segunda-feira, agosto 30, 2010

Justiça libera e pesquisa Ibope sai com Jatene em 1º


A diferença entre Simão Jatene, na liderança, e Ana Júlia Carepa é de 10% percentuais. É o que revela a tão esperada primeira pesquisa para governador do Pará. Nesta segunda-feira, após uma primeira tentativa de impugnação, a Justiça Eleitoral finalmente liberou a publicação dos números do Ibope encomendados pela TV Liberal/Rede Globo.
O candidato da coligação “Juntos com o Povo”, Simão Jatene, aparece em primeiro lugar, com 43% da preferência do eleitorado, contra 33% de Ana Júlia Carepa, da “Frente Popular Acelera Pará”.

Em terceiro lugar está Domingos Juvenil (PMDB), com 6%. Os candidatos Fernando Carneiro (PSOL) e Cleber Rabelo (PSTU) estão empatados na quarta colocação, com 2% da preferência do eleitorado. Os votos brancos, nulos ou indecisos são 14%. A margem de erro máxima estimada da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou menos. Isso indica que Jatene pode ter entre 40% e 46% e a petista, entre 30% e 36%.

O Ibope ouviu 812 eleitores com mais de 16 anos entre os dias 24 e 26 de agosto nas regiões nordeste, baixo Amazonas, Marajó, sudoeste, metropolitana e sudeste do Pará. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará, sob o nº 14954/2010, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número 26140/2010.

Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados ao entrevistado os nomes dos candidatos, Jatene tem uma vantagem de 11 pontos sobre a segunda colocada: o candidato da coligação “Juntos com o Povo” conta com 29% das intenções de votos, contra 18% de Ana Júlia. O candidato Domingos Juvenil tem 4% e os demais têm 1% da preferência. Os votos brancos, nulos ou indecisos totalizam 47%.

Se contabilizados apenas os votos válidos, o candidato tucano seria eleito no primeiro turno, com 51% das intenções de votos, contra 38% da candidata petista.

A pesquisa feita pelo Ibope mostra ainda o índice de rejeição dos candidatos. Um total de 41% dos pesquisados apontou que não votaria em Ana Júlia de jeito nenhum. No caso de Simão Jatene, 21% reprovam o candidato. Já Domingos Juvenil possui uma rejeição de 14%, seguida de 11% para Cleber Rabelo e 10% para Fernando Carneiro.

O levantamento foi feito através do modelo de amostragem, utilizando conglomerados em três estágios. No primeiro deles, os municípios foram selecionados probabilisticamente através do método PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho), com base na população de votantes de cada município. Já no segundo estágio são selecionados os conglomerados com PPT sistemática, conforme a população de 16 anos ou mais, residentes nos setores. Por último, em cada conglomerado foi selecionado um número fixo de eleitores. (Fonte: Portal ORM)

sábado, agosto 28, 2010

Concurso: edital em setembro

A Prefeitura de Marabá divulgou nesta sexta-feira (27) que será publicado no início de setembro o edital do concurso público para o preenchimento de vagas na administração pública. Pelo cronograma do CETAP (Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional) - empresa que ganhou a licitação para realizar o concurso, também no início de setembro serão abertas as inscrições para o certame.
O processo seletivo está programado para o início do mês de dezembro. O resultado oficial das provas está previsto para o final de dezembro, mesma data para a convocação à prova de títulos e critérios de desempate.
Para o início de janeiro está programada a entrega da documentação referente à prova de títulos e critério de desempate. A homologação do resultado final da prova de títulos e critérios de desempate está marcada para a primeira quinzena de fevereiro.
O preço das inscrições para nível fundamental é de R$ 40; Médio, R$ 500 e superior R$ 60. Esse é o maior concurso para provimento de cargos realizado pela Prefeitura de Marabá, com 3 mil vagas ofertadas.
Com base num trabalho de reorganização e planejamento, foi feito um novo projeto, adequando o número de servidores ao que requer a demanda funcional administrativa do município, segundo a PMM. (Com informações da Secom/PMM)

Medicina em Marabá?

Representantes do Ministério da Educação (MEC) chegaram Marabá na quarta-feira (26) para visita de avaliação às providências tomadas pelo Instituto Paraense de Educação e Cultura (Ipec), o qual pleiteia a abertura de um curso de Medicina em Marabá. A entidade é ligada ao Instituto Tocantinense Presidente "Antônio Carlos' (Itpac), de Araguaína (TO). A equipe esteve reunida com o corpo docente da futura faculdade de Medicina e com alguns médicos da cidade.

Nesta sexta-feira (27) a mesma equipe do MEC, juntamente com o diretor-financeiro da Itpac, Nicolau Carvalho Esteves, visitou unidades de saúde como os postos de Saúde da Folha 23 e do bairro Santa Rosa, além dos hospitais Materno-Infantil, Municipal e Regional. A avaliação dessas casas de saúde diz respeito a estrutura de que a cidade dispõe para suporte ao curso universitário. Após o relatório da equipe, o ministério deverá se manifestar quanto à liberação do curso.

Na área da Alpa

A juíza Maria Aldecy Pissolati, titular da 3ª Vara Cível da Fazenda de Marabá, deferiu liminar e autorizou a retirada e providências para novo sepultamento dos restos mortais localizados em um cemitério familiar na gleba Quindangues. A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que trabalha na desapropriação de uma extensa área onde está sendo implantada a siderúrgica Alpa.

Águia em campo neste sábado

O futebol deve movimentar Marabá novamente neste sábado (28), com o clássico entre Águia e Paysandu pela Série C do Campeonato Brasileiro. O time marabaense tem de vencer para sonhar com a classificação, uma vez que passaria a segundo colocado, com oito pontos, atrás do próprio Papão.

Esperado com ansiedade pela torcida como esperança de gols para o Águia, o atacante Marquinhos Marabá não irá estrear neste jogo, como era aguardado. Na verdade ele sequer está inscrito para a competição. A informação gerou especulações ontem nos arredores do estádio de que o Águia não tem dinheiro para pagar por ele.

Ouvido por este colunista, o gerente de futebol do Azulão, José Wilton, confirmou que o atleta não está inscrito, mas negou que haja entrave financeiro. Segundo ele, tudo já está acertado com o jogador.

Wilton explica que a pendência é o pagamento de taxa uma taxa de R$ 500 à Federação Paraibana, devido ao último vínculo de Marquinhos com o Campinense. Feito isso, o Águia tem a documentação dele liberada e dá entrada junto à Federação Paraense, para regularização junto à CBF. Na visão da diretoria aguaiana, o atacante deverá estrear contra o Rio Branco, na próxima rodada.

Já a delegação do Paysandu desembarcou em Marabá às 15 horas desta sexta-feira e está hospedada no Hotel Itacaiúnas, na Nova Marabá. No elenco, como destaques do grupo: os ex-aguianos Bruno Rangel (atacante) e Aldivan (lateral).

Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 15, para a geral, R$ 30 para arquibancada coberta e R$ 7 a meia entrada.

Banco do Brasil

Vindo de Belém, Marcos da Costa Araujo é o novo gerente-geral do Banco do Brasil em Marabá. Assumiu o cargo esta semana e já está no batente, em substituição a Manoel Canto.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Escavações em Xambioá seguem até o domingo



Deve seguir até domingo (29/08) o trabalho de escavações no Cemitério de Xambioá (TO) para localizar, recolher e identificar os restos mortais de guerrilheiros e militares envolvidos no episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia. É a quarta expedição do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) em 2010. Para intervenção no local, a equipe multidisciplinar está de posse de uma autorização judicial expedida pela juíza Solange Salgado, da 1ª Vara de Justiça Federal de Brasília. O local é foco da ação com base em depoimentos obtidos com colaboradores, moradores da área do conflito, em expedições anteriores.

Depois do levantamento geológico com o emprego do GPR (radar de prospecção de solo), foram sinalizados quatro alvos numa área ainda inexplorada pelas diversas expedições realizadas com esse objetivo, desde o fim do episódio. Na terça-feira, 24 de agosto, foram escavados dois desses alvos.

De acordo com o major Paulo Cezar Crocetti, oficial de Comunicação Social da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, no primeiro alvo, a pouco mais de 1 metro de profundidade, conforme havia indicado o radar, foi encontrada uma pedra com constituição de óxido ferroso e um pedaço de madeira (podem ser vistos na foto sobre o gorro). Após a retirada desse objeto, foi concluído pelos técnicos do GTT que nada mais havia para ser escavado no primeiro alvo.

Ainda sobre o alvo 1, a Brigada informa que ontem deparou-se com um caixão que ainda está sendo investigado, mas que já resultou no encontro de uma ossada, com partes da canela.

Já a continuação das escavações no alvo 2, de ontem, levou ao surgimento da parte do tórax e da cabeça. “Nota-se que o caixão era zincado e que o crânio foi submetido a autopsia, pois apresenta cortes de serra. No terceiro alvo, foi encontrado apenas um chinelo. O quarto alvo ainda está sendo investigado”, diz comunicado do Exército.

Exumação

Em resposta a questionamento da reportagem do CORREIO DO TOCANTINS, outro oficial de comunicação do EB, o coronel Souto Martins respondeu que a ordem judicial permite, inclusive, a remoção dos restos mortais eventualmente encontrados. “Depois que recolhermos o material, o levaremos pra Brasília para identificação através de DNA e outros procedimentos da Polícia Federal”, diz.

O general-de-brigada Humberto Madeira, comandante da 23ª Brigada, tem acompanhado pessoalmente os trabalhos do GTT, sendo que o coronel Alfredo Meneses está à frente da logística, no suporte aos trabalhos.

Grupo

O GTT é uma equipe multidisciplinar e plural formada para chegar a respostas sobre o destino dos restos mortais de guerrilheiros. Participam do grupo pesquisadores do Museu Emílio Goeldi (Pará), além de antropólogos, geólogos, militares do Exército, Polícia Federal e técnicos em geofísica de prospecção. Também é formado por observadores independentes como: Paulo Fonteles, representante do Governo do Estado do Pará, Aldo Arantes, ex-deputado federal, e Myrian Luiz Alves, jornalista.

Empresa de Belém organizará concurso público de Marabá

Parece que desta vez o decantado concurso público para o preenchimento de cargos na Prefeitura de Marabá vai ter andamento. O Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (25) trouxe publicado o extrato de homologação/adjudicação com o nome da empresa que planejará, organizará e aplicará as provas. Trata-se da CETAP (Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional). Segundo o edital, o certame é para provimento de cargos de níveis fundamental, médio e superior. Pelo trabalho previsto para durar quatro meses a empresa receberá R$ R$ 1.410.000,00.

Sobre o CETAP, a coluna apurou que é uma entidade com sede na Avenida Presidente Vargas, em Belém, e, no momento, está responsável pelo concurso público para o Tribunal de Justiça do Estado de Roraima. Em 2009 realizou concurso para a Guarda Municipal de Belém, Assembleia Legislativa de Roraima e Prefeitura de Ananindeua, entre outros. O site da entidade não dá maiores detalhes sobre sua origem e responsáveis legais.

JN no Ar em Jacundá

Sorteio feito nesta quarta-feira (25) ao vivo durante a exibição do Jornal Nacional, na Rede Globo, apontou Jacundá como a cidade a ser visitada hoje pela reportagem da série “JN no Ar”. Com isso, a expectativa é de que o jatinho da emissora que transporta a equipe pouse na pista do Aeroporto de Marabá.

A proposta do jornal é de visitar pontos dos 27 estados brasileiros até as eleições de outubro, para traçar um diagnóstico das demandas do País que deverão ser enfrentadas pelos próximos governantes. As reportagens são de Ernesto Paglia. O destino do JN no Ar é decidido por sorteio durante o telejornal.

Jacundá, a 102 Km de Marabá, já foi cenário de reportagem do mesmo Jornal Nacional há uma semana, quando o repórter Marcelo Canelas mostrou atendimento de unidade móvel oftalmológica do Cisat naquele município.

terça-feira, agosto 24, 2010

Sinistros

Com o aumento da criminalidade nas áreas urbanas os carros têm sido alvo preferido de marginais nas ruas das grandes cidades, sobretudo para furtos. A quebra dos vidros laterais é a principal ocorrência, segundo as operadoras de seguros. São Paulo lidera os sinistros e o Pará fica no 12º lugar, sendo que Marabá é a 2ª no estado e a 84ª no ranking nacional, seguida por Ananindeua, na 87ª posição. A ocorrência mais comum é a quebra de vidros nos semáforos ou em engarrafamentos, para pegar bolsas, laptops, joias e acessórios, o que não é a nossa realidade. Aqui os carros são alvo quando estacionados nos arredores de praças e na orla.


Conjove promove palestra

A turma do Conjove – Conselho de Jovens Empresários de Marabá, iniciou a semana distribuindo convites para a palestra: “O papel da cooperação social no combate ao crime”, que acontece no dia 26, às 16 horas, no auditório da sede do Grupo Leolar, na Folha 32.

A palestra é um primeiro passo para o movimento de criação de um escritório do Disque Denúncia em Marabá.

Árbitro paraense para Águia x Papão

Fonte da coluna garante que ontem saiu o sorteio, em Belém, para a arbitragem do jogo Águia x Paysandu, pelo Campeonato Brasileiro da Série C, no sábado (28). O apito ficará a cargo do paraense Andrei Silva e Silva.

Tal informação, se confirmada, contraria o desejo da diretoria do Águia de Marabá que havia pleiteado árbitro de fora do Estado, do quadro da FIFA. Em confrontos contra os grandes da capital, o azulão tem evitado os árbitros caseiros em 2010.

Alpa em questão!

Obras de terraplenagem no terreno destinado à siderúrgica
As obras da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), indústria que a Vale planeja instalar em Marabá (PA), continua mesmo depois que o Ministério Público do Estado do Pará (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) enviaram, em maio, à Justiça paraense uma ação civil pública apontando irregularidades na construção e no futuro funcionamento da siderúrgica. Falhas na audiência pública, atraso e irregularidades nos relatórios de impacto ambiental, sérios perigos de cancer: essas as acusações mais pesadas.

No processo, o procurador da República Tiago Modesto Rabelo, responsável pela ação, indica as principais irregularidades do projeto: “realização de audiência pública em desconformidade com a legislação pertinente; acesso insuficiente ao EIA-Rima [Estudo e Relatório de Impacto Ambiental] para análise adequada e nem prazo razoável dos estudos de impactos ambientais; insuficiente publicidade dos estudos; e, consequente, participação inefetiva dos interessados na audiência”. A ação pede a realização de novas audiências públicas, anulação da licença prévia e suspensão do licenciamento ambiental da siderúrgica.

Pressa

Rabelo indica que as falhas do processo que concedeu o licenciamento prévio são resultado da pressa em aprovar o projeto. “Afinal, que esclarecimentos acerca da análise pública do relatório de impacto ambiental poderiam ter sido prestados em audiência, sendo que tais informações ainda estavam sendo colhidas?”, questiona.

Em nota, a Associação dos Servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Pará disse que denunciou ao MPE a pressão sofrida por parte de ocupantes de cargos superiores e informou que – “dada a exiguidade do prazo de análise do empreendimento com vistas à apreciação da licença prévia, recentemente concedida” – não foram realizados os estudos necessários e aprofundados da obra.

Os servidores também criticaram, além da pressa, “a adoção de posturas informais na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), de forma a atropelar as devidas cautelas exigidas pelos estudos”.

O MPE informou optar pela via judicial, principalmente, porque a Sema não atendeu os pedidos do órgão para novas audiências e estudos. Para Rabelo, é "inadmissível que as coisas sejam conduzidas de qualquer forma, em atropelo aos ditames constitucionais, legais e aos preceitos e princípios que regem o procedimento de licenciamento ambiental”.

Risco de Câncer

Uma das preocupações que fez o MPE agir é o risco eminente dos trabalhadores da siderúrgica e população circundante contraírem câncer. Segundo apuração técnica da promotoria, “o estudo considera injustificável o fato do projeto Alpa não possuir medida de controle para o benzeno, nem para outros compostos aromáticos tão perigosos quanto este poluente". De acordo com o Ministério da Saúde, o benzeno é cancerígeno, mesmo em baixas concentrações.

José Batista Afonso, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), afirma que “nem o Estado nem a Vale apresentaram estudo que mostra esses impactos ambientais e os níveis de poluição do ar, do solo e da água”.

André Raupp, do MPE e que também acompanha o desfecho da liminar enviada à justiça do Pará, desabafa: “tentar fazer com que os estudos sobre os empreendimentos tenham maior publicidade tem sido talvez a maior dificuldade da atuação do Ministério Público em relação a projetos como esses na Amazônia”

Fonte: M. Zonta, Brasil de Fato, Marabá 23.08.10

segunda-feira, agosto 23, 2010

Contra a censura

Humoristas em passeata pedem
liberdade para as piadas sobre políticos

Cerca de 300 pessoas participaram na tarde deste domingo (22), na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, da passeata Humor Sem Censura, em protesto contra a Lei 9.504, aprovada em 1997, que proíbe satirizar ou ridicularizar candidatos e partidos políticos durante o período de campanha eleitoral. Organizada pelo humorista Fábio Porchat, do grupo Comédia em Pé, a manifestação contou com a presença de comediantes famosos, vários deles integrantes de programas populares de televisão como Pânico na TV, Casseta e Planeta Urgente e CQC, que têm como ingredientes clássicos justamente a sátira política.

A passeata dá sequência a um movimento iniciado nas redes sociais da internet contra a Lei 9.504. Os organizadores pretendem encaminhar ao Ministério da Cultura e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um manifesto pedindo o fim da censura às piadas. Segundo Fábio Porchat, “a internet está servindo como uma válvula de escape para a censura imposta ao humor na campanha eleitoral”.

Candidatos duelam com carreatas

Momento em que as duas carreatas passaram lado a lado em travessa de Belém, no domingo
Por pouco as carreatas de dois dos principais candidatos ao governo do Pará não se esbarram pelas ruas de Belém na manhã de domingo (22). Como que para marcar terreno e não ficar atrás do outro, os comitês de Ana Júlia Carepa (PT), da Frente Popular Acelera Pará e de Simão Jatene, da Juntos com o Povo, agendaram suas carreatas para o mesmo dia e horário em Belém. Ao final, coincidência também nos números divulgados pelas assessorias das campanhas: ambas dizem ter contado com 3 mil pessoas acompanhando os candidatos.

Ana Júlia

Na carreata da governadora e candidata a reeleição Ana Júlia Carepa, esta seguiu à frente do grupo sobre um trio-elétrico e acompanhada do candidato ao Senado pelo PT, Paulo Rocha. Carros, motos e até bicicletas com bandeiras acompanharam a manifestação, que partiu de Ananindeua, por volta das 10 horas, percorreu vários bairros e terminou no Jurunas, às 13 horas.

“Nós não queremos voltar para o tempo do apagão, da privatização da luz, que trouxe essas contas caras de energia para os paraenses. O nosso modelo é totalmente diferente, é um modelo de transformação. O nosso modelo é o que faz nossa riqueza ficar no Pará e parar de ir embora pelos trilhos de trem, é o modelo que faz a inclusão social. Eu peço o voto de confiança de vocês, porque assim como Lula preciso de dois mandatos para colocar o Brasil em ordem, eu também preciso de mais um mandato, agora que coloquei o nosso estado nos trilhos certos”, discursou Ana Júlia do trio-elétrico.

Jatene

O ex-governador Simão Jatene desfilou sobre a carroceria de uma caminhonete, ladeado do candidato a vice na sua chapa, Helenilson Pontes (PPS), do candidato ao senado Fernando Flexa Ribeiro, e dos candidatos a deputado estadual Manoel Pioneiro, Suleima Pegado e Alessandro Novelino.

A agenda teve início às 9h30, saindo da Doca de Souza Franco, e percorrendo a avenida Presidente Vargas, a rua dos Mundurucus, avenida João Paulo II, travessa Mauriti e avenida Pedro Miranda. O encerramento se deu por volta de 14 horas, na praça Eneida de Moraes.

Na versão da assessoria da campanha de Jatene, ao esbarrarem-se na travessa Mauriti, os participantes das duas carreatas tiveram tratamento cortês, mas as casas e as bandeiras ostentadas pelos moradores teriam predominância do amarelo, cor que faz alusão ao partido PSDB.

“Quero agradecer a todos que colaboraram para esta grande e democrática festa e dizer que não irei decepcioná-los”, afirmou Simão Jatene ao final.




Medicina

Médicos paulistas irão usar células-tronco
de dentes de leite para tratar lesões na córnea

Médicos paulistas irão utilizar células-tronco retiradas da polpa de dentes de leite em tratamento de pessoas com alguma lesão na córnea. O Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) começará em setembro a fazer a triagem dos pacientes para aplicar o novo tratamento. A técnica foi desenvolvida pelo Instituto Butantan e pode ajudar a reconstruir os tecidos da córnea de pessoas que sofreram danos por queimaduras ou doenças genéticas e imunológicas.
 
Durante cinco anos, os pesquisadores utilizaram as células-tronco em coelhos e, em três meses de tratamento, houve recuperação total da córnea das cobaias. Segundo o coautor do projeto, Nelson Foresto Lizier, a autorização para aplicação em seres humanos foi obtida este ano. Ainda não há previsão de quando o tratamento será iniciado, pois será preciso encontrar um grupo homogêneo de pacientes, ou seja, com problema semelhante na córnea, para testar o tratamento e provar que ele é eficaz em certo número de pessoas. Já há dez pessoas indicadas.
 
“O procedimento cirúrgico é relativamente simples e rápido e o acompanhamento será feito mensalmente durante um bom tempo, ou de acordo com a reação do paciente. Será observada a qualidade da córnea, se ela está ficando transparente, se a pessoa apresenta algum problema com o transplante, e a durabilidade dessa córnea, já que o objetivo é o de que a transparência dure para sempre”.
 
Lizier explicou que os dentes de leite são doados por pacientes do hospital e as células encontradas na polpa (tecido mole) do dente tem características muito semelhantes às da córnea. Para retirar as células, os profissionais mexem no interior do dente, que fica aberto quando cai, e depositam o tecido em uma placa de cultura onde as células-tronco se multiplicam em grande escala. As células se reproduzem sobre uma fina camada estrutural para ganhar o formato de uma córnea de fato.
 
“Nos seres humanos nós transportaremos essa película para o olho e em seguida colocaremos uma lente de contato para segurar a película. Assim que as células estiverem seguras, essa lente é retirada”.
 
O pesquisador afirmou que o que poderia dar errado com essa técnica seria a devolução da qualidade da córnea por um curto período e, assim, o indivíduo precisar de uma nova operação. “Na pesquisa com os coelhos, aqueles que precisaram de uma segunda cirurgia foram os que tinham a córnea muito danificada. Mas na segunda operação a integridade da córnea foi recuperada. Pelos resultados que tivemos com os coelhos a expectativa é a de que dê certo com humanos”.
 
Ele ressaltou que o procedimento é vantajoso porque não é invasivo e apresenta baixo risco para o paciente. Além disso, as células-tronco do dente de leite são imunoprivilegiadas, isto é, dificilmente seriam rejeitadas pelo organismo receptor. “Isso quer dizer que provocam baixa resposta imune do organismo, permitindo que sejam utilizadas células de parentes para a doação e até mesmo de pessoas que não sejam ligadas ao paciente”.
 
De acordo com Lizier, o custo de todo o procedimento laboratorial não passa de R$ 500. A técnica já está sendo estudada para a utilização em outros tipo de doenças de visão, ossos, cartilagens e tecidos nervosos.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Situação do Grupo do Águia no Brasileirão

O empate entre São Raimundo e Rio Branco foi comemorado pelo Águia de Marabá, que ocupa a terceira colocação no Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C e ainda briga por uma vaga na próxima fase da competição nacional. O Azulão está um ponto atrás do segundo colocado, o Fortaleza, e vê o líder Paysandu disparando na ponta com 10 pontos, por isso faz uso da matemática do futebol e calcula o que precisa pontuar para aumentar suas chances de classificação.

Na avaliação do técnico João Galvão, o time marabaense precisa somar 14 pontos para terminar entre os dois primeiros do grupo e garantir vaga na segunda fase da Terceirona. Para isso, ele espera fazer o dever de casa e confirmar mais seis pontos, além de buscar pelo menos três pontos jogando na casa do adversário.

Como folga nessa rodada, o Azulão só volta a campo no próximo dia 28, quando recebe o Paysandu, no Zinho Oliveira.


Confira a reportagem completa da articulista de Esportes Mariuza Giacomin no CORREIO DO TOCANTINS deste sábado.

MEC veta Direito na Metropolitana

O MEC (Ministério da Educação) acaba de jogar um balde de água fria em quem sonhava com o curso de Direito particular em Marabá, agora. É que o ministério negou os pedidos de criação do curso por 13 faculdades, entre elas a Metropolitana. As solicitações que chegam à Secretaria de Educação Superior (Sesu) são avaliadas por funcionários responsáveis pela área de regulação e pela Ordem dos Advogados do Brasil. Os critérios analisados antes da autorização são o corpo docente, a infraestrutura das instituições e o projeto pedagógico.

Além disso, um dos quesitos mais importantes considerados para a abertura de um curso de Direito é a relevância social e geográfica da criação do curso. O MEC não divulgou os motivos que levaram a secretaria a indeferir esses 13 pedidos - todos feitos por faculdades privadas. No Pará, além da Metropolitana de Marabá foi vetado o pedido da Faculdade Metropolitana da Amazônica, em Belém.

Idesp prevê maior saldo de geração de emprego dos últimos 20 anos

O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) prevê a geração de 39.700 novos postos de trabalho até o final deste ano, configurando o maior das duas últimas décadas no Pará. A previsão se baseia na tendência de crescimento nos números divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego, que nesta quinta-feira (19), anunciou saldo de 6.093 empregos, somente no mês de julho, no mercado de trabalho paraense.

Os pesquisadores do Núcleo de Conjuntura do Idesp consideram que, nos últimos 12 meses, o Pará já alcançou um saldo de 39.641 postos de trabalhos, período em que a economia ainda passava pela crise internacional que marcou o ano de 2009. “Historicamente o segundo semestre tende a ser muito mais aquecido em termo de consumo por conta de datas festivas como o Círio e as festividades de fim de ano”, afirma Cassiano Ribeiro, diretor de Socioeconomia do Idesp. Considerando, ainda, que neste ano o saldo na geração de novos empregos já alcança 23.284, a previsão do Idesp é de que haja o maior saldo na geração de emprego de toda a série gerada pelas estatísticas do Ministério do Trabalho, desde 1994.

Cisat, Marabá e Jacundá no Jornal Nacional

Esta semana o Jornal Nacional, da Rede Globo, começou a apresentar uma série de reportagens especiais sobre as cinco maiores preocupações dos brasileiros, reveladas por uma pesquisa, encomendada ao Ibope. Saúde, como já era de se esperar, foi a campeã de reclamações. Na primeira matéria, exibida na terça-feira (17), mostrando as mazelas do setor, o Pará acabou retratado como exemplo positivo, não pelos seus hospitais, mas pela saída encontrada por municípios do sudeste do Pará que formam o Cisat – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Araguaia e Tocantins.

Na reportagem, o jornalista Marcelo Canellas aparece acompanhando atendimento da Unidade Móvel de Atendimento Oftalmológico do Cisat em Jacundá, a 102 km de Marabá. “No sudeste do Pará acontece exatamente o contrário: em vez de o paciente viajar até o tratamento, é o tratamento que viaja até o paciente. Onze municípios se reuniram e montaram um consórcio para oferecer serviços como uma unidade móvel. Ninguém mais precisa ir até a capital para consultar um oftalmologista”, narra o repórter.

As pessoas fazem exame de vista e o laboratório, dentro da unidade móvel, faz a lente recomendada, sendo que o paciente vai embora de óculos gratuitamente. A unidade passa dois dias na cidade. Entrevistada, a paciente Glória Silva, que é professora, disse que gastaria R$ 180 numa consulta em Marabá.
 

Cancelamento de registros de imóveis

A Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem no Pará formada pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público, Instituto de Terras do Pará, Advocacia geral da União, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Comissão Pastoral da Terra, Ordem dos Advogados do Brasil e Federação dos Trabalhadores na Agricultura atenderá a imprensa nesta sexta-feira (20), em entrevista coletiva, para falar sobre o provimento do Conselho Nacional de Justiça que ordenou o cancelamento de títulos irregulares nos cartórios de imóveis do Pará.

Já confirmaram presença o desembargador Otávio Marcelino Maciel, o procurador da República Felício de Araújo Pontes Jr, o presidente do Iterpa José Héder Benatti, o Procurador Geral do Estado, Ibrahim Rocha e o chefe da AGU no Pará, Mauro Ó de Almeida, o vice-presidente da OAB, Valdo Pinto, a representante da Comissão Pastoral da Terra, Jane Silva e o presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Apolo.

A coletiva será às 14 horas, na sede do Iterpa em Belém, na Rua Farias de Brito, 56, próximo ao mercado de São Brás.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Texto do Birner

Vitor Birner mandou muito bem nesse texto que trago do blog dele, analisando as novas e mirabolantes ideias da Fifa para o futebol:


O presidente da Fifa se supera a cada dia com suas idéias para piorar futebol e transformá-lo no esporte cada vez mais injusto.

Em qualquer atividade séria, os absurdos decisivos da arbitragem gerariam medidas drásticas para evitá-los.

E a resposta simples e óbvia está na eletrônica. O futebol não sobreviverá por séculos sem ela.

A maioria dos consumidores gosta de sorte, superação, técnica, tática e inspiração em qualquer modalidade esportiva, não de erros patéticos que roubam os méritos de quem na realidade fez jus à vitória.

Joseph Blatter admite dar o primeiro passo de tartaruga. “assim que tivermos um sistema fácil e rápido, aplicaremos a tecnologia na linha de gol”

Mas, junto com a migalha, vieram duas novas ideias ruins.

Eu adoro futebol e elas me irritaram.

A primeira foi no mínimo pouco inteligente, péssima, para ser não ser maleducado.

Ele quer decidir por pênaltis os jogos da primeira fase da Copa do Mundo que terminarem empatados. Acredita que isso aumentará o apetite por vitórias dos times. Achou, com razão inclusive, as partidas da fase de grupos do Mundial monótonas.

“As seleções jogam para não perder e o resultado são jogos chatos”, falou.

Blatter deveria entender que isso só aumentará a possibilidade de quem joga atrás conseguir somar mais pontos na retranca.

A Suíça, por exemplo, que atua para não sofrer gols contra os grandes, se conseguisse cumprir a missão, ao invés de levar um ponto, teria a chance de ganhar 3.

Bom negócio. Quem ataca normalmente, ao contrário, não ganha nada.

As prorrogações também podem acabar. Se continuarem, Blatter pretende reintroduzir o cardíaco gol de ouro.

Isso também não vai aumetar o ímpeto ofensivo de ninguém.

O Peixe, por exemplo, correria mais risco de abdicar da filosofia de jogo.

Se levasse um gol, algo normal na proposta de quem ataca para fazer vários e sabe que consegue virar jogos, perderia a classificação. O ofensivismo terminaria mais em vezes em fracassos.

Melhor seria, no caso, ficar atrás, fechado, e esperar uma chance para o talento decidir.

Em suma, a injustiça e o defensivismo provavelmente ganhariam força.

Idéias óbvias

Há maneiras simples para dar força aos ataques.

Proibir o recuo de bola para o campo de defesa depois de ultrapassar a linha do meio-campo.

Permitir a cobrança de laterais com os pés.

Aumentar, com limites, o número de substituições durante as partidas, deixar o treinador usar mais atletas do banco e permitir que o substituído volte ao jogo numa dessas trocas.

Limitar o número de faltas. (Eu não faria isso).

terça-feira, agosto 17, 2010

Esse é fera

American Idol, nos EUA, é a versão original do que aqui no Brasil é apresentado como Ídolos, pela Record. Adoro o programa, o norteamericano, pela qualidade dos candidatos. Tem de ser fera realmente para participar.

Lá, de olho, ou melhor, ouvido, nas releituras que fazem de grandes sucessos, achei esse cidadão, Andrew Garcia, um fera que apresenta para o público uma ótima interpretação de Straight Up, uma canção bonita, mas que só é comum na voz da sua cantora original, Paula Abdul.

Lei Maria da Penha precisa de revisão

Para especialista, algumas decisões preconceituosas contrariam a Lei que deveria agir na violência contra a mulher

A Lei Maria da Penha, instituída para proteger a mulher contra a violência doméstica e familiar, possibilitou que agressores fossem presos em flagrante ou tivessem sua prisão preventiva decretada. Pela Lei, eles também não podem ser punidos com penas alternativas, terão aumento no tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, além de medidas vão desde a saída do agressor do domicílio até a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.

Ultimamente, a Lei tem sido motivo de polêmicas, principalmente, no que tange sua aplicação a casos em que a união não é estável. O último exemplo foi o caso de Eliza Samudio, que teve negada as medidas de proteção previstas na Lei, em que o agressor seria Bruno, goleiro do Flamengo. O motivo foi “sob pena de banalizar a finalidade da Lei Maria da Penha”.

De acordo com Pedro Lessi*, especialista em Direito de Família, a Lei Maria da Penha precisa ser revista, pois algumas decisões não tem sido favoráveis às mulheres vítimas de agressão. Ele acredita, por exemplo, que a juíza errou em ter negado proteção no caso de Eliza. "A interpretação da Lei tem sido de maneira subjetiva. Talvez, com outra interpretação a garota poderia ter recebido algum tipo de orientação no intuito de evitar o pior. Acho que houve certo preconceito, pois foi negada a proteção sob alegação de que a garota seria apenas uma ‘ficante’ do goleiro. 'Ficante' também é mulher e ser humano”.

Lessi acredita que a Lei necessita de mudanças, pois algumas condenações que supostamente deveriam coibir a violência contra a mulher não estão sendo feitas. Para ele, a aplicação da Lei é pelo princípio da especialidade, legal e de igualdade na defesa da mulher em qualquer circunstância. “A Lei Maria da Penha deve ser aplicada em todos os casos de violência contra a mulher. Não é necessário morar cinco ou dez anos com a pessoa para se caracterizar uma união afetiva e justificar a aplicabilidade da Lei”, finaliza.


* Pedro Lessi é formado em Direito pela Universidade Católica de Santos, especialista em Direito de Família, Civil, Processual Civil, Tributário e Imobiliário, Empresarial, pela Columbus University, em Ohio, EUA. Lecionou na PUC-SP. Fundou o Lessi e Advogados Associados; o IDELOS - Instituto Brasileiro de Defesa dos Lojistas de Shopping; a ANDEFAC - Associação em Defesa das Famílias Carentes

domingo, agosto 15, 2010

Presidente do Fla sonha com Juan, Ronaldinho e Júlio César

Olá blogueiros. Hoje estava lendo uma ótima entrevista da nossa presidente rubro-negra Patrícia Amorim, ao jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Divido com vocês:

Ser presidente do Flamengo pode ser prejudicial à saúde. Principalmente, quando desgraças de todos o tipos andam em fila, sem trégua. Patrícia Amorim, 41 anos, perdeu o sono, a fome e, até, o sossego no supermercado. Mas não perdeu a fé e a paciência. Seu sonho é do tamanho dos problemas que tem enfrentado desde que assumiu. A ex-nadadora quer formar um time com Julio Cesar, Juan, Ronaldinho e o questionado Felipe Melo.

O DIA - Você ainda sabe nadar?
Patrícia - (Risos) Nadar é como andar de bicicleta. A gente não esquece. Ainda nado bem, mas devagar, e só no verão. A época do sacrifício passou. Nem sei qual foi a última vez...

O DIA - Como é uma mulher na presidência?
Patrícia - Vou no vestiário ver se tem sabonete na saboneteira. Quando eu estava em campanha e ia ao banheiro, via que o sabonete era diluído numa garrafa pet. Prometi que os banheiros seriam limpos e cheirosos. Eu tinha horror àquilo.

O DIA - Sofre preconceito?
Patrícia - Rola preconceito. Para alguns, não posso dar certo por ser mulher. O universo do futebol é machista. Mas os jogadores são gentis. Não tenho postura de prepotência ou fanfarronice. Até para dar esporro eu sou gentil. Mas falo o que me incomoda. Fui preparada para a porrada. Cresci no esporte.

O DIA - Tem empatia com algum jogador?
Patrícia - O Léo Moura. Não fiz nenhuma campanha para ele ser o capitão, tá? Ele compreende a relação com a instituição. Se peço para dar uma força ao basquete, ele vai lá. Gosto da mãe e da irmã dele. Aliás, outro dia a mãe dele me cobrou a contratação de um atacante (risos).

O DIA - Os jogadores cobram?
Patrícia - O Bruno era o capitão. Tudo o que ele pediu pelos outros jogadores, eu cumpri. Prefiro me virar para resolver os problemas dos que estão aqui do que trazer alguém de fora.

O DIA - É possível formar um grande time, pensando assim?
Patrícia - É. Vou conseguir.

O DIA - Você ainda não conseguiu...
Patrícia - Quero o Ronaldinho Gaúcho. Para ter ele, o Julio Cesar, o Juan e o Felipe Melo, tenho que pagar. Estou falando de jogadores com quem conversei.

O DIA - Conversou? Acha que realiza esse sonho em 2012, seu último ano no clube?
Patrícia - Não. Acho que no ano que vem. Mas o Flamengo precisa terminar 2010 bem. Se não, fica difícil. Preciso ter um projeto no qual as pessoas apostem.

O DIA - Não é um sonho impossível você ter Julio Cesar, Juan, Felipe Melo e Ronaldinho?
Patrícia - Não é impossível. Estou arrumando a casa para esse momento. O simbolismo dos formados aqui é fundamental. Quero investir nas raízes.

O DIA - Gosta do Felipe Melo? Ele foi execrado na Copa!
Patrícia - Não entendo tanto de futebol, não. Mas vamos lá... Gosto de quem gosta do Flamengo. Gosto de quem quer vir pra cá. Ele gosta. A gente nunca tinha se encontrado na vida. Eu estava de bermuda, em Orlando, indo a um restaurante brasileiro. Ele abriu o vidro do carro e gritou: "Oh, presidente!" Falei: "Quando você volta pra casa?" Ele disse: "Sou louco pra voltar". Aí, falei: "Estamos de portas abertas. Vamos conversar".

O DIA - Sondou o Julio Cesar?
Patrícia - Falei com o pai do Julio Cesar há umas duas semanas, aqui na Gávea. Ele está sempre aqui. Disse que agora não daria. Mas avisei que quero ter preferência. Quero conversar.

O DIA - E o Juan?
Patrícia - Nosso vice jurídico, Rafael de Piro, jogou com o Juan na base do Flamengo. É o melhor amigo dele. Eles já conversaram. Juan disse que no ano que vem senta para conversar.

O DIA - E o Ronaldinho?
Patrícia - Falei uma vez com o Ronaldinho e outras três com o Assis, irmão dele. A relação é boa.

O DIA - Esse time seria já para o primeiro semestre?
Patrícia - Ah, eu quero (risos). Eu queria dar esse presente de Natal para os torcedores, mas é lógico que depende do jogador. É claro que ele tem propostas. Outro dia, estava lendo que o Palmeiras quer o Ronaldinho. Fico preocupada. Eles podem fazer uma proposta melhor. Fico tentando manter a relação para saber se posso competir.

O DIA - Como o Flamengo vai conseguir tantos reforços?
Patrícia - O desafio é equilibrar o orçamento e não perder a competitividade. Quando apresentar um aumento de receita, uma diminuição de despesa e resultado financeiro, vou me sentir à vontade para dizer que chegou a hora de fazer um investimento maior. Vou precisar de um orçamento maior para o futebol. O passivo a gente vai ter que enfrentar.

O DIA - Desistiu de rescindir o contrato do Bruno?
Patrícia - Sigo o que a comissão jurídica determina. O encaminhamento inicial era a rescisão por justa causa e uma ação por perdas e danos. Só que desde 2005, não pagavam as luvas dele. Eu vinha pagando R$ 100 mil por mês a ele, de luvas, mas a dívida antiga está perto de R$ 1 milhão. Decidimos que, se for uma negociação interessante para o clube, a gente vai estudar a possibilidade de fazer a demissão sem justa causa. Seria um acordo. De salário, não há nenhuma dívida. Bruno recebeu salário de R$ 150 mil, em carteira, até julho.

O DIA - Você tem notícias dele?
Patrícia - Nenhuma. Não me senti à vontade de perguntar aos jogadores se alguém tem alguma notícia. Todo mundo está tão apavorado... O Willians foi o que mais sentiu, pois era companheiro de quarto.

O DIA - Conversou com ele?
Patrícia - Ele não dá abertura, não. Ainda não consegui chegar nele. É muito calado.

O DIA - Seus filhos usavam a camisa do Bruno?
Patrícia - Isso foi um horror. As camisas dos meus filhos estão sem uso. Não dá para usar mais. O Ricardo (9 anos), falou: "Você afastou o Bruno. Não vou mais torcer para o Flamengo".

O DIA - Você enfrenta cobranças até em casa?
Patrícia - Eles cobram. Não emito opinião em casa porque sei que o que eu falar vai parar na escola. No dia do jogo contra o Corinthians, meus filhos começaram a berrar: "Você é quem manda lá! Tem que reclamar com o Zico!" Fui chamada na escola do caçula (Leonardo, 3 anos), porque ele está ensinando o hino do Flamengo para os colegas. O pai de um amigo dele é tricolor doente e o filho chegou cantando o hino do Flamengo em casa.

O DIA - Gosta de bad boys?
Patrícia - Hoje é complicado. Mas estou segura porque agora boto cláusulas no contrato que me permitem rescindir, se houver algum desgaste à instituição.

O DIA - O jogador do Flamengo pode ir à festa na Chatuba?
Patrícia - Ah, não dá mais. Adriano começou a faltar a treinos, ter problemas com a noiva... Hoje, é muito difícil admitir esse tipo de postura aqui. O Flamengo está traumatizado. A gente não vai procurar esse tipo de perfil. Gordo, de cara feia, sem comemorar... Perdeu o sentido.

O DIA - Fez inimigos como presidente do Flamengo? A relação com o Ricardo Teixeira ficou ruim?
Patrícia - Ah, ficou, né? Ele levou para o lado da amizade que tem com o Kléber (Leite). Desde janeiro, eu tinha compromisso com o Fábio Koff na eleição do Clube dos 13. O Kleber se lançou depois. Deve também estar chateado comigo, mas ele também teve o seu candidato a presidente do Flamengo. Não votou em mim. Só que eu não levo para o lado pessoal. São acordos que se faz. Sou firme. O que eu falo, vou fazer.

O DIA - Passa pela cabeça o risco de Zico não funcionar?
Patrícia - Passa. Tenho que preservá-lo. Preciso estabelecer com ele uma relação de confiança. Não interfiro, mas tenho que defender a instituição. Há coisas que ele quer fazer, mas pelo estatuto não é possível. Essa autonomia não existe. Tenho que passar tudo pelo conselho fiscal e vice presidências.

O DIA - Você consegue fazer cobranças ou críticas ao Zico?
Patrícia - Não foi preciso ainda. Mas com certeza vou conseguir. O que segurou o Flamengo nesse episódio do Bruno foi a chegada do Zico. A vinda dele segurou minha sanidade mental, meu equilíbrio.

O DIA - Está arrependida ou pensa em reeleição?
Patrícia - Estou onde queria estar. É uma honra. Fui longe demais. Faltam dois anos e meio. Tenho autocrítica. Se estiver bem, vou querer continuar.

O DIA - Como está a rotina?
Patrícia - Durmo mal. A vida mudou. É assustador. Emagreci.Não tenho fome. Tenho fome de gol (risos), e o gol não sai. Não posso caminhar na praia. Não faço mais compra no supermercado. Outro dia, um cara parou na minha frente e falou: "Patrícia, vai tomar no c.." Meu Deus, tenho que tomar muito cuidado. Tenho gastrite e umas enxaquecas horríveis.

O DIA - Os meninos sofrem?
Patrícia - O mais velho teve queda nas notas da escola. O outro, de 9 anos, quando a gente estava na Disney, ia na Internet e voltava com novidades: "Mãe, você vai ter que depor!"

O DIA - Qual é a sua religião?
Patrícia - Dizem que filha de judeu é judeu, e também casei com um. Então, sou judia. Quer saber de uma coisa? Gosto muito é do trabalho. Se eu for entregar tudo para a fé, fico destruída, pois estou aqui há sete meses e só aconteceu desgraça. Vou acreditar em quê? Sou cética para umas coisas. Só não digo que aconteceu de tudo aqui porque sei lá se vem coisa pior.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Vereadores se inscrevem em cursos, mas fazem passeios turísticos

Essa reportagem do Fantástico foi fundo na ferida. Mostra uma prática usual em várias das câmaras municipais dos mais de 5 mil municípios brasileiros. Uma vergonha, desfaçatez e uma pouca vergonha sem limites.
O que é mais lamentável é que mesmo com essa reportagem que mostra a coisa nua e crua, pouco vai mudar nesse tipo de esquema entranhado na política brasileira. Confira:



Paraense é Miss Mundo Brasil


Não me pergunte para que serve o tal Miss Mundo Brasil, mas esse concurso de beleza existe e este ano ocorreu na madrugada deste domingo (8), em Angra dos Reis (RJ). A vencedora... ah, esta foi uma belenense (não acho que ela tenha os traços de beleza da verdadeira mulher paraense) de 23 anos.

Ela é a administradora de empresas Kamilla Salgado, agora vencedora da 60ª edição do Miss Mundo Brasil e que representará o país no concurso mundial na China, no dia 30 de outubro.



A vencedora, que cursa pós-graduação em gestão empresarial, recebeu a faixa de Luciana Bertolini, a Miss Mundo Brasil 2009. É a primeira vez que o Pará tem uma miss representando o Brasil no concurso mundial.

sábado, agosto 07, 2010

Pará só tem dois vetados na Ficha Limpa

Somente dois candidatos a deputado estadual tiveram seus registros indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará por causa da lei da Ficha Limpa, mas outros 250, de um total de 820 inscritos, também estão fora do pleito de outubro porque suas contas haviam sido rejeitadas. O ex-prefeito de Itaituba, no oeste do Estado, Roselito Soares, e o vereador por Belém, Nadir Neves, anunciaram que pretendem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir as candidaturas.

O presidente do TRE paraense, desembargador João Maroja, perguntado sobre divergências dos tribunais quanto à interpretação da Ficha Limpa, disse que cada caso precisa ser analisado de acordo com suas peculiaridades. "Cada caso é um caso, temos matérias com fundos diferentes. Aqui nós rejeitamos, mas também aprovamos candidaturas com base na lei. Lembro que para todos os casos cabem recursos o TSE".

Ele se referia aos processos em que os candidatos ao Senado Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) tiveram suas candidaturas aprovadas pelo Tribunal, apesar de terem renunciado ao mandato para escapar de processo de cassação. (Fonte: Estadão)

sexta-feira, agosto 06, 2010

Cada um por si e Deus por todos

O prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima, pode estar perdendo a chance histórica de, tendo chegado ao poder com grande apoio popular, ser um prefeito diferente, inovador. Essa premissa, em si, já caiu na reta inicial do seu governo, lá atrás, ao manter na administração membros da equipe do seu antecessor, que não só simbolizam o continuísmo, que o seu eleitorado havia expurgado, quanto impedem as inovações do seu governo ao desobedecerem suas determinações e mesmo ignorar a sua autoridade como mandatário.


A conclusão de que alguns secretários não obedecem ao prefeito é auferida não por este articulista, mas pelo vice-prefeito Nagilson Amoury e pela presidente da Câmara, Júlia Rosa. Ao se revezarem na interinidade do cargo de prefeito nos últimos dias, ambos revelam dificuldade de contato com os secretários de Maurino, os quais simplesmente não atendem as ligações telefônicas. Nagilson, antes achava que era ‘marcação’ com ele, agora percebera que seria este o tratamento que eles, com raras exceções, dão também ao titular, Maurino.

Júlia, por sua vez, em seis dias como prefeita em exercício, foi praticamente ignorada pelos secretários municipais, quando tentava descobrir por qual motivo servidores estavam sendo dispensados na Educação, em situação de flagrante perseguição aos mesmos. Sua indignação por não ter sido levada a sério como prefeita em exercício foi exposta na sessão da Câmara de terça-feira (3), quando ela fez um desabafo revoltado.

Uma outra coisa que Nagilson e Júlia Rosa descobriram na prática é que as secretarias têm agido de forma independente, sem obediência a um núcleo central. No atual governo cada secretário faz o que quer e ainda usa o nome do prefeito para abonar suas decisões. A frase: “É ordem do chefe” já virou bordão nos corredores da administração, mesmo que às vezes esse chefe, o prefeito, sequer saiba que a tal decisão foi tomada.

Na Câmara Municipal a situação não tarda a piorar. Maurino não se deu conta de que perdeu de uma vez só os seus dois únicos e genuínos articuladores: Miguelito e Irismar Sampaio - ambos licenciados do Legislativo. Convidado a assumir a liderança do governo na Casa, Nagib Mutran não quer colocar em risco o seu prestígio (é cotado a próximo presidente da Câmara) e exige mudanças no tratamento que o prefeito relega aos seus aliados.

Não entende, por exemplo, como o gestor pode passar mais de seis meses sem reunir com a sua base de apoio. Para Nagib, aliás, neste momento Maurino Magalhães não tem uma base, mas a colaboração de vereadores que querem ver a coisa dar certo.

Em três dias que passou à frente do governo, desde segunda-feira, Nagilson segue uma fórmula que foi inaugurada pelo próprio Maurino lá atrás, em 2005, ao assumir a Prefeitura por cinco meses no afastamento de Tião Miranda. Amoury decidiu deixar de “adular” o secretariado para tentar resolver os problemas com atitude e diálogo. Faturou pontos com servidores municipais e fornecedores, tratando-os como aliados e não como inimigos.

Fora da Prefeitura desde o último dia 27 de julho, Maurino Magalhães estaria em tratamento de saúde, após expor que é cardíaco. O seu retorno exigirá atitude de quem está de coração renovado. Primeiro porque os servidores públicos estão na expectativa se ele respeitará ou não os acordos firmados por Nagilson com os sindicatos e, segundo, para agir como articulador resolvendo pendências e fazendo valer sua autoridade junto ao secretariado.

quinta-feira, agosto 05, 2010

A imagem e o autor


Em meio a tantas belas imagens já colhidas por fotógrafos profissionais e até amadores das paisagens de Marabá, uma em especial virou febre na internet, estando postada em inúmeros sites (blog’s e álbuns do Orkut). Trata-se de um pôr-do-sol visto da orla, com um rio Tocantins sereno e barcos cruzando a água.

As centenas de pessoas que fazem uso da imagem, no entanto, desconhecem a autoria da mesma que é assinada pelo fotógrafo profissional Waishington Oliveira, da Tuerê Fotos. A produção da mesma aconteceu no dia 24 de novembro de 2004.

Alertado por mim sobre o sucesso da sua foto na rede mundial de computadores, o próprio Waishington mostrou-se surpreso, mas ao mesmo tempo feliz com a notícia. Ele explica que a sua intenção à época, era de fazer registros da nova orla com uma série de imagens para atender a agências de publicidade e à Prefeitura de Marabá.

O profissional relata que esse tipo de registro nasce da sua observação das paisagens urbanas. “Todas essas fotos mais elaboradas, elas são pensadas. Eu já vi o local antes e penso: vou voltar aqui tal dia à tarde, no pôr-do-sol, e fazer uma foto assim. Eu vou lá já sabendo que vai dar tal resultado”, comenta.

Nesta foto em especial, o fotógrafo utilizou a técnica “sanduíche de imagens”, que não significa que a foto tenha sido alterada com programa de imagem e sim montada através da sobreposição de camadas. “Cada uma das fotos registra um espectro de luz diferente da outra, dando um aspecto diferenciado”.