terça-feira, julho 17, 2012

Morre Alberto Mansur, aos 89 anos


O Fundador da Ordem DeMolay no Brasil, Alberto Mansur, faleceu na madrugada desta terça-feira (17) no Rio de Janeiro, depois de complicações no período de recuperação de recente cirurgia. Ele tinha 89 anos. Seu passamento imediatamente foi noticiado nas redes sociais e em blogs, lamentado por toda a maçonaria brasileira e DeMolays espalhados pelo País.
Alberto Mansur

Alberto Mansur era maçom do Grau 33, ex-soberano Grande Comendador do Rito Escocês da Maçonaria e ex-Grande Mestre Nacional da Ordem DeMolay.

Nascido em 7 de setembro de 1922, em Vargem Alegre (RJ), Mansur lutou na década de 1970 para a fundação do primeiro núcleo da instituição em terras brasileiras, o Capítulo Rio de Janeiro nº 001. Mais tarde, foi um grande incentivador das fundações de vários capítulos, com destaque para o Nordeste, onde ajudou o maçom potiguar Francisco de Assis Santiago a fundar o Capítulo de Caicó.

Ele tomou conhecimento da existência da ordem através da leitura do “The New Age – July 1969”, um comemorativo do cinquentenário da Ordem. A partir de então, interessou-se em trazê-la para o Brasil, revelando esse desejo ao soberano Grande Comendador norte-americano George A. Newbury em 1974. Cinco anos depois, em 1979, o então Grande Mestre Internacional C.C. “Buddy” Faulkner, líder e entusiasta da ordem, autorizou Mansur a fundar a Ordem DeMolay no Brasil, nomeando-lhe, em 1980, membro do Supremo Conselho Internacional e oficial executivo da Ordem DeMolay para o Brasil.

Mansur esteve em Marabá na realização do primeiro Congresso Estadual da Ordem DeMolay no Pará, em 2001. Sua altivez e amor à OD eram perceptíveis. Desde então, o contato tornou-se distante, sobretudo com as mudanças que a ordem sofreu nos anos seguintes.

O certo é que ficará a cargo do tempo e da história fazerem jus a sua trajetória e avaliarem a força do seu legado. Creio que sua memória será sempre reverenciada como de um inovador e visionário. O Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil decretou luto de três dias em memória de Mansur.

Nesta terça-feira, às 21 horas, em todas as partes do Brasil, os DeMolays vão unir-se em Interlúdio das Nove Horas em homenagem a ele.

terça-feira, julho 10, 2012

Busca de restos mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia é retomada

O Grupo de Trabalho Araguaia (GTA) reiniciou na segunda-feira (9) as buscas por restos mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, em Xambioá (TO) e em São Geraldo do Araguaia (PA). A expedição segue até o dia 17 de julho. As atividades serão acompanhadas por uma equipe técnica pericial, além de parentes dos mortos e desaparecidos da guerrilha e representantes do Ministério Público Federal (MPF).

Na última expedição, que ocorreu entre os dias 10 e 20 de junho, o GTA fez a exumação de dois restos mortais localizados na divisa dos estados do Tocantins e Pará. Desde a década de 1990, vêm sendo feitas exumações, tendo sido encontrados 19 restos mortais. Os restos mortais passam por exames antropométricos e por extração de DNA. Após a perícia, eles serão armazenados no Hospital Universitário de Brasília.

No início de 2012, peritos do GTA estiveram nos Estados Unidos para identificar novas técnicas de extração de DNA de material genético degradado, aperfeiçoando, assim, os trabalhos da equipe.

O GTA, reformulado em maio de 2011, é coordenado pelos ministérios da Defesa, da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos. As pessoas que tiverem informações que sobre o local onde teriam sido enterrados os guerrilheiros devem ligar para o Disque Direitos Humanos (Disque 100). As ligações são gratuitas e não há necessidade de identificação.

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento que surgiu na década de 1970 em oposição à ditadura militar. Até hoje, dezenas de militantes da guerrilha estão desaparecidos. Em 2009, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal Solange Salgado determinou que o governo federal reiniciasse as buscas na região.

segunda-feira, julho 02, 2012

Guerrilha: GTA vai receber apoio da Comissão da Verdade

A Comissão Nacional da Verdade vai dar suporte ao Grupo de Trabalho Araguaia (GTA) para a identificação dos restos mortais de guerrilheiros mortos durante a Guerrilha do Araguaia. De acordo com o coordenador da comissão, ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o grupo deve requisitar apoio tecnológico de outros países para análise de DNA de ossadas encontradas durante as expedições do GTA.

“Mesmo que a nossa Polícia Federal tenha um instituto de tecnologia e uma perícia muito avançada, no aspecto de DNA, podemos fazer uma requisição para os Estados Unidos [e outros países], porque as ossadas encontradas se desintegram. Essa tecnologia [de identificação por DNA] não existe aqui”, disse Dipp.

Na semana passada, o GTA fez a exumação de dois restos mortais localizados, entre os dias 10 e 20 de junho, na região dos estados do Tocantins e do Pará. Durante os quatro anos de trabalho do grupo, 19 restos mortais foram encontrados. De acordo com Dipp, a situação dos despojos é precária. “Por mais cuidado que se tenha, as ossadas se desintegram como pó, pois lá a terra é úmida e o calor é intenso”. Os restos mortais passam por exames antropométricos e por extração de DNA. Após a perícia, eles serão armazenados no Hospital Universitário de Brasília.

Um banco de amostras de material genético de parentes de desaparecidos políticos foi criado em 2006 pela Secretaria de Direitos Humanos. Segundo o coordenador do GTA pelo Ministério da Defesa, Sávio Andrade, o banco está quase completo, cerca de 90%. No entanto, mesmo com esse mecanismo, a identificação ainda é um desafio. “Há a tentativa de extração de material genético, mas [os despojos] estão muito degradados”.

Em 2009, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal Solange Salgado determinou que o governo federal reiniciasse as buscas na região. Para cumprir a determinação judicial, o Ministério da Defesa criou o Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) com o objetivo de localizar, recolher e identificar os restos mortais de desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia.

Em 2011, o grupo foi reformulado e ampliado e passou a ser conhecido como Grupo de Trabalho Araguaia. A coordenação é feita conjuntamente pelos ministérios da Defesa e da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos. Parentes de mortos e desaparecidos da guerrilha e representantes do Ministério Público Federal (MPF) também acompanham os trabalhos.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento político no começo da década de 1970, que surgiu para enfrentar a ditadura militar. Até hoje, dezenas de participantes do movimento estão desaparecidos. (ABr.)

Equatorial quer assumir a Celpa

A Equatorial Energia apresentou ao governador Simão Jatene, nesta segunda-feira, dia 2 de julho, no gabinete do Comando da Polícia Militar do Pará, a proposta de aquisição do controle da distribuidora paraense Celpa, empresa do Grupo Rede Energia. O plano de recuperação apresentado prevê o aporte financeiro de R$ 700 milhões a R$1 bilhão. “Viemos num ato formal, para dar conhecimento ao governador que assinamos com o grupo Rede Energia um documento de exclusividade para examinar a companhia Celpa nos próximos 30 dias e apresentar uma proposta de compra da empresa para tocá-la daqui para frente”, explicou o presidente da Equatorial, Firmino Sampaio.

Segundo Sampaio, o documento apresentado trata-se apenas de um passo inicial, celebrado entre as duas partes, que agora depende da negociação da dívida, que está sendo feita pelo administrador inicial. A Celpa está passando por um processo de recuperação judicial de uma dívida que chega a R$ 3 bilhões. A Equatorial já tem experiência na área de controle de energia, com a Companhia Energética do Maranhão (Cemar). Há oito anos, uma companhia de energia no Estado viveu uma situação semelhante à da Celpa e foi recuperada pela empresa. Dia 9 deste mês, haverá uma assembleia de credores para aprovação do plano. Se não houver quorum, uma segunda e última chamada está marcada para o dia 3 de agosto, data limite para a negociação.