sábado, março 24, 2007

Festa popular marcará lançamento do selo do Estádio Olímpico


A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) promoverá uma grande festa popular neste domingo (25), a partir de 15 horas, no lançamento do selo do Estádio Olímpico do Pará. O selo faz parte da coleção especial do Departamento de Produtos e Filatelia dos Correios denominada de "Estádios de Futebol". Shows com bandas regionais, apresentações de esportes radicais e o clássico Remo e Paysandu vão regar a tarde de esporte do público paraense.
A homenagem dos Correios do Brasil ao Estádio Olímpico do Pará reúne outros três estádios brasileiros, casos do Pacaembu (SP), Maracanã (RJ) e Serra Dourada (GO). Em função de suas linhas arquitetônicas, que representam a riqueza, a beleza e a modernidade do cenário esportivo, o Mangueirão foi um dos privilegiados na edição especial dos Correios, entre tantos estádios do país.
A grande festa popular programada pela Seel tem o objetivo de mostrar que o Estádio Olímpico deve funcionar como uma importante ferramenta de lazer, inclusão social e de entretenimento à família paraense. A partir disso, oferecer alternativas para a diminuição da violência entre os torcedores por meio de vivências culturais.
Entre as atrações previstas para a tarde deste domingo, estão a banda RP2, que fará a recepção aos torcedores, a partir de 14 horas, além do show do cantor Elias Cadeth. Apresentações de skate, patins e dança de rua vão entreter o público no intervalo do jogo, num palco montado próximo ao placar eletrônico. Na saída do Mangueirão, Elias Cadeth comandará a dispersão das duas torcidas.
Histórico
Popularmente conhecido como Mangueirão, uma referência a Belém, conhecida nacionalmente como "Cidade das Mangueiras", o EOP é o resultado de um projeto que somou quase trinta anos, passando por várias etapas até a sua conclusão.
Nesta primeira fase, seu nome oficial foi Estádio Estadual "Alacid Nunes "em homenagem ao governador que idealizou seu projeto de construção. Na década de 90, o estádio passou a chamar-se "Edgar Proença", em homenagem ao jornalista e cronista esportivo que escrevia sobre as belezas do Pará. Na última fase de construção, o Governo do Pará instalou equipamentos modernos, como a pista de atletismo, placar e catracas eletrônicas, rampas de acesso, novas arquibancadas com assentos anatômicos, entre outras inovações, preparando-se para sua inauguração em 1º de maio de 2002.
Com capacidade de 45 mil pessoas e uma área construída de 65.500 metros quadrados, o Estádio Olímpico do Pará, seu nome oficial, é uma das mais belas obras da engenharia e arquitetura modernas,assinada pelo engenheiro civil e arquiteto Alcyr Meira, é o primeiro do Brasil a receber certificado da habilitação da pista de atletismo conferido pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).

Aniversário de Marabá



Em comemoração aos 94 anos de emancipação político-administrativa do município de Marabá em 5 de abril, a Fundação Casa da Cultura organiza uma série de exposições com histórico e fotografias antigas e atuais de Marabá, a serem colocadas em pontos estratégicos da cidade.
As exposições históricas estarão na anti-sala do gabinete do prefeito, no Aeroporto e no Pátio Ferroviário. No coreto da Praça Duque de Caxias a partir do dia 5 de abril haverá exposições histórica, fotográfica e de lendas da região. As exposições históricas também ficarão disponíveis nas escolas que solicitarem. As escolas municipais “Josineide Tavares” e “Raimundo José de Souza”, no bairro Liberdade, são duas que já têm exposição confirmada sobre a história de Marabá.
MÚSICA NAS HOMENAGENS A MARABÁ
Na programação do aniversário de Marabá, em 5 de abril, o coral da Escola de Música “Moisés Araújo”, localizada na FCCM, homenageia o município em uma apresentação na Praça Duque de Caxias.
Na ocasião, apresentam-se também as bandas do Exército, da Polícia Militar e Shalom, grupos Yaguara e Mayrabá, Abadá Capoeira, projeto Dançando e Educando, do Cine Marrocos e haverá exposições de arte da Arma (Associação dos Artistas Plásticos de Marabá) e da FCCM.

Museu da Guerrilha do Araguaia entrará em sistema integrado


Uma parte importante da história do Brasil preservada no meio da floresta amazônica. O Museu Regional de História Natural da Destruição da Floresta Amazônica mantém-se como o único espaço no país dedicado ao registro de um dos maiores focos de resistência contra a ditadura militar: a Guerrilha do Araguaia. A iniciativa, isolada, foi contemplada pelo projeto de interiorização que a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) está implementando para incorporar esses e outros museus espalhados pelo Pará ao Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM).
O secretário de Cultura, Edilson Moura, diz que a situação do Museu da Guerrilha do Araguaia, como também é conhecido, não é isolada. Como ele, existe o Museu do Índio, em Santarém, no Oeste do Pará, e o do Marajó, em Cachoeira do Arari, que precisam de ajuda urgente. Moura informa que o projeto de interiorização de museus está entre as prioridades da Secult.
A secretaria está fazendo um levantamento das necessidades dos museus particulares que existem no Estado para estudar a melhor forma de ajudá-los. Uma das alternativas é incorporar esses museus ao SIM, para que o Estado passe a ter verba prevista em seu orçamento para a manutenção desses espaços.
Estão ligados ao SIM, hoje, apenas espaços museológicos localizados em Belém: o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, os museus de Arte Sacra, do Círio, do Estado do Pará (MEP) e da Imagem e do Som (MIS), o Museu do Forte do Presépio e o Museu de Gemas do Pará. Também compõem o SIM a Corveta-Museu Solimões (atualmente fechada para visitas devido à reforma do píer onde ela ficava atracada), o Memorial Amazônico das Navegações (no Parque Mangal das Garças) e o Memorial 'Arqueologia, Memória e Restauro' (na Estação das Docas).
HISTÓRIA
Fundado em dezembro de 1995, o Museu da Guerrilha é mantido pela Fundação Eduardo Lemos Porto, organização sem fins lucrativos criada pelo técnico em agropecuária homônimo. O museu tem cerca de 150 peças arqueológicas, ossadas e corpos embalsamados de 100 animais - incluindo uma jibóia de 180 quilos, com 56 ovos e 6,1 metros -, além de 31 utensílios domésticos e restos de munição que pertencerem a guerrilheiros.
Há também 98 documentos históricos e 63 fotografias. Consta do acervo um corpo humano fossilizado de uma mulher que, supõe-se, era guerrilheira.
O material começou a ser coletado em 1980, quando Eduardo Lemos trabalhava no Ministério da Agricultura, fiscalizando terrenos que eram preparados para o plantio do cacau na região amazônica. "Eu estava em Rondônia. Comecei a perceber que, depois de queimado o solo para o plantio e após a chuva, restos de animais e outros materiais, como espingardas e revólveres, ficavam expostos no chão. Fui pegando essas coisas e levando tudo para casa", conta, ressalvando que, inicialmente, ele não tinha a idéia de montar um museu.
"Isso aconteceu quando vi que tinha muito material, que poderia ter importância histórica. Eu apenas achava tudo aquilo bonito", completa ele. As primeiras peças foram coletadas no município de Arykames (RO). Ao chegar ao Pará, depois de se desmembrar do Ministério da Agricultura, para trabalhar em uma empresa privada no sudeste do Estado, foi morar numa casa espaçosa, em uma fazenda em São Geraldo do Araguaia, e teve, ali, a idéia de reunir o material num local para exposição.
As peças foram sendo arrumadas em prateleiras, na sala da casa. Eram ossadas, ferramentas feitas de pedra, dentre outros artigos. "Antes de ir morar nessa casa onde montei o museu, ficava hospedado na casa de agricultores da região. Ali, ouvia estórias variadas sobre a guerrilha. As pessoas me contavam onde ficavam as casas e barracos dos guerrilheiros. Fui a esses lugares e encontrei muitos objetos. Aquilo tudo me interessou muito e comecei a pesquisar sobre o movimento. Assim surgiu a idéia de criar um museu que contasse essa história", diz.
ABANDONO
Apesar do material valioso, o museu corre riscos de fechar. Seu único mantenedor, o técnico Eduardo Lemos, está desempregado. Depois de brigar na Justiça e graças ao Ministério Público, conseguiu que a prefeitura local pagasse as contas de água e luz do prédio, hoje pertencente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Uma briga política fez com que a verba que a prefeitura tinha para o museu fosse cortada. O dinheiro havia sido até aprovado pela Câmara de Vereadores", revela Lemos.Ele diz que também foi obrigado pela prefeitura a retirar do museu os painéis que contavam a história do massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em abril de 1996. Além disso, deixou de dar palestras nas escolas do município sobre a Guerrilha do Araguaia. "Estou passando fome, porque não tenho emprego e nem consigo arranjar um, já que comprei briga com o prefeito local. Faz três anos que não tenho uma renda fixa mensal", relata. "A prefeitura já quis tomar o prédio do museu, mas não conseguiu, graças ao Ministério Público", reitera. (CCS)

sexta-feira, março 02, 2007

Municípios em Situação de Emergência



Seis municípios em situação de emergência ou alerta no Pará. Mosqueiro, Parauapebas, Marabá e Altamira fazem parte da lista de localidades em Estado de Alerta.


Em Parauapebas a enxurrada afetou a zona urbana do município (Igarapé da Ilha do Coco e Tamarindo), desabrigando 20 famílias que estão alojadas no Ginásio da Rua Santa Maria, bairro da Paz.


Marabá é o município mais afetado até agora com 3 mil pessoas desabrigadas pela enchente do rio Tocantins. Dessas, 62 famílias estão alojadas no Clube de Mães e 90 na Feirinha. A decretação de Emergência pela Prefeitura Municipal se deu na quinta-feira (1º) e é parcial, envolvendo apenas bairros já atingidos.


* Foto- Alheias aos perigos da cheia, crianças brincam saltando de um mirante na orla do rio Tocantins

Previsão de recuo do rio Tocantins


Depois de alcançar a marca de 12 metros na última semana, o nível do rio Tocantins em Marabá começou a recuar e deve chegar a 11,50 metros na segunda-feira (5). Apesar disso, as autoridades da Defesa Civil não orientam que os flagelados voltem de imediato às suas casas, devido ao risco de repique. A previsão dos institutos de meteorologia é de que o mês de março tenha a mesma intensidade de chuvas do mês de fevereiro no Pará.