sábado, novembro 24, 2012

119 jornalistas foram mortos em 2012 no mundo


Em 2012, 119 jornalistas foram mortos, o maior número desde que o Instituto Internacional de Imprensa (cuja sigla em inglês é IPI) começou a pesquisar o assunto, em 1997. O IPI divulgou os dados durante reunião, em Viena, na Áustria, promovida pela associação de editores de imprensa e pelo Serviço de Informações das Nações Unidas.

Na América Latina, foram registradas 22 mortes de jornalistas. O local considerado mais perigoso para o exercício da profissão é o México, onde sete profissionais foram assassinados. O Brasil, Honduras e a Colômbia também aparecem no relatório do IPI. No Brasil, houve quatro mortes, em Honduras, três, e na Colômbia, duas. No Peru, quatro jornalistas morreram em um acidente de carro e no Equador, um foi baleado por um homem em uma motocicleta.

Pelos dados do IPI, os conflitos na Síria são responsáveis pela maior parte das mortes em 2012, registrando 36 mortos. Há 20 meses, a Síria vive sob um clima de guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram, segundo organizações não governamentais. As forças de segurança do governo e da oposição se enfrentam nas principais cidades sírias.

O segundo país que mais registrou mortes de profissionais de imprensa é a Somália, com 16. No relatório, o IPI destacou que a Justiça do país não julgou ninguém “perpetuando uma cultura de impunidade que encoraja novos ataques”.

O exercício da profissão é considerado perigoso no México, no Paquistão e nas Filipinas. No México, sete jornalistas foram mortos em 2012 - cinco no estado de Veracruz, área próxima a Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, regiões que concentram vários cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas.

Cinco jornalistas foram mortos no Paquistão e nas Filipinas. Segundo o relatório, nas Filipinas, há uma “cultura de impunidade”. No Iraque, na Palestina e no Bahrein, países que também vivem momentos de tensão, foram registrados três mortes de jornalistas, em cada um.

O relator especial das Nações Unidas para a Proteção da Liberdade de Imprensa, Frank La Rue, disse que a situação é mais grave nos países onde não há conflitos declarados, como o México. “Qualquer ataque contra os profissionais de imprensa deveria ser considerado um ataque contra a própria democracia”, acrescentou ele.

Na África, foi registrado um total de 27 mortes de jornalistas. Na Ásia, 26, entre elas três em Bangladesh e duas na Índia. A síntese da pesquisa pode ser obtida no endereço http://www.freemedia.at/home/singleview/article/2012-deadliest-year-on-record-for-journalists.html

sábado, novembro 17, 2012

Comissão da Verdade já está em Marabá para audiências



A Comissão Nacional da Verdade discute, a partir deste sábado (17), em Marabá, violações dos direitos de camponeses e indígenas durante a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 1970. A psicanalista Maria Rita Kehl, membro da comissão, é quem coordena os trabalhos a partir das 15 horas deste sábado, de audiência pública para debater o tema. O encontro ocorrerá na Câmara de Vereadores de Marabá.

Já no domingo (18), eles ouvirão os depoimentos de ex-soldados que atuaram na região do Araguaia durante o regime militar. A CNV também deve reunir com o Grupo de Trabalho Araguaia, criado em 2009, que trabalha na localização e identificação dos corpos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. O grupo é formado por integrantes dos ministérios da Defesa e da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos, além de antropólogos, geólogos, cartógrafos e especialistas em logística, assim como observadores do PCdoB, do governo do Pará e parentes dos mortos e desaparecidos.

O Diário Oficial da União publicou ontem (16) resolução que cria, no âmbito da Comissão Nacional da Verdade, um grupo de trabalho para apurar violações aos direitos humanos com motivações políticas de pessoas que lutavam pela terra e de povos indígenas no período da ditadura militar.
O objetivo do grupo será esclarecer a autoria e as circunstâncias em que se deram violações como torturas, mortes, desaparecimentos e ocultações de cadáveres. A investigação visa a tornar públicos os locais, os autores e as instituições envolvidas nesses crimes.

SORORÓ
A Comissão Nacional da Verdade já está na região desde ontem (16), tendo dedicado o dia a uma visita ao povo da etnia Suruí, que atualmente vive na Terra Indígena Sororó. Há controvérsias sobre a participação da etnia na guerrilha, pois existem informações sobre a exploração de indígenas deste grupo pelos militares e de sacrifícios das vítimas.

Foi a segunda vinda da CNV para conversar com os indígenas. Os líderes da etnia querem a criação de uma comissão da verdade local, pois há referências à possibilidade de os indígenas terem sido forçados pelo Exército a cooperar no combate à guerrilha. Em outubro, os líderes dos suruís pediram o apoio da CNV.

Segundo Paulo Fonteles Filho, que participou da visita ontem à aldeia, os suruí fizeram um relato inédito de como viram o período da guerrilha e as dificuldades que enfrentaram. Grupo de 40 índios vem hoje a Marabá para almoçar com os membros da comissão e para participar da audiência pública.

quinta-feira, novembro 15, 2012

Chargista recria mascotes de 350 times de todo o Brasil

Se você quer conhecer mascotes de times de futebol de todos os cantos do Brasil, o trabalho do chargista Carlos Alberto da Costa Amorim é uma boa opção. O profissional dos desenhos, que iniciou sua carreira no semanário humorístico Pasquim, já reproduziu mais de 350 personagens que representam times dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal.

Amorim não cria novos mascotes. Seu trabalho é descobrir qual é o personagem da equipe, principalmente as mais desconhecidas do futebol brasileiro, e, a partir daí, ele utiliza da sua criatividade para desenhar o mascote de uma outra forma.

"Note que eu não reinventei nenhum mascote, apenas reinterpretei com meus traços, e acho que o pessoal tem gostado bastante. É uma das seções mais visitadas. Na verdade já perdi a conta do que já foi produzido", comenta.

É possível encontrar no site de Amorim, o www.amorimcartoons.com.br, desde mascotes conhecidos, dos tradicionais times grandes, como o Urubu do Flamengo e o Mosqueteiro do Corinthians, até os representantes de times pequenos, como o Índio do Olaria-RJ e o Leão do Bacabal-MA.
"Faço pesquisa, vejo os times que sobem nos campeonatos estaduais de todo o país e produzo minha versão dos mascotes", explica.

Amorim também desenvolve charges diárias sobre o futebol brasileiro e as publica no site.
"Acompanho o dia-a-dia dos clubes, jogadores etc e tento passar para o leitor minha opinião sobre tudo o que acontece, só que com uma visão humorística. O alvo do trabalho é, a princípio, o público infantil e o feminino, mas leitores de todas as faixas etárias nos visitam e depois retornam para ver se tem coisa nova." (Fonte: Terra)

Desafio Sebrae: Pará é o grande vencedor da edição de 2012

A equipe Amazon Fruits, do Pará, foi a grande vencedora do Desafio Sebrae 2012. Após cinco meses de competição, os estudantes de Agronomia da Universidade Federal Rural do Amazonas, Djavan Paixão e Renata de Holanda, conquistaram o primeiro lugar na disputa. O campeão foi anunciado na última terça-feira (13), no Bahia Othon Palace, em Salvador. Em segundo lugar, ficou a equipe Run to Win, do Paraná, seguida pela equipe Xeque Mate, de Minas Gerais.

"Estar aqui foi um grande desafio. Acho que empreender é acreditar e nós acreditamos", disse Djavan, após receber o prêmio. O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, José Cláudio dos Santos, destacou a importância do jogo virtual. "O Desafio Sebrae já tem 13 anos de sucesso, envolvendo mais de um milhão de estudantes. Essa é uma forma de trabalhar e fomentar o empreendedorismo, que é a razão de ser do Sebrae".

Para o superintendente do Sebrae na Bahia, Edival Passos, "o Desafio é um dos mais importantes programas de empreendedorismo do mundo voltado para a juventude. Há muito a fazer nesse campo e temos orgulho de receber esse jogo no estado que ganhou por três vezes o título de melhor Feira do Empreendedor do Brasil".

O coordenador de Negócios Corporativos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) On line, Alan Rabelo, falou sobre a parceria da instituição com o Sebrae. "Nós temos uma missão muito próxima, que é contribuir para o desenvolvimento nacional, cada um em sua área de atuação. O Desafio Sebrae alia tradição e inovação, o que está de acordo com a missão da FGV". A Fundação concedeu aos finalistas uma bolsa de estudo integral.

Maurício Guedes, coordenador da incubadora de empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que realiza o game junto com o Sebrae, destacou o papel da educação empresarial para a vida dos participantes. "Vocês jovens têm uma responsabilidade social grande com o Brasil".

Considerado o maior jogo de empreendedorismo juvenil do mundo, o Desafio Sebrae representa hoje o principal instrumento da instituição para difundir a cultura empreendedora no meio universitário. Em 2012, inscreveram-se mais de 154 mil alunos, sendo que 58% estão na faixa de 18 a 22 anos. A competição leva a prática da gestão de uma empresa aos jovens, com o objetivo de desenvolver competências no ato de empreender. As equipes fizeram exercícios de como administrar uma empresa, aprenderam a trabalhar em equipe e testaram resultados. Na edição deste ano, os estudantes geriram uma fábrica de polpas e sucos de frutas tropicais. O evento faz parte da comemoração dos 40 anos do Sebrae.

[Fonte: administradores.com.br]