Pará, tendo como requerido a Carajás Extração de Água Mineral, porém o desfecho bem aquém do que esperava o requerente.

Na sentença, a Justiça manda o governo pagar os R$ 26 milhões de indenização corrigidos monetariamente. “Determino a expedição de boleto ao Estado do Pará, para o imediato depósito em juízo do valor da indenização liquida, após a comprovação do depósito, expeça-se mandado de imissão de posse em favor do Estado do Pará, nos termos do artigo 15 e seguintes do Decreto-lei nº 3.35/41”, diz trecho.

A Reportagem telefonou ontem à tarde para a sede da Procuradoria Geral do Estado, em Belém, para levantar que providências seriam tomadas, mas os três telefones divulgados no site do governo não foram atendidos. É certo, no entanto, que o Estado deverá ingressar com recurso ao Tribunal de Justiça do Pará.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Lei tem multa milionária para combater aves próximas a aeroportos



Lei publicada na quarta-feira (17) do Diário Oficial da União estabelece regras para reduzir o risco de acidentes entre aves e aeronaves. A lei proíbe atividades que atraiam os animais para as proximidades de áreas destinadas a pouso e à decolagem e prevê multa que pode chegar a R$ 1,2 milhão para quem descumprir as regras.

O texto estabelece uma Área de Segurança Aeroportuária com raio de 20 quilômetros a partir da maior pista de decolagem. Nesse limite, o uso do solo fica condicionado ao cumprimento das normas de segurança operacional de aviação e ambientais. A lei proíbe ainda atividades atrativas de pássaros nas proximidades dos aeroportos, como os lixões.

Para os casos de descumprimento das regras, estão previstas penalidades como multa, suspensão da atividade e interdição da área. No caso de multa, a simples varia entre R$ 1 mil e R$ 1,2 milhão e a diária vai de, no mínimo, R$ 250 a R$ 12,5 mil. O dinheiro arrecadado com as multas será usado em ações para redução do risco de acidentes.

O abate de animais que coloquem em risco a segurança aérea será permitido nos casos em que for comprovado que as ações de manejo ecológico não tenham gerado o resultado esperado para evitar acidentes.

A Lei 12.725, de 16 de outubro de 2012, prevê ainda a observância do Plano de Manejo da Fauna em Aeródromos, que detalhas as intervenções necessárias no meio ambiente ou diretamente nas populações de espécies da fauna para reduzir o risco de colisões com aeronaves e do Programa Nacional de Gerenciamento do Risco da Fauna, que estabelece objetivos e metas para aprimorar a segurança operacional.

sexta-feira, outubro 05, 2012

Manual do Eleitor

Roubei esta do Blog do Tas, muito boa. Vale conferir o vídeo.


quinta-feira, outubro 04, 2012

Paralisação da Alpa volta ao noticiário internacional




Reuters repercute 
desinteresse da Vale
e do governo pela 
siderúrgica




Uma das principais agências de notícias do mundo, a Reuters divulgou por meio do seu escritório brasileiro, no último final de semana, reportagem dando conta da paralisação das obras da Alpa (Aços Laminados do Pará), em Marabá. A repórter Sabrina Lorenzi faz uma abordagem completa do caso, embora não apresente novidades, além das já publicadas pelo CORREIO DO TOCANTINS ainda no primeiro semestre do ano, quando a própria Vale, dona do projeto, admitiu que só retomaria as obras com o início da derrocagem do pedral do Lourenção, no Rio Tocantins.

O jornal Estado de São Paulo foi um dos que publicou a matéria no sábado (28/9), com o título: “Vale suspende construção de siderúrgica em meio a impasse com governo”. A Reportagem afirma que a construção da siderúrgica patina entre um impasse da mineradora com o governo brasileiro e a necessidade de a empresa postergar investimentos fora de suas áreas de prioridade por conta da crise. As fontes seriam autoridades de uma pessoa com conhecimento direto das decisões da companhia. 

A estagnação do projeto começou na virada do governo Lula, grande padrinho da construção de cinco siderúrgicas pela Vale, para o governo Dilma Rousseff, quando a derrocagem que faz parte do plano da Hidrovia Tocantins-Araguaia, simplesmente sumiu do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o qual define as prioridades do governo. 

Empresários e políticos, impulsionados pela opinião pública, pressionaram o governo federal na metade deste ano e receberam a promessa de que a derrocagem seria agilizada, porém a hidrovia não voltou a constar no TAC. Em entrevista ao CORREIO DO TOCANTINS, o diretor de Siderurgia da Vale, Aristides Coberline, declarou que a mineradora não desistiria do projeto, mas assumiu que a construção está paralisada até que a navegabilidade do Rio Tocantins seja retomada.

FONTES
Além das fontes não reveladas, a Reuters entrevistou o atual secretário de Indústria, Comércio e Mineração do Pará, David Leal, assim como o secretário Municipal de Indústria e Comércio, João Tatagiba, ambos falando sobre o estágio atual da obra da Alpa, que não passou da terraplenagem.

A siderúrgica é um projeto que envolve investimento de 3,2 bilhões de dólares e capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas de aço em Marabá. 

O impasse envolvendo o chamado Lote 11 da Gleba Quindangues, uma área particular onde é explorada água mineral, por outorga do DNPM, também é citado pela repórter, sem maiores detalhes. Ela lembra que a área está em disputa judicial, uma vez que o proprietário não aceitou os termos da avaliação feita pelo governo do Estado na desapropriação.

“Sobre a terraplenagem, a obra foi realizada até onde foi possível, com 85 por cento dela executada, devido ao impasse do lote 11”, responde a mineradora em resposta enviada à Reuters na sexta-feira. 

PROTOCOLO
Segundo David Leal, a diretoria da Vale pediu que o governo assinasse um protocolo de intenções se comprometendo com as obras da hidrovia.  De acordo com o secretário do Estado, a mineradora disse que, se o governo assinasse o documento, imediatamente retomaria as obras. 

O governo federal trabalha para destravar o impasse, mas não vai assinar o protocolo de intenções para a execução das obras da hidrovia como propôs a Vale, afirmou à Reuters uma fonte do governo, que preferiu ficar no anonimato. 

“A entrada da Vale na siderurgia foi um dos pontos de discórdia com o governo que culminaram com a saída de Roger Agnelli da presidência da mineradora. O governo no tempo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a cobrar maior participação da mineradora no setor siderúrgico”, diz a reportagem. 

DIFÍCIL E CARA
A hidrovia Araguaia-Tocantins enfrenta problemas de navegabilidade, com necessidade de obras para retirada de pedras que impedem a travessia de embarcações num trecho de 43 quilômetros – uma obra cara e difícil. O projeto já estaria em estágio de licenciamento. 

A Vale contratou uma consultoria para realizar um segundo estudo de viabilidade técnica e econômica do empreendimento, o qual deve ser concluído em novembro. 

DESFAVORÁVEL
O problema da hidrovia é crucial, mas o cenário econômico desfavorável também acabaria atrasando de qualquer forma projetos de siderurgia da Vale, segundo uma fonte que acompanha as decisões da companhia e analistas de mercado. 

Diante do fraco desempenho do mercado de minério de ferro e aço, a Vale foi obrigada a rever seus investimentos e priorizar projetos mais importantes para evitar resultados financeiros ruins. 

De acordo com a fonte com conhecimento da situação, que pediu para não ser identificada, projetos de siderurgia não estão entre as prioridades da companhia e deveriam mesmo ficar para depois. 

Segundo o analista do Goldman Sachs, Marcelo Aguiar, os projetos de siderurgia que ainda não foram aprovados não devem passar pelo crivo dos conselheiros tão cedo. "A Vale não deverá aprovar nenhum novo projeto, irá tocar apenas os que já se iniciaram e os de minério de ferro", afirmou. (CORREIO DO TOCANTINS, com informações do Estadão)


Aziz Mutran é sepultado em Belém




Último dos filhos homens de Nagib e Alzira Mutran que ainda estava vivo, o empresário e pecuarista Aziz Mutran Neto faleceu no último domingo e teve o seu corpo sepultado na terça-feira (2), no Cemitério Recanto da Saudade, em Belém. Azizinho, como era tratado, estava internado há seis meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde que teve um AVC. Desde então, o seu quadro alternou melhora, com problemas em órgãos como os rins, até que no dia 30 de setembro ele faleceu. 

Aziz era pioneiro na comunicação radiofônica em Marabá, onde fundou há 25 anos a Rádio Itacaiúnas AM, empresa que hoje já não pertence à família. Nos últimos anos se dedicou à exportação de castanha, um ramo que sempre foi explorado pelos Mutran. Ele também foi deputado estadual por dois mandatos, pelo antigo partido PDS.

Aziz, nascido em 1929, também era o único irmão homem ainda vivo, dos descendentes de Nagib Mutran, ex-prefeito de Marabá. Antes dele, faleceram Guido Mutran, em novembro de 2010 e Osvaldo Mutran, o Vavá, em maio deste ano, em Belém. Já Arlete, vive no Rio de Janeiro.

O falecido era casado com Maria de Nazaré Monteiro Mutran, a Nazir, e era pai de Regina, Sérgio e Mauro.

Estrada de Ferro Carajás sofre bloqueio indígena

A Vale informou nesta quarta-feira que as operações da Estrada de Ferro Carajás (EFC) estão paralisadas por conta de um bloqueio indígena, que ocorre desde terça-feira. Segundo nota enviada pela mineradora, o bloqueio se deve a protestos dos índios contra uma Portaria da Advocacia Geral da União (AGU). "Eles reivindicam direitos de salvaguarda de suas terras e as manifestações não têm relação direta com a Vale", disse a empresa. 

O bloqueio está ocorrendo entre os povoados maranhenses de Mineirinho e Auzilândia, no município de Alto Alegre do Pindaré. A Vale comunicou que a viagem do Trem de Passageiros com destino a São Luís será interrompida e os passageiros deverão desembarcar em Açailândia. Para que os passageiros cheguem ao destino final, a mineradora disponibilizará ônibus. 

"A Vale repudia quaisquer manifestações violentas que coloquem em risco seus empregados, passageiros, suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito", afirmou a empresa, no comunicado. Ainda segundo a mineradora, estão sendo acionados "todos os meios legais para responsabilizar os invasores civil e criminalmente, já que obstruir ferrovia é crime".