quarta-feira, novembro 14, 2007

Internet rápida para todos?



O custo da universalização da internet banda larga nos próximos 3 anos será de no mínimo R$ 2,5 bilhões, disse ontem o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Segundo ele, o governo anunciará nas próximas semanas as medidas para atingir o objetivo de levar infra-estrutura a todas escolas e municípios do País. O anúncio será feito provavelmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Costa contou que o plano inclui o uso de estruturas estatais existentes, como fibras óticas que passam dentro de gasodutos e oleodutos como os da Petrobrás. Há possibilidade de essas estruturas virem a ser unificadas sob a coordenação da Eletrobrás, segundo o ministro.
As fibras óticas sobre torres de alta tensão cobrem praticamente toda a costa brasileira, segundo ele. Atualmente, quase 3 mil municípios não têm estrutura de acesso à Internet. O governo também pode dar contrapartida para que as empresas de telefonia substituam todos os postos de telefonia pública (PST) por infra-estrutura de banda larga. A iniciativa tem custo estimado em R$ 1 bilhão.
Segundo Costa, se o governo conseguir o acordo com as empresas de telefonia, só com a troca dos PST 80% do território brasileiro fica coberto. Além disso, o programa de Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) está sendo ampliado de 3,2 mil pontos para 18 mil pontos, o que deve adicionar à ligação com a internet mais 10% do território nacional.
Com essas iniciativas sendo bem-sucedidas, ficariam faltando poucos municípios, avalia o ministro, que citou, nesse caso, os que ainda não têm rede elétrica. O ministro contou que há compromisso do governo de investir em infra-estrutura básica nas cidades para a instalação da banda larga.
"Vamos levar a estrutura até a entrada das cidades e de lá vamos licitar para que cada serviço público da cidade (como as escolas) possa ter acesso", afirmou. "O que estamos tentando indicar é que existem elementos capazes de cobrir o Brasil inteiro com uma estrutura de internet de alta velocidade."
Ele deixou claro que o governo não quer substituir as empresas. "O governo não tem interesse de explorar (economicamente a atividade) nem de tomar o lugar de ninguém. Queremos a participação de todo mundo." Costa declarou que o Brasil está construindo "uma vasta rede pública de alta velocidade para atender a escolas, hospitais, delegacias, postos de saúde e associações comunitárias".
No Fórum de Governança da Internet da ONU, no Rio, Costa defendeu a redução do custo de conexão mundial à web. Depois, sugeriu que se poderia fixar parâmetros para o que seria uma tarifa justa. As informações são do O Estado de S. Paulo

Jornalismo é o curso mais concorrido da Fuvest 2008

O curso de Jornalismo é o mais concorrido do Vestibular 2008 da Universidade de São Paulo (USP). Segundo dados divulgados pela Fuvest nesta segunda-feira, 12, serão 41,63 candidatos para cada uma das 60 vagas do curso. No segundo lugar aparece Publicidade, com relação candidato/vaga de 41,02, e em terceiro Relações Internacionais, com 36,88. A lista completa pode ser acessada aqui.


Medicina ficou com o quinto lugar, com 33,99 candidatos por vaga. Apesar disso, o curso teve o maior número de inscrições neste ano, com 12.973 estudantes. Na segunda posição, aparece o bacharelado em Direito, com 11.309 candidatos, seguido pelo curso de Engenharia na Escola Politécnica, com 10.917.



Ao todo, 140.999 pessoas se inscreveram para disputar as 10.302 vagas da USP, cem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 150 da Academia de Polícia Militar do Barro Branco.



Apesar da grande procura, as inscrições para o vestibular da Fuvest caíram 1,17% neste ano, em comparação com o concurso para o ano de 2007.



Provas



A prova da primeira fase da Fuvest 2008 acontece no dia 25 de novembro. Em 14 de dezembro, a Fundação divulga a lista de aprovados no exame e os locais para as provas da segunda fase, que acontecem entre 6 e 10 de janeiro. (AE)



A lista de aprovados sai no dia 7 de fevereiro de 2008, e a matrícula será realizada nos dias 11 e 12.



Veja abaixo as maiores relações candidato/vaga da Fuvest 2008:



1º Jornalismo 41,63

2º Publicidade e Propaganda 41,02

3º Relações Internacionais 36,88

4º Curso Superior do Áudio Visual 36,40

5º Medicina e Ciências Médicas 33,99


6º Artes Cênicas - Bacharelado 32,27


7º Fisioterapia 30,12


8º Oficial da Polícia Militar (masculino) 26,93


9º Design 26,08

10º Psicologia 25,74

11º Psicologia (Ribeirão Preto) 25,50

sábado, novembro 10, 2007

Forças Armadas mobilizam 14 mil em guerra simulada

A Região Sul será palco de uma guerra simulada, promovida pelo Ministério da Defesa e denominada Operação Charrua 2007. Definido pelas Forças Armadas como o maior exercício militar combinado da América Latina, o treinamento vai movimentar 14 mil pessoas entre domingo e 21 de novembro nos Estados de Santa Catarina, Paraná e rio Grande do Sul.O Exército participará com 8 mil soldados de 3 divisões, 13 brigadas e 80 unidades. A Marinha usará na operação 4 mil homens e mulheres,15 navios, 1 submarino e 13 helicópteros. Já a Aeronáutica porá em ação 1,9 mil militares de 19 unidades e 58 aviões. O exercício poderá ser acompanhado pela internet, no site www.charrua.mil.br.Na operação, as forças estarão divididas entre dois países fictícios. Um deles, denominado Vermelho, fica no sul do Rio Grande do Sul, e sua missão será tentar tomar uma área em litígio que está sob controle do outro país, chamado de Azul e localizado num território bem maior, que vai do norte do Rio Grande do Sul à divisa do Paraná com São Paulo. As manobras incluem exercícios de ataque e defesa no mar, na costa e no interior do Rio Grande do Sul.COMANDO"O grande objetivo é treinar as células de comando e desdobrar o exercício para as tropas", explicou o general José Elito Carvalho Siqueira, comandante militar do Sul. Ele será o comandante do Teatro de Operações da Charrua 2007. "São ações que concorrem para o fortalecimento da capacidade de dissuasão e, ao mesmo tempo, contribuem para maior visibilidade da presença militar em regiões da fronteira sul do País", contou.O general Elito negou que haja ligação entre o exercício e as notícias da compra de armamentos pela Venezuela. Ele contou que a Operação Charrua já é feita há alguns anos e esta edição vinha sendo preparada desde o ano passado. "O treinamento é rotina num Exército que existe há 300 anos. A única maneira de estarmos prontos para o que o Brasil precisa é treinando."
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quarta-feira, agosto 22, 2007

Em 20 anos, andróides farão tarefas domésticas


Pesquisadores japoneses trabalham para tornar realidade uma Sociedade na qual os robôs convivam com os seres humano e realizem tarefas simples no lar, como acender a luz, carregar as compras e fazer a limpeza.

O grande desenvolvimento tecnológico e a descoberta de novos materiais de construção permitirão que, dentro de apenas algumas décadas, haja robôs capazes de entender, analisar e realizar tarefas rotineiras, para tornar o dia-a-dia mais fácil.

"Em 20 ou 30 anos os andróides estarão preparados para realizar tarefas úteis ao ser humano", afirmou Shu Ishiguro, da empresa japonesa Robot Laboratory.

Para tornar este futuro possível, milhares de pesquisadores japoneses trabalham com a intenção de dar vida aos romances de ficção-científica e aos personagens das histórias de mangá como "Astro Boy", robô infantil com poderes especiais que foi ídolo dos meninos japoneses dos anos 60, que agora são engenheiros e cientistas.

O Japão conta com cerca de quatro mil pesquisadores no campo da robótica, que trabalham na melhora dos sistemas de produção industrial, embora cada vez haja mais dispositivos voltados para o uso da sociedade.

Em 2005, foram produzidos 108 mil robôs no Japão no valor de 656,5 bilhões de ienes (US$ 5,5 bilhões), embora os analistas estimem que o volume de negócio interno alcançará 8 trilhões de ienes (US$ 67,8 bilhões) em 2025.

Ishiguro não hesita em afirmar que "o Japão lidera a pesquisa mundial do setor" mas afirma que, "hoje em dia, os objetivos da robótica passam pela aplicação da tecnologia às máquinas existentes, como carros ou eletrodomésticos".

Uma das áreas da robótica mais avançadas no país é a destinada a máquinas de resgate de pessoas em situações extremas, como um grande terremoto, e existem protótipos em forma de serpente e lagarta que estariam à disposição das equipes de salvamento em apenas dois anos.

Uma das tarefas mais importantes dos cientistas japoneses no momento é aperfeiçoar o processamento de dados obtidos de sensores visuais e sonoros.

Caso fosse fabricada hoje uma réplica do famoso robô do filme "O Exterminador do Futuro", ela teria mais força, visão e precisão de movimentos que o ser humano, mas o cérebro de uma criança de três anos, problemas auditivos e falta de habilidade para correr ou saltar, de acordo com Ishiguro.

Um andróide semelhante se transformaria em um objeto doméstico, incapaz de compreender o que acontece a seu redor e, portanto, inútil para ajudar nas tarefas rotineiras. "Vão se passar anos até que as máquinas entendam o ser humano em uma conversa normal e reajam em conseqüência", afirma.

No entanto, assim que este nível for alcançado, o caminho em direção a um robô de companhia ou doméstico será mais simples. O andróide poderia se transformar em um computador central do lar, conectado à internet e a dispositivos eletrônicos da casa que funcionariam em rede, e responderia às ordens do dono para colocar uma música ou carregar as compras, por exemplo.

Mas a chegada deste tipo de robô à vida do homem não estará isenta de obstáculos, que vão além das possibilidades de se criar ou não um andróide. "Segurança e privacidade se tornarão um problema, já que os robôs viverão muito próximos ao homem e acumularão muitos dados sobre os donos", disse Ishiguro.

Além do robô doméstico, a tecnologia abriria caminhos para carros com piloto automático, capazes de transportar o passageiro ao destino desejado sem que ninguém conduza o veículo.

"Tecnologicamente, isto seria possível em cinco anos, mas existem inconvenientes legais, como em caso de acidente. Quem seria o responsável? O passageiro ou o fabricante do automóvel?", pergunta o pesquisador.

Orkut perde popularidade e sai do ranking das redes sociais

Site de relacionamentos fica de fora da lista com as 10 maiores redes, segundo Nielsen/NetRatings

No mesmo dia em que o site de relacionamentos Orkut muda de "cara" pela terceira vez desde a criação, em 2004, uma pesquisa da Nielsen/NetRatings mostra que sua popularidade não é mais tão grande quanto no início. O site do Google deixou alista das 10 maiores redes sociais do mundo.
Quem lidera é o MySpace.com, com 61,2 milhões de usuários nos EUA, seguida por Facebook (19,5 milhões) e Classmates Online (12,6 milhões). Está na frente do Orkut até o Club Penguin, um metaverso em 3D utilizado apenas por crianças.

O Google está na liderança entre os blogs e sites de vídeos compartilhados. O Blogger tem 30 milhões de acessos, contra 10 milhões do TMZ.com, segundo colocado. E o YouTube é líder absoluto, com 55 milhões de visitantes, quase o triplo do rival MySpace Videos, com 17 milhões.

Confira as dez maiores redes sociais, segundo o Nielsen NetRatings:

1 - MySpace.com61,2 milhões de usuários

2 - Facebook19,5 milhões de usuários

3 - Classmates Online12,6 milhões de usuários

4 - Windows Live Spaces8,8 milhões de usuários

5 - AOL Hometown7,2 milhões de usuários

6 - Reunion.com4,0 milhões de usuários

7 - Club Penguin4,0 milhões de usuários

8 - LinkedIn3,9 milhões de usuários

9 - AOL People Connection3,7 milhões de usuários

10 - Buzznet.com3,3 milhões de usuários

sexta-feira, agosto 03, 2007

Imagens de Marabá



## Praia do Tucunaré - encanto à luz do sol!##

Artigo avalia futuro do jornal impresso



Renato Cruz, jornalista do jornal Estado de São Paulo faz uma leitura interessante sobre artigo norte americano que versa sobre o futuro dos jornais impressos. Tomo a liberdade de transcrever na íntegra:


Adeus aos jornais

O New York Review of Books (em inglês) traz um artigo interessante sobre a crise dos jornais. A perda de faturamento para a internet é um fator importante, mas o principal problema é a perda de relevância do impresso. A visão de que o jornal tem um compromisso com a sociedade está se perdendo.
A compra do Wall Street Journal por Rupert Murdoch, segundo o texto, aponta para um futuro ruim para jornalistas em toda a parte. O Journal pratica um jornalismo "de alta qualidade e alto custo", e o controle familiar protege a publicação das pressões do mercado.
No novo cenário, a rentabilidade deixa de ser uma forma de garantir que o jornal cumpra seu papel de discutir as grandes questões da sociedade, e passa a ser um fim. O autor do artigo lembra que, depois de colocar uma placa "Tudo está à venda" na vitrine, o próximo passo do lojista é muitas vezes encerrar operações.
Com essas palavras de otimismo, este blog oferece uns dias de descanso ao leitor e volta em 2 de agosto.


www.renatocruz.com

sexta-feira, julho 20, 2007

ACM integra lista dos homens públicos que fizeram história no Brasil


Um dos maiores políticos brasileiros a partir da segunda metade do século 20, Antonio Carlos Magalhães figura, na lista dos homens públicos que fizeram história no Brasil, ao lado de nomes como Luiz Viana Filho, Juracy Magalhães, João Mangabeira, Ulysses Guimarães, Miguel Arraes, José Sarney, Tancredo Neves, Thales Ramalho e Leonel Brizola. Foi talvez, depois de Rui Barbosa, o maior político baiano de todos os tempos.
Polêmico, colecionador tanto de amigos quanto de inimigos, soube encarnar como poucos a cultura baiana. Criticado por todos os lados, transitou com facilidade da amizade com o compositor Caetano Veloso, passando por uma afável convivência com o comunista Fernando Santana (ex-deputado federal), até o exclusivo respeito dos maiores líderes do candomblé baiano. Nenhum outro homem público soube, como ele, encarnar o sincretismo religioso da Bahia.
Apesar de destacar-se desde os tempos de estudante, fortaleceu-se politicamente durante o regime militar brasileiro. Foi durante esse período que exerceu mais poder, sabendo depois adequar-se a fim de transitar preservando seu prestígio na democracia. Sua primeira morte, como ele mesmo dizia, aconteceu em 1998, quando enterrou o filho Luís Eduardo Magalhães, a quem desejava ver no Palácio do Planalto.
Nomeado em 1975, por Ernesto Geisel, presidente da Eletrobrás, conduziu nessa empresa a meta de suprir a carência de eletrificação rural do país. Iniciou a hidrelétrica de Itaparica no Rio São Francisco e tornou possível a execução do primeiro complexo petroquímico planejado do país, no município de Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, hoje com mais de 60 empresas químicas e petroquímicas.
Também em Camaçari, em 1999, conseguiu instalar um complexo automobilístico da Ford, consolidando ali a integração do segmento petroquímico com a industria de transformação. Esse pólo industrial resultou de uma briga fiscal. A Ford tinha contratado a localização da fábrica no Rio Grande do Sul, mas o governo gaúcho quis rever os termos da negociação. A Ford ameaçou transferir o projeto para outro estado. Antes de desfazer-se o impasse, Antonio Carlos Magalhães conseguiu atrair o projeto para a Bahia.
Aproveitar oportunidades foi a maior característica de Antonio Carlos Magalhães. Na agonia do regime militar, quando o brigadeiro Délio Jardim de Mattos, na inauguração do aeroporto de Salvador, fez um discurso atacando os dissidentes do regime que apoiavam a candidatura oposicionista de Tancredo Neves, Antonio Carlos fez uma nota violenta contra o governo, dizendo que traidor era quem apoiava Paulo Maluf para suceder João Baptista Figueiredo no poder.
Com essa atitude, Antonio Carlos Magalhães qualificou-se como um dos principais apoios da candidatura Tancredo Neves e do processo de redemocratização do país. Ele conseguiu ser influente em todos os governos que se seguiram ao regime militar, com exceção do governo de Itamar Franco e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2005. Nenhum político da historia recente do país talvez tenha revelado tanto senso de oportunidade e sido, ao mesmo tempo, tão ousado para atingir seus fins.
No ano 2000, horas antes da votação em que os senadores acabariam cassando o mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), foi acusado de ter ordenado a violação do painel de votações do Plenário. Pressionado pelas investigações conduzidas por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), renunciou ao mandato de senador para não ser cassado. Foi também um homem que marcou sua carreira organizando dossiês e ameaçando adversários com denúncias de corrupção. Era um estilo de fazer política.
Presença marcante em Plenário, Antonio Carlos Magalhães sempre participou dos grandes debates políticos e suas intervenções eram aguardadas com expectativa por parte dos senadores e do conjunto da mídia credenciada na Casa. Foi responsável por várias iniciativas, como a criação do Fundo de Combate à Pobreza, um programa que não conseguiu se firmar, e autor de muitos projetos, abrangendo sobretudo as áreas da Justiça e da segurança pública. Na presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), teve papel relevante na tramitação de matérias que acabaram se convertendo em lei.
Antonio Carlos Magalhães nasceu em 4 de setembro de 1927, em Salvador (BA). Era casado com Arlete Maron de Magalhães, com quem teve quatro filhos. Formou-se médico em 1952 e, por muitos anos, foi redator do jornal Estado da Bahia. Em 1954, elegeu-se deputado estadual pela UDN. Elegeu-se deputado federal em 1958, reelegendo-se em 1962 e 1966. Em 1967, foi nomeado prefeito de Salvador. Também por nomeação assumiu o governo da Bahia de 1971 a 1975.
Em novembro de 75, foi nomeado por Geisel presidente da Eletrobrás, passando também a integrar o conselho de administração da Itaipu Binacional. Em 1979, voltou ao governo do seu estado por nomeação, ficando no cargo até 1983, quando, na agonia do regime militar, resolveu apoiar a candidatura Tancredo Neves e ajudar a fundar o PFL (hoje DEM), o partido que, junto com o PMDB, deu sustentação à redemocratização do país.
Em 1985, morto Tancredo Neves, assumiu o ministério das Comunicações no primeiro governo que sucedeu o regime militar, o de José Sarney, de quem foi grande amigo. Ali ficou até 1990, quando voltou ao governo, desta vez por eleição direta. Em 1994 e em 2002, elegeu-se senador. Nos biênios 1997/1999 e 1999/2001, presidiu o Senado, assumindo interinamente a Presidência da República de 15 a 22 de maio de 1998. Seu último cargo no Senado foi a presidência da CCJ, onde atuou até momentos antes de seguir para o Incor.
São suplentes de Antonio Carlos Magalhães o seu filho Antonio Carlos Magalhães Júnior e Elio Correia de Mello.

Distrito industrial ganha mais uma siderúrgica


O Distrito Industrial de Marabá (DIM) reforça o seu potencial de produção a partir da manhã desta sexta-feira, dia 20, quando entra em operação o primeiro alto-forno da Marabá Gusa Siderúrgica Ltda, ou Maragusa. Enquanto inicia a sua participação nesse competitivo mercado, a nova empresa do Grupo Leolar já trabalha a construção do segundo forno, aproveitando toda a mão-de-obra já utilizada na unidade 1. São esperadas para a solenidade de inauguração oficial da siderúrgica neste sábado, autoridades políticas como deputados, prefeitos e até a governadora Ana Júlia Carepa, além de representantes de entidades empresariais e fornecedores da Leolar.
A capacidade inicial de produção será de 400 toneladas de ferro-gusa ao dia, com forno de 163 metros cúbicos, empregando de 250 operários na área industrial. A siderúrgica tem sua própria área de reflorestamento com plantio de eucaliptos em 2.200 hectares para garantia futura. Enquanto isso, um acordo com a Cikel, garante até 2015, o carvão com comprovação de origem.
Outra novidade no tocante à preocupação ambiental deve gerar mais postos de empregos, acredita a diretoria da empresa. Trata-se da Maragusa Reflorestadora, que deverá empregar mulheres no manuseio de mudas.
A Maragusa também inicia atividades com a implantação do selo de qualidade Iso 9001, que diz respeito à Gestão de Qualidade e iniciará em breve o processo do Iso 14.001, para meio-ambiente.
A solenidade de inauguração está marcada para às 16 horas de sábado no próprio pátio da empresa, e os convidados serão recepcionados pelo diretor-presidente do Grupo Leolar, Leonildo Rocha e pelo diretor-administrativo Zeferino Abreu Neto.

quarta-feira, julho 18, 2007

Brasil volta a liderar o ranking da Fifa


Com o título da Copa América, a Seleção Brasileira de futebol subiu duas posições e voltou a liderar o ranking da Fifa. Mesmo com a derrota na final, a Argentina subiu mais que o campeão - três posições - e ficou na vice-liderança, apenas 24 pontos atrás do Brasil.

Além de boas campanhas no torneio disputado na Venezuela, as duas seleções sul-americanas foram beneficiadas por uma desvalorização de 50% dos resultados da Copa do Mundo de 2006, que fez com que Itália, França e Alemanha perdessem muitos pontos.
A seleção mexicana também subiu e voltou a estar entre as dez melhores equipes no ranking, depois do vice-campeonato da Copa Ouro e do terceiro lugar na Copa América.
O Brasil não liderava a classificação da Fifa desde dezembro de 2006.
Confira a classificação das dez melhores seleções:


1. Brasil - 1500 pontos

2. Argentina - 1476

3. Itália - 1368

4. França - 1357

5. Alemanha - 1311

6. Holanda - 1195

7. Croácia - 1192

8. Portugal - 1146

9. Espanha - 11441

0. México - 1142

Dois "chips" GSM no mesmo celular

Sim, é possível usar dois chips no mesmo celular, através de um adaptador que, além de acomodar os dois chips, habilita no aparelho um programa para a seleção do chip a ser usado. Dá um certo trabalho (conforme o caso), justificando a receita de bolo abaixo.
Em telefonia celular GSM, o nome técnico do que nós chamamos de "chip" é SIM Card. Adaptadores que permitem usar dois SIM Cards num aparelho só são conhecidos como "Dual Sim Card Adapter". Com estas informações fica mais fácil encontrar o adaptador (por exemplo, buscando por "dual sim" no Mercado Livre). Os preços hoje giram em torno de R$ 50 (nos EUA, US$ 15 é um valor comum).
Existem (até onde sei) dois tipos de adaptador. Os mais fáceis de usar são os que integram os dois chips em um "sanduíche". Infelizmente, nem todos os celulares dispõem do espaço físico para encaixar o conjunto, o que levou ao surgimento de modelos em que você recorta a parte central do chip (que é o chip propriamente dito, o resto é só plástico) e encaixa no adaptador.
Recomendo o primeiro tipo (cortar o chip é trivial, mas requer um certo sangue-frio) - só é preciso verificar se o seu celular é compatível (os leilões dos adaptadores costumam listar os aparelhos que funcionam). O meu Nokia 6600 é um dos que não possuem a folga para o sanduíche, não me deixando muita escolha.
A operação de corte não é difícil: o adaptador vem com adesivos em forma de SIM Card, que têm o desenho do buraco. Você cola o adesivo, respira, evoca seus orixás e mete a tesoura na linha pontilhada. É quase indolor.
Depois de recortados, os chips são encaixados na placa, e uma presilha de metal é adaptada a ela. As fotos mostram o adaptador e a presilha, os chips recortados (já encaixados no adaptador) e o conjunto depois de encaixar a presilha (frente e verso):


Uma vez feito isso tudo, é só colocar no aparelho. Com o meu adaptador, aparece um programa "Aut", que permite escolher entre os dois SIMs e configurar opções de exibição do nome do SIM/operadora e outros detalhes enigmáticos (o inglês dos menus só perde para o do folheto de instruções, como é comum em produtos chineses do gênero).
É importante notar que apenas um chip fica ativo por vez, i.e., para usar o outro é preciso alternar pelo menu. Esta operação faz um "soft reset" no celular (o que é rápido em telefones comuns, mas em smartphones chega a irritar um pouco), e as ligações para o chip que está inativo caem na caixa postal. O manual diz que é possível contornar isto programando o desvio de chamada (não experimentei).
Outra coisa importante: o adaptador não remove o "SIM Block" do seu celular, i.e., se você quer usar chips de operadoras distintas (como eu fiz) é preciso primeiro desvincular o celular da operadora (os detalhes legais/técnicos do desbloqueio dependem da operadora/marca/modelo - alguns permitem desbloqueio por código, mas faça por sua conta e risco). Regra geral: se algum dos chips não funciona de antemão no aparelho, o adaptador não resolve a situação.
Caso você queira reverter a operação (e usar os chips separadamente), o adaptador acompanha dois suportes plásticos. Basta encaixar neles os chips recortados e você pode usá-los como fazia antes (a menos, claro, do aspecto estético - meio indiferente, já que o chip fica o tempo todo dentro do aparelho).
Fiz a brincadeira motivado pelas tarifas da outra operadora (e, claro, pela experiência macabra). Mas imagino pelo menos duas aplicações populares: economizar em interurbano (quando a pessoa viaja muito entre duas cidades, usando um chip para cada operadora local) e ter um "telefone secreto" (já que, com as opções de display apropriadas, o único vestígio na interface é a opção "Aut", enterrada no fundo dos menus do celular).

terça-feira, maio 29, 2007

"Pânico" bate recorde de audiência e entrevista Sílvio Santos


O programa "Pânico", exibido pela RedeTV!, ficou 19 minutos em segundo lugar na audiência no domingo (27), de acordo com dados consolidados do Ibope. Com média de 9 pontos, o programa conseguiu atingir pico de 15,9, quando exibia a entrevista feita com Silvio Santos nos Estados Unidos.

O programa de ontem bateu a marca de 15,7, alcançada em 2005 no quadro "Sandálias da Humildade", com o apresentador Jô Soares.
Na semana que vem, o programa apresentará outra entrevista inédita com o dono do SBT. A turma do "Pânico" encontrou Silvio Santos na calçada da fama em Hollywood.
"Foi uma coincidência incrível. Depois de conseguirmos a entrevista na porta do hotel em que ele estava [exibida no último domingo], encontramos o Silvio, sem querer, enquanto gravávamos uma matéria", disse o humorista Rodrigo Scarpa, que interpreta o Repórter Vesgo.

Polêmica Silvio Santos
Silvio Santos deve assinar nesta quinta-feira (31) o contrato que permitirá a Ceará continuar imitando o apresentador.
Conforme o próprio Silvio disse no programa "Pânico", o contrato deve ser semanal e será automaticamente renovado, desde que o programa consiga toda semana cinco donativos para ajudar o Retiro dos Artistas. Valores ainda não foram estipulados.


"Silvio colocou a gente em uma enrascada", diz Scarpa. "Ainda estamos estudando como vamos conduzir a arrecadação. Mas, por enquanto, se um cara der 'deizão' já paga."
Também nesta quinta, a turma do "Pânico" grava o programa "Qual É a Música?", do SBT. O repórter Ceará irá como Silvio Santos.

sábado, maio 12, 2007

Mãe (Mário Quintana)

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.
Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

“Monaco Senna Celebration”


Homenagem aos 20 anos da primeira vitória do piloto em Monte Carlo


Em 31 de maio de 1987, Ayrton Senna vencia o Grande Prêmio de Mônaco, a primeira de uma série de seis vitórias (incluindo cinco seguidas). Um recorde ainda não superado. Vinte anos depois, o Principado de Mônaco comemora a data homenageando o tricampeão mundial de Fórmula 1 com a exposição “Monaco Senna Celebration”, que acontece de 19 a 27 de maio, no Fairmont Monte Carlo.

O evento é patrocinado pela Honda, Hublot, Segafredo Fairmont e Rádio Montecarlo. Toda a arrecadação obtida com a bilheteria e com um leilão inédito de capacetes e outros objetos de pilotos da Fórmula 1, além de um relógio Hublot, produzido especialmente para o evento, será revertida aos projetos educacionais do Instituto Ayrton Senna. Há 13 anos, a organização desenvolve, no Brasil, programas de educação com foco no desenvolvimento humano e já atendeu, desde então, a cerca de 7 milhões de crianças e jovens em 25 Estados do país.

Parte do valor arrecadado no leilão será revertida ao IBK (Instituto Barrichello Kanaan).

Segundo os organizadores, o objetivo da exposição é fazer um tributo ao excepcional piloto Ayrton Senna, destacando especialmente sua atuação e sua relação com o circuito de Mônaco.

Na exposição, os visitantes poderão relembrar a história de Senna por meio de fotos, objetos, vídeos, capacetes, troféus e carros, pontuando ano a ano a trajetória brilhante do hexacampeão de Mônaco.

Para abrilhantar a homenagem, os organizadores convidaram especialistas de diversas áreas para a produção do evento. A cenografia, de Christophe Arnoux, recriará os símbolos do mais glamuroso Grand Prix do circuito mundial, e levará os visitantes a percorrer uma trilha na qual poderão acompanhar as conquistas de Ayrton Senna e a relação do piloto com o Principado de Mônaco, com a apresentação dos fatos em ordem cronológica.

O jornalista Lionel Froissart, autor de dois livros sobre Senna, e seu amigo pessoal, participa como consultor editorial. Diversos fotógrafos, especializados em F1 cederam seus acervos para a exibição, como Bernard Asset, Paul-Henri Cahier e Jean-François Galeron. Jô de Raco (Samipa), produtor das imagens do Grand Prix de Mônaco por vários anos, colabora com filmes excepcionais, incluindo alguns trabalhos inéditos.

No dia 25 de maio, Viviane Senna, irmã de Ayrton e presidente do Instituto Ayrton Senna, participará de um jantar de gala e, juntamente com o Príncipe de Mônaco, Albert II, irá inaugurar uma placa em homenagem ao tricampeão de F1.

Para mais informações, acesse http://www.monacosennacelebration.com/

sexta-feira, maio 11, 2007

FUNTELPA/TV LIBERAL Inquérito foi concluído

Convênio deve ser anulado em 30 dias

O convênio assinado entre a Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa) e a TV Liberal deve ser anulado definitivamente nos próximos 30 dias, após a publicação de uma portaria no Diário Oficial do Estado. A conclusão é da comissão administrativa criada para apurar indícios de irregularidades no documento. O relatório final está pronto e foi entregue à presidente da fundação, Regina Lima, para homologação. O relatório aponta que “houve fraude à licitação e que, portanto, o convênio deve ser rescindido unilateralmente”, isto é, independente da outra parte envolvida. Pelo acordo, a TV Liberal poderia utilizar 78 canais da Funtelpa para retransmitir a programação da Rede Globo em cidades do Pará. A emissora estatal ainda tinha de pagar, mensalmente, a manutenção de serviços para a TV Liberal. O valor da última fatura - de janeiro -, corrigido pelo IGP, era pouco mais de R$ 461.000,00. Por recomendação da Procuradoria Geral do Estado, o pagamento foi suspenso no começo do ano. A comissão criada pela Funtelpa concluiu também que devem ser abertos processos administrativos individualizados contra os ex-gestores Francisco Cezar Nunes da Silva, que assinou o convênio em setembro de 1997; José Nélio Palheta e Ney Emil da Conceição Messias, que renovaram o acordo. “O instrumento foi reiteradamente aditado com a finalidade de reajustar o valor pago à TV Liberal e prorrogar o seu termo final constando, ao todo, 14 termos de aditamento. O último, de 29/12/2006, estendeu o seu prazo até 31/12/2007”, diz o documento. No entendimento dos membros da comissão que apurou irregularidades no convênio, a TV Liberal também deve responder processo administrativo e a Funtelpa tem de passar a ser “autora da Ação Popular que tramita na 21ª Vara Cível da capital como forma de ressarcir o Estado dos atos lesivos praticados”. Segundo a diretoria financeira da estatal, o valor pago à TV Liberal, durante a vigência do convênio, foi um pouco mais de 35 milhões de reais, sem correção monetária. Outra medida que deve ser tomada é a assinatura, entre a Anatel e a TV Liberal, de um Termo de Devolução das retransmissoras da Funtelpa. Segundo a assessoria jurídica da Fundação, a presidente Regina Lima deve acatar integralmente o resultado do trabalho da comissão de inquérito administrativo.

Comissão diz que houve fraude na negociação

Segundo apurou a comissão, o convênio fere a lei de licitação (Lei 8.666/93) quando se verificam “cláusulas que remetem à seara contratual, e nas quais se descortina a execução de um contrato de prestação de serviços remunerados, já que, por força do mesmo, a Funtelpa passou a realizar despesas com pagamento de publicidade e veiculações do governo estadual”. Em outras palavras, o convênio é fraudulento porque foi firmado entre uma empresa governamental e uma empresa privada com fins lucrativos. Além disso, conforme a assessoria jurídica da Funtelpa, no convênio os interesses têm de ser convergentes e não deve haver cláusulas de pagamento, como havia no acordo com a TV Liberal: “no caso de não pagamento pela Funtelpa do valor previsto na cláusula segunda, a TV Liberal, independente de qualquer aviso prévio ou de notificação, poderá descontinuar o serviço Libsat, e considerar rescindido o convênio”, aponta o acordo. Convênio e contrato são figuras jurídicas que apresentam pontos em comum, mas que possuem conceitos diferentes e características próprias. Contrato, por exemplo, deve ser feito mediante licitação. Convênio deve ser feito entre órgãos governamentais e ONGs, sem fins lucrativos, e só pode ser prorrogável até cinco anos. Ou seja, o acordo entre a Funtelpa e a TV Liberal nunca foi legal e só trouxe prejuízos aos cofres públicos. (Agência Pará)

PF barra bispos sem crachá na Catedral da Sé



Alguns bispos foram barrados pela Polícia Federal (PF) na entrada da Catedral da Sé. Segundo o bispo-auxiliar de São Paulo, d. Manuel Carral, houve um problema com alguns religiosos porque eles não possuem crachá de identificação. Mas, segundo ele, os crachás serviriam apenas para reconhecimento.


"Se for necessário, eu fico aqui até a entrada de todos", afirmou o bispo ao lado dos computadores da Polícia Federal, em uma das entradas da Catedral. Os bispos foram liberados em seguida.
O papa Bento XVI chegará à catedral às 16h para um encontro com os bispos. São esperados para a cerimônia cerca de 400 religiosos. (Agência Ansa)


- Foto: Luciana Bruno/Terra

quinta-feira, abril 26, 2007

Otimismo no meio jornal


Pelo menos 85% dos editores estão otimistas com o futuro dos jornais. Esse é o resultado do “Barômetro das Redações”, estudo realizado pela Zogby Internacional do Fórum Mundial de Editores em Paris e pela Reuters. O estudo foi feito com 435 editores chefes, subeditores e outros executivos da mídia de todo o planeta. 42% dos entrevistados são europeus. Os sul-americanos correspondem a 8% deles.
A pesquisa aponta que 40% dos editores acreditam que a internet será o meio mais comum de informação em 10 anos. 35% deles, porém, acreditam que a mídia impressa reinará suprema. Dois terços acreditam que opinião e análise ganharão maior importância no meio Jornal. Metade dos editores está convencida de que a qualidade do jornalismo crescerá e que acionistas e anunciantes ameaçam a independência editorial.
Os resultados completos da pesquisa podem ser encontrados no site: http://www.trends-in-newsrooms.org/articles.php?id=20.

quarta-feira, abril 25, 2007

Jornalismo deixa de ser vertical

No Blog Código Aberto, o colega jornalista Carlos Castilho, da revista Fatos & Fotos, faz uma análise interessante e inovadora sobre o papel do jornalista nos tempos atuais e a necessidade de diálogo cada vez maior com os leitores.

Como defensor desta mesma linha de pensamento, a qual eu já discutia nos tempos de faculdade, passo a reproduzir parcialmente o texto de Castilho:

“(...) Na imprensa, os comentários de leitores deixaram de ser um penduricalho modernoso e começam a tirar o sono de alguns profissionais, diante dos dilemas e desafios surgidos por conta do novo tipo de relacionamento com os consumidores de notícias.
Para quem observa rotineiramente o teor e os autores de comentários postados em weblogs e páginas noticiosas na Web brasileira fica claro que a esmagadora maioria deles contém críticas à imprensa, em graus variáveis desde a argumentação séria até o xingamento grosseiro.
Não há nada de surpreendente neste comportamento, pois a participação dos leitores está ainda na primeira infância e a maioria deles está fortemente marcada por frustrações acumuladas ao longo de anos. É normal uma reação inicial do tipo catarse que geralmente é seguida pela busca da racionalidade, caso a parte atacada consiga manter a serenidade.
Acontece que nem todos os jornalistas estão conseguindo assimilar este inédito protagonismo do público, porque nunca antes haviam se defrontado com um fenômeno desta natureza. No regime militar de 1964 a 1985, a imprensa contou com a tolerância dos leitores, mesmo sendo dócil aos militares. As pessoas sentiam-se de alguma forma solidárias com os jornalistas, por conta da censura imposta pelo autoritarismo.
Na redemocratização, o público se embriagou com a liberdade de opinião num processo que chegou ao climax no impeachment do presidente Collor, mas depois perdeu intensidade. As simpatias da época da ditadura começaram a ser substituidas pela desconfiança de que a imprensa, na verdade, possuía seus próprios interesses corporativos, que nada tinham a ver com os dos leitores.
Na virada do milênio, a internet deu ao público as ferramentas necessarias para "botar a boca no trombone" e o quadro mudou completamente. A crise do mensalão foi o pretexto para que setores do público expressassem com veemência ainda maior a desilusão com os políticos e a imprensa. Em pouco tempo, as redações e os comentaristas começarm a sentir-se patrulhados e não raro hostilizados.
O impacto está sendo grande, pode danificar currículos e deixar cicatrizes profundas, caso o problema não seja analisado de forma aberta e transparente, tanto pelos leitores como pelos jornalistas profissionais. E duas questões já estão colocadas para a reflexão e discussão:
1) A função dos jornalistas está mudando e a sua grande responsabilidade hoje já não é mais apenas contar histórias e investigar denúncias mas, também, pensar como deve ser a nova ecologia informativa da sociedade atual e oferecer aos leitores os instrumentos necessários para que eles participem da produção de notícias. A era do jornalismo vertical acabou e a agora os profissionais terão que aprender a conviver com uma nova realidade.
2) O público vai passar por um complexo aprendizado para poder assumir suas responsabilidades no novo contexto informativo criado pela internet. Os leitores dispõem hoje de ferramentas incríveis de participação informativa mas isto não pode ocultar o fato de que este protagonismo tem um custo: a aceitação de responsabilidades. O quadro é muito mais complexo, mas estes dois enfoques podem ser um ponto de partida para discutir uma possível nova parceria entre jornalistas e leitores”.

Jornalismo deixa de ser vertical

No Blog Código Aberto, o colega jornalista Carlos Cartilho, da revista Fatos & Fotos, faz uma análise interessante e inovadora sobre o papel do jornalista nos tempos atuais e a necessidade de diálogo cada vez maior com os leitores.

Como defensor desta mesma linha de pensamento, a qual eu já discutia nos tempos de faculdade, passo a reproduzir parcialmente o texto de Castilho:

“(...) Na imprensa, os comentários de leitores deixaram de ser um penduricalho modernoso e começam a tirar o sono de alguns profissionais, diante dos dilemas e desafios surgidos por conta do novo tipo de relacionamento com os consumidores de notícias.
Para quem observa rotineiramente o teor e os autores de comentários postados em weblogs e páginas noticiosas na Web brasileira fica claro que a esmagadora maioria deles contém críticas à imprensa, em graus variáveis desde a argumentação séria até o xingamento grosseiro.
Não há nada de surpreendente neste comportamento, pois a participação dos leitores está ainda na primeira infância e a maioria deles está fortemente marcada por frustrações acumuladas ao longo de anos. É normal uma reação inicial do tipo catarse que geralmente é seguida pela busca da racionalidade, caso a parte atacada consiga manter a serenidade.
Acontece que nem todos os jornalistas estão conseguindo assimilar este inédito protagonismo do público, porque nunca antes haviam se defrontado com um fenômeno desta natureza. No regime militar de 1964 a 1985, a imprensa contou com a tolerância dos leitores, mesmo sendo dócil aos militares. As pessoas sentiam-se de alguma forma solidárias com os jornalistas, por conta da censura imposta pelo autoritarismo.
Na redemocratização, o público se embriagou com a liberdade de opinião num processo que chegou ao climax no impeachment do presidente Collor, mas depois perdeu intensidade. As simpatias da época da ditadura começaram a ser substituidas pela desconfiança de que a imprensa, na verdade, possuía seus próprios interesses corporativos, que nada tinham a ver com os dos leitores.
Na virada do milênio, a internet deu ao público as ferramentas necessarias para "botar a boca no trombone" e o quadro mudou completamente. A crise do mensalão foi o pretexto para que setores do público expressassem com veemência ainda maior a desilusão com os políticos e a imprensa. Em pouco tempo, as redações e os comentaristas começarm a sentir-se patrulhados e não raro hostilizados.
O impacto está sendo grande, pode danificar currículos e deixar cicatrizes profundas, caso o problema não seja analisado de forma aberta e transparente, tanto pelos leitores como pelos jornalistas profissionais. E duas questões já estão colocadas para a reflexão e discussão:
1) A função dos jornalistas está mudando e a sua grande responsabilidade hoje já não é mais apenas contar histórias e investigar denúncias mas, também, pensar como deve ser a nova ecologia informativa da sociedade atual e oferecer aos leitores os instrumentos necessários para que eles participem da produção de notícias. A era do jornalismo vertical acabou e a agora os profissionais terão que aprender a conviver com uma nova realidade.
2) O público vai passar por um complexo aprendizado para poder assumir suas responsabilidades no novo contexto informativo criado pela internet. Os leitores dispõem hoje de ferramentas incríveis de participação informativa mas isto não pode ocultar o fato de que este protagonismo tem um custo: a aceitação de responsabilidades. O quadro é muito mais complexo, mas estes dois enfoques podem ser um ponto de partida para discutir uma possível nova parceria entre jornalistas e leitores”.

sexta-feira, abril 20, 2007

Jamata não sabe de nada!


Cacá Carvalho, ator e diretor, foi sabatinado na noite desta sexta-feira (20) no Cine Marrocos por uma platéia digna de apresentação teatral. Apesar disso, a ocasião era apenas um “bate-papo” sobre a experiência como autor. Célebre pela interpretação do personagem “Jamanta” em duas novelas do horário nobre, ele não escapou de falar sobre a teledramaturgia. Entre os presentes, muitos artistas e até crianças acompanhadas dos pais. A vinda dele foi propiciada pelo Cultura Pará, que tem apoio da CVRD.

quinta-feira, abril 19, 2007

PIRÂMIDES ESTÃO FORA DA DISPUTA DAS 7 NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO


As pirâmides de Gizé foram retiradas de uma competição na internet para escolher as novas sete maravilhas do mundo -- entre os candidatos está o Cristo Redentor --, mas a ira do chefe de antigüidades do Egito com a inclusão do monumento nesta lista continuava inalterada nesta quinta-feira (19).
A iniciativa New7wonders, criada pelo cineasta suíço-canadense Bernard Weber, para escolher as sete novas maravilhas do mundo por votação mundial irritou autoridades egípcias quando as pirâmides -- as únicas maravilhas do mundo antigo que ainda estão de pé -- foram incluídas na competição.
"Depois de uma análise cuidadosa, a Fundação New 7 Wonders, nomeia as Pirâmides de Gizé -- as únicas das 7 Antigas Maravilhas do Mundo existentes -- como Candidatas Honorárias do concurso New7Wonders", destacou um comunicado publicado no site, acrescentando que a partir de agora não será possível escolhê-las.
"Esta decisão também levou em conta a visão do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito e do Ministério da Cultura egípcio", acrescentou o site, reconhecendo as expressões de ultraje que marcaram a visita de Weber ao Egito, em janeiro, ao anunciar que as pirâmides estavam entre os 21 finalistas.
Depois do anúncio, o todo-poderoso das antigüidades egípcias, Zahi Hawass, disse a jornais locais que as pirâmides "são a única das sete maravilhas do mundo antigo que ainda existem. É ridículo, elas não precisam entrar numa votação".
A decisão desta quinta-feira não ajudou muito a diminuir sua raiva contra o que ele chamou de um "golpe publicitário" grosseiro. "Não pedimos nada a essa gente e rejeitamos a companhia turística que tenta escolher as sete maravilhas. Estão traindo os egípcios", disse Hawass, referindo-se à organização de Weber.
Ex-assistente do cineasta italiano Federico Fellini, Weber lançou o site www.new7wonders.com, onde que os internautas podem escolher as "novas sete maravilhas" do mundo. As sete maravilhas antigas foram escolhidas pelo historiador grego Heródoto e incluía os jardins suspensos da Babilônia, a estátua de Zeus em Olímpia, o Colosso de Rodes e o farol de Alexandria.
Entre os outros 21 candidatos da competição para as Novas Sete Maravilhas estão o templo Angkor Wat, no Camboja, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas, o Taj Mahal na Índia e a Grande Muralha da China.
Os resultados da votação serão anunciados em 7 de julho, em Lisboa.

quarta-feira, abril 18, 2007

80 dos maiores peritos criminais revelam suas técnicas de

Com o lançamento da Prestígio Editorial leitor descobrirá
por que “todo contato deixa um vestígio”

O que é verdade e o que é exagero ficcional nas séries de investigações criminais? Intrigada com essa questão, a escritora americana Connie Fletcher entrevistou 80 especialistas forenses cobrindo os vários estágios que envolvem a investigação de um crime: da descoberta do corpo ao veredicto final no julgamento. Seu minucioso trabalho resultou no livro Não existe crime perfeito - Todo contato deixa um vestígio, lançamento da Prestígio Editorial.

Fletcher dá voz aos protagonistas da vida real da investigação criminal. O livro é uma transcrição dos relatos, freqüentemente comoventes, colhidos nas entrevistas que a autora teve com esses profissionais da ciência forense, que combina criminalística e medicina legal. Eles falam de forma clara e didática sobre suas especializações, a cena de um crime e o que foi feito a partir da premissa de que “todo contato deixa um vestígio”.

Diferente do que se imagina desses profissionais, os leitores irão constatar que eles são divertidos e bem-humorados. “Jamais esperei que eles fossem bons contadores de histórias. Mas ouvi analistas de DNA contando histórias fascinantes a partir de uma mancha de sangue, antropólogos fazendo poesia a respeito de como você pode perceber os traumas da vida de uma pessoa em seu esqueleto e analistas residuais fazendo narrativas de parar o coração sobre serial killers pegos por um fragmento de tinta”, diz a autora.

Os capítulos são apresentados de acordo com as etapas do trabalho investigativo, começando pela análise do local do crime onde são coletadas evidências. O livro segue apresentando como transcorre a interpretação do local do crime, a análise de microvestígios e a coleta de evidências registradas no corpo que “fala após a morte. Ele está literalmente morrendo de vontade de lhe contar o que aconteceu com ele”. O comentário é de um médico legista de Nova Jersey.

O leitor também conhecerá as etapas que acontecem fora da cena do crime, como o difícil trabalho de identificação do DNA e o que pode ser feito num laboratório criminal. Os peritos comentam, ainda, a investigação a partir de casos arquivados e os seus testemunhos no tribunal, tido para muitos como o clímax de seus trabalhos.

Além de saciar curiosidades técnicas das investigações, o leitor irá se divertir conhecendo um pouco mais o perfil dos peritos e os jargões usados no meio. Piadas sobre policiais são constantes, evidenciando que há uma rixa entre essas duas classes nos Estados Unidos. “Um modo eficiente de afastar policiais curiosos do local é dar-lhes pás e pedir para ajudarem a limpar a neve. De repente eles somem porque entenderam que talvez tenham que trabalhar”, ensina um técnico em evidências.

A versão em português do livro foi tecnicamente revisada pelo diretor dos laboratórios forenses do Instituto de Criminalística de São Paulo, Osvaldo Negrini Neto.

Sobre a autora
Connie Flechter é doutora em literatura inglesa e professora de jornalismo investigativo na Universidade Loyola de Chicago. Flechter é autora de quatro livros sobre o trabalho de policiais, sendo Não existe crime perfeito o primeiro a abordar a rotina da investigação forense.

Sobre a editora A Prestígio Editorial é um selo da Ediouro Publicações e reúne os títulos de Saúde, Comportamento, Desenvolvimento Pessoal, Séries de TV, além da Moderna Literatura.

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Ficha Técnica:


Livro: Não existe crime perfeito - Todo contato deixa um vestígio
Autor: Connie Flechter
Tradução: Roberto Argus
Nº Pág.: 384
Preço: R$ 39,90
www.ediouro.com.br/prestigio
Serviço de Atendimento ao Leitor: (21) 3882-8416

sábado, abril 14, 2007

Massa diz que não vai dar espaço a Hamilton


Felipe Massa disse que não vai dar espaço para Lewis Hamilton, o Robinho da Fórmula 1, na largada do GP do Bahrein, neste domingo. No GP da Malásia, no último domingo, o brasileiro perdeu a primeira posição para a revelação da McLaren logo na segunda curva e errou ao tentar dar o troco. - Tenho que fazer uma boa largada e não dar espaço para o Hamilton. O último domingo não foi um bom dia para nós. A McLaren mostrou um ritmo de corrida incrível e não conseguimos mostrar nosso potencial porque estávamos sempre atrás de outros carros. Vamos mostrar um ritmo muito melhor aqui no Bahrein – diz Massa, em entrevista ao site da revista inglesa "Autosport".A Rede Globo transmite a corrida, no domingo, com narração de Cléber Machado, comentários de Reginaldo Leme e Luciano Burti, e reportagens de Carlos Gil.

Avião-helicóptero vai atacar no Iraque


O avião americano V-22 Osprey vai começar a ser usado no Iraque a partir de setembro, apesar da série de acidentes fatais nos quais esteve envolvido e dos vários problemas registrados durante seu desenvolvimento.


Graças ao design revolucionário com dois jogos de turbinas sobre as asas, o V-22 Osprey decola como um helicóptero e voa como um avião.


Cada ‘brinquedinho’ custa US$ 68 milhões (quase R$ 140 milhões). A longo prazo, o Osprey deve substituir os helicópteros CH-46, usados desde a guerra do Vietnã. O projeto de construção da aeronave, que começou a ser desenvolvido há 20 anos, passou por vários problemas e alguns acidentes, que causaram 30 mortes.


Como os aviões de asas fixas, o Osprey pode se elevar bem mais alto do que um helicóptero, fora do alcance da maior parte dos mísseis lançados do solo, "acima do perigo", e dispõe de uma série de sistemas detectores e de alertas, segundo informações do exército norte-americano.(Foto: Saul Loeb/AFP)

sábado, abril 07, 2007

Fumar narguilé, uma nova 'febre'


Onde há fumaça há... um narguilé. Tudo começou com uma novela. Bares temáticos abriram as portas. Restaurantes de culinária árabe aderiram. Os clientes começaram a fumar, trouxeram amigos, que levaram outros. E, no boca-a-boca o que era moda se tornou uma febre. O tradicional cachimbo de água ou narguilé usado há milênios nos países do sudeste Asiático e Oriente Médio (também conhecido como "hookah" ou shisha) agora é comprado para se ter em casa. Os novos modelos facilitaram a popularização do narguilé que vêm em caixas portáteis e fáceis de carregar. Isso porque, quem tem, leva o objeto para todos os lados: à casa de amigos, aos restaurantes, ao bar da esquina e até à padaria e à praia. Nas areias do litoral norte se tornou comum ver rodas de jovens banhistas reunidos sob o sol e em torno de baforadas aromatizadas de maçã, morango, hortelã, entre outros.NOVOS AROMAS - Com a introdução de sabores diferentes ao tabaco, o uso dos cachimbos de água cresceu drasticamente entre os jovens no Oriente Médio. E agora, está se tornando globalmente popular nos campus das universidades, entre outros locais que a galera costuma se reunir. O cachimbo de água é forma de socialização, uma vez que muitos amigos fumam o mesmo narguilé juntos. "É gostoso fumar com amigos. E faz bem menos mal do que o cigarro. Um dos males do cigarro pelo que sei é fumaça quente", diz Antonio Carlos de Macedo Junior, de 46 anos, que comprou o seu narguilé no Brás. Um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado recentemente diz que os cachimbos de água são difundidos sob a ilusão de ser uma forma segura de se fumar. Hoje até os adolescentes embarcaram neste hábito oriental milenar. Júnior tem dois filhos, o mais velho, de 16 anos, já experimentou."Sempre tive um quê pela cultura árabe. Comecei gostando da dança, das festas que via de amigos, aí teve a novela, abriram os bares, hoje, fumo até em churrasco, dois ou três narguilés "Júnior leva o narguilé até para a praia. Durante o dia, ele e os amigos tomam uma cerveja, sentam sob o sol e fumam. "O narguilé combina com tudo. É um motivo a mais para reunir os amigos em roda e bater papo." Ele acredita no falso mito de que é um hábito que não vicia. BAFORADAS NO BAR - Quem não tem um também pode se divertir em bares como o Alibabar, uma casa na Vila Olímpia, zona sul, que cobra R$ 19,50 pelo aluguel do aparelho por uma hora (ou enquanto durarem dois carvões ). O representante comercial Sergio Antonio Pereira, de 34 anos, foi até lá, e deu as primeiras baforadas, por curiosidade. "Gostei tanto que me tornei habitué. Logo depois, pedi a um amigo que trouxesse um narguilé para mim do Líbano." O ex-fumante que consumiu três maços por dia durante 14 anos, diz que parou de fumar há 2 anos. Mas, e o narguilé? "Esse eu só acendo com os amigos. Não tem graça fumar sozinho." Não traga? "Trago como o cigarro, mas o narguilé não me dá dor de cabeça nem cheiro. Parei com o cigarro por causa do cheiro." Quando vai ao bar, ele leva seu narguilé, assim pode fumar sem limite de tempo - só usa o fumo de maçã. Pereira chegou a comprar mais dois narguilés, mas deu de presente para amigos. Para embalar as baforadas, Pereira também passou a ouvir músicas árabes. "Uma coisa leva à outra. Mas o narguilé virou praga", diz Pereira.A procura pelo cachimbo de água aumentou tanto que já é vendido em banca de jornal e no templo das quinquilharias, a Rua 25 de Março, sem nenhum traço de tradição oriental. São modelos chineses, que invadiram o mercado interno com preços competitivos, 30% mais baixos do que os modelos vindos do Líbano Síria e Egito, fabricantes de narguilés de primeira linha. Já existem também cópias nacionais, bem atraentes, feitas com vidros coloridos. NEGÓCIO DA CHINA - O importador Ali Hage, de 37 anos, diz que o narguilé virou um negócio lucrativo. Ele começou a importá-lo meio sem querer. "Sempre trazia um ou dois para amigos. Aí as encomendas aumentaram muito e resolvi fazer disso um negócio." Hage importa 5 mil por ano e a maioria de seus clientes (95%) não tem ascendência árabe. "O que tá pegando agora é o modelo chinês, mais em conta. Não tem tanta qualidade como beleza." Os narguilés de primeira linha são feitos de cristal tcheco e aço inoxidável. O cristal chinês não é tão limpo e, portanto, brilha bem menos. O preço dos narguilés importados varia de acordo com a origem e o tamanho. É possível encontrar modelos de R$ 100 a R$ 1.500. Mas Hage avisa: "Narguilé é como carro. Você sempre pode equipá-lo."

sábado, março 24, 2007

Festa popular marcará lançamento do selo do Estádio Olímpico


A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) promoverá uma grande festa popular neste domingo (25), a partir de 15 horas, no lançamento do selo do Estádio Olímpico do Pará. O selo faz parte da coleção especial do Departamento de Produtos e Filatelia dos Correios denominada de "Estádios de Futebol". Shows com bandas regionais, apresentações de esportes radicais e o clássico Remo e Paysandu vão regar a tarde de esporte do público paraense.
A homenagem dos Correios do Brasil ao Estádio Olímpico do Pará reúne outros três estádios brasileiros, casos do Pacaembu (SP), Maracanã (RJ) e Serra Dourada (GO). Em função de suas linhas arquitetônicas, que representam a riqueza, a beleza e a modernidade do cenário esportivo, o Mangueirão foi um dos privilegiados na edição especial dos Correios, entre tantos estádios do país.
A grande festa popular programada pela Seel tem o objetivo de mostrar que o Estádio Olímpico deve funcionar como uma importante ferramenta de lazer, inclusão social e de entretenimento à família paraense. A partir disso, oferecer alternativas para a diminuição da violência entre os torcedores por meio de vivências culturais.
Entre as atrações previstas para a tarde deste domingo, estão a banda RP2, que fará a recepção aos torcedores, a partir de 14 horas, além do show do cantor Elias Cadeth. Apresentações de skate, patins e dança de rua vão entreter o público no intervalo do jogo, num palco montado próximo ao placar eletrônico. Na saída do Mangueirão, Elias Cadeth comandará a dispersão das duas torcidas.
Histórico
Popularmente conhecido como Mangueirão, uma referência a Belém, conhecida nacionalmente como "Cidade das Mangueiras", o EOP é o resultado de um projeto que somou quase trinta anos, passando por várias etapas até a sua conclusão.
Nesta primeira fase, seu nome oficial foi Estádio Estadual "Alacid Nunes "em homenagem ao governador que idealizou seu projeto de construção. Na década de 90, o estádio passou a chamar-se "Edgar Proença", em homenagem ao jornalista e cronista esportivo que escrevia sobre as belezas do Pará. Na última fase de construção, o Governo do Pará instalou equipamentos modernos, como a pista de atletismo, placar e catracas eletrônicas, rampas de acesso, novas arquibancadas com assentos anatômicos, entre outras inovações, preparando-se para sua inauguração em 1º de maio de 2002.
Com capacidade de 45 mil pessoas e uma área construída de 65.500 metros quadrados, o Estádio Olímpico do Pará, seu nome oficial, é uma das mais belas obras da engenharia e arquitetura modernas,assinada pelo engenheiro civil e arquiteto Alcyr Meira, é o primeiro do Brasil a receber certificado da habilitação da pista de atletismo conferido pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).

Aniversário de Marabá



Em comemoração aos 94 anos de emancipação político-administrativa do município de Marabá em 5 de abril, a Fundação Casa da Cultura organiza uma série de exposições com histórico e fotografias antigas e atuais de Marabá, a serem colocadas em pontos estratégicos da cidade.
As exposições históricas estarão na anti-sala do gabinete do prefeito, no Aeroporto e no Pátio Ferroviário. No coreto da Praça Duque de Caxias a partir do dia 5 de abril haverá exposições histórica, fotográfica e de lendas da região. As exposições históricas também ficarão disponíveis nas escolas que solicitarem. As escolas municipais “Josineide Tavares” e “Raimundo José de Souza”, no bairro Liberdade, são duas que já têm exposição confirmada sobre a história de Marabá.
MÚSICA NAS HOMENAGENS A MARABÁ
Na programação do aniversário de Marabá, em 5 de abril, o coral da Escola de Música “Moisés Araújo”, localizada na FCCM, homenageia o município em uma apresentação na Praça Duque de Caxias.
Na ocasião, apresentam-se também as bandas do Exército, da Polícia Militar e Shalom, grupos Yaguara e Mayrabá, Abadá Capoeira, projeto Dançando e Educando, do Cine Marrocos e haverá exposições de arte da Arma (Associação dos Artistas Plásticos de Marabá) e da FCCM.

Museu da Guerrilha do Araguaia entrará em sistema integrado


Uma parte importante da história do Brasil preservada no meio da floresta amazônica. O Museu Regional de História Natural da Destruição da Floresta Amazônica mantém-se como o único espaço no país dedicado ao registro de um dos maiores focos de resistência contra a ditadura militar: a Guerrilha do Araguaia. A iniciativa, isolada, foi contemplada pelo projeto de interiorização que a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) está implementando para incorporar esses e outros museus espalhados pelo Pará ao Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM).
O secretário de Cultura, Edilson Moura, diz que a situação do Museu da Guerrilha do Araguaia, como também é conhecido, não é isolada. Como ele, existe o Museu do Índio, em Santarém, no Oeste do Pará, e o do Marajó, em Cachoeira do Arari, que precisam de ajuda urgente. Moura informa que o projeto de interiorização de museus está entre as prioridades da Secult.
A secretaria está fazendo um levantamento das necessidades dos museus particulares que existem no Estado para estudar a melhor forma de ajudá-los. Uma das alternativas é incorporar esses museus ao SIM, para que o Estado passe a ter verba prevista em seu orçamento para a manutenção desses espaços.
Estão ligados ao SIM, hoje, apenas espaços museológicos localizados em Belém: o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, os museus de Arte Sacra, do Círio, do Estado do Pará (MEP) e da Imagem e do Som (MIS), o Museu do Forte do Presépio e o Museu de Gemas do Pará. Também compõem o SIM a Corveta-Museu Solimões (atualmente fechada para visitas devido à reforma do píer onde ela ficava atracada), o Memorial Amazônico das Navegações (no Parque Mangal das Garças) e o Memorial 'Arqueologia, Memória e Restauro' (na Estação das Docas).
HISTÓRIA
Fundado em dezembro de 1995, o Museu da Guerrilha é mantido pela Fundação Eduardo Lemos Porto, organização sem fins lucrativos criada pelo técnico em agropecuária homônimo. O museu tem cerca de 150 peças arqueológicas, ossadas e corpos embalsamados de 100 animais - incluindo uma jibóia de 180 quilos, com 56 ovos e 6,1 metros -, além de 31 utensílios domésticos e restos de munição que pertencerem a guerrilheiros.
Há também 98 documentos históricos e 63 fotografias. Consta do acervo um corpo humano fossilizado de uma mulher que, supõe-se, era guerrilheira.
O material começou a ser coletado em 1980, quando Eduardo Lemos trabalhava no Ministério da Agricultura, fiscalizando terrenos que eram preparados para o plantio do cacau na região amazônica. "Eu estava em Rondônia. Comecei a perceber que, depois de queimado o solo para o plantio e após a chuva, restos de animais e outros materiais, como espingardas e revólveres, ficavam expostos no chão. Fui pegando essas coisas e levando tudo para casa", conta, ressalvando que, inicialmente, ele não tinha a idéia de montar um museu.
"Isso aconteceu quando vi que tinha muito material, que poderia ter importância histórica. Eu apenas achava tudo aquilo bonito", completa ele. As primeiras peças foram coletadas no município de Arykames (RO). Ao chegar ao Pará, depois de se desmembrar do Ministério da Agricultura, para trabalhar em uma empresa privada no sudeste do Estado, foi morar numa casa espaçosa, em uma fazenda em São Geraldo do Araguaia, e teve, ali, a idéia de reunir o material num local para exposição.
As peças foram sendo arrumadas em prateleiras, na sala da casa. Eram ossadas, ferramentas feitas de pedra, dentre outros artigos. "Antes de ir morar nessa casa onde montei o museu, ficava hospedado na casa de agricultores da região. Ali, ouvia estórias variadas sobre a guerrilha. As pessoas me contavam onde ficavam as casas e barracos dos guerrilheiros. Fui a esses lugares e encontrei muitos objetos. Aquilo tudo me interessou muito e comecei a pesquisar sobre o movimento. Assim surgiu a idéia de criar um museu que contasse essa história", diz.
ABANDONO
Apesar do material valioso, o museu corre riscos de fechar. Seu único mantenedor, o técnico Eduardo Lemos, está desempregado. Depois de brigar na Justiça e graças ao Ministério Público, conseguiu que a prefeitura local pagasse as contas de água e luz do prédio, hoje pertencente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Uma briga política fez com que a verba que a prefeitura tinha para o museu fosse cortada. O dinheiro havia sido até aprovado pela Câmara de Vereadores", revela Lemos.Ele diz que também foi obrigado pela prefeitura a retirar do museu os painéis que contavam a história do massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em abril de 1996. Além disso, deixou de dar palestras nas escolas do município sobre a Guerrilha do Araguaia. "Estou passando fome, porque não tenho emprego e nem consigo arranjar um, já que comprei briga com o prefeito local. Faz três anos que não tenho uma renda fixa mensal", relata. "A prefeitura já quis tomar o prédio do museu, mas não conseguiu, graças ao Ministério Público", reitera. (CCS)

sexta-feira, março 02, 2007

Municípios em Situação de Emergência



Seis municípios em situação de emergência ou alerta no Pará. Mosqueiro, Parauapebas, Marabá e Altamira fazem parte da lista de localidades em Estado de Alerta.


Em Parauapebas a enxurrada afetou a zona urbana do município (Igarapé da Ilha do Coco e Tamarindo), desabrigando 20 famílias que estão alojadas no Ginásio da Rua Santa Maria, bairro da Paz.


Marabá é o município mais afetado até agora com 3 mil pessoas desabrigadas pela enchente do rio Tocantins. Dessas, 62 famílias estão alojadas no Clube de Mães e 90 na Feirinha. A decretação de Emergência pela Prefeitura Municipal se deu na quinta-feira (1º) e é parcial, envolvendo apenas bairros já atingidos.


* Foto- Alheias aos perigos da cheia, crianças brincam saltando de um mirante na orla do rio Tocantins

Previsão de recuo do rio Tocantins


Depois de alcançar a marca de 12 metros na última semana, o nível do rio Tocantins em Marabá começou a recuar e deve chegar a 11,50 metros na segunda-feira (5). Apesar disso, as autoridades da Defesa Civil não orientam que os flagelados voltem de imediato às suas casas, devido ao risco de repique. A previsão dos institutos de meteorologia é de que o mês de março tenha a mesma intensidade de chuvas do mês de fevereiro no Pará.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Clandestinidade no fornecimento de carvão é denunciada em rede nacional


O Jornal da Globo de ontem (22) foi aberto com uma denúncia em rede nacional de TV envolvendo o fornecimento de carvão para siderúrgicas do DIM (Distrito Industrial de Marabá). De acordo com a reportagem produzida pela TV Liberal, o Ministério Público está investigando esquema montado por carvoeiros ilegais para driblar a fiscalização nas estradas do Pará, através de pagamento de propina a Policiais Militares e fiscais. Além de entrevistar os promotores criminais José Edvaldo Sales e Júlio César Costa, os repórteres expuseram uma série de situações já amplamente divulgadas pela Imprensa regional, inclusive pelo CORREIO DO TOCANTINS, como a falta de uma estrutura da Sectam (Secretaria Estadual de Meio ambiente) em Marabá.
O Ministério Público divulgou imagens gravadas em outubro de 2006, em que caminhoneiros transportando carvão param em barreiras da PM e cumprimentam policiais militares com um aperto de mão. Na versão dos promotores, no ato o que se vê na verdade é a efetivação do suborno com a entrega do dinheiro ao “agente da lei”.
“Existe um certo acordo, ou conivência, entre os caminhoneiros e os policiais para que esse carvão irregular passe sem que seja apreendido”, denuncia o promotor criminal José Edvaldo. O valor médio desse “agrado ao PM” gira em torno de R$ 50, segundo o outro promotor, Júlio César.
O Comando da PM em Belém, através do Cel. José Osmar Rocha Neto, chefe do Estado Maior, por sua vez, garantiu que os policiais envolvidos foram afastados e responderão a processo administrativo, podendo inclusive serem expulsos da corporação, caso algo fique provado contra eles.
Sem fiscalização
Também é denunciada a precariedade da fiscalização nesta região do Estado. A TV Globo mostrou imagens de nove picapes paradas na Gerência Executiva do Ibama em Marabá, situação existente, segundo o próprio gerente regional Edivaldo Pereira da Silva admitiu, por falta de dinheiro para consertar os veículos e até para comprar combustível. “Falta tudo. O governo não tem combustível, não tem dinheiro pra despesa. Não tem nada”, confirma Edivaldo.
A última grande fiscalização em siderúrgicas de Marabá, como forma a pressionar as mesmas a só adquirirem carvão com origem comprovada, foi em abril do ano passado. Já as indústrias mantém o discurso de que só utilizam matéria prima legal. “Isso é o resíduo de uma árvore que veio da floresta amazônica devidamente aprovado pelas leis ambientais brasileiras”, defendeu
Afonso de Oliveira presidente do Sindiferpa (Sindicato das Industrias de Ferro-Gusa do Estado do Pará).
Segundo o Ibama, as siderúrgicas utilizam 100 mil caminhões de carvão por ano e pelo menos a metade seria ilegal. O gerente regional do Ibama afirmou que os fiscais só voltam a atuar quando chegar dinheiro do governo federal para realizar as operações. “É bom vocês divulgarem para que Brasília mande recurso aqui, pra gente trabalhar”, disse Edivaldo.
O presidente do Ibama, Marcus Barros, respondeu que o Pará foi o Estado que mais recebeu dinheiro no ano passado: R$ 6 milhões, e que há fiscalização efetiva.Por outro lado, consultado sobre a parte da fiscalização que cabe ao governo do Estado, o secretário Executivo de Meio Ambiente, Valmir Gabriel Ortega, admitiu que não há estrutura de fiscalização e controle, mas garantiu que o novo governo já está providenciando isso. (Patrick Roberto)

Brasil consegue recuperar a patente da marca açaí


O açaí é, de novo, brasileiro. A frutinha típica da Amazônia estava desde 2003 registrada no Japão como marca de propriedade da empresa K.K. Eyela Corporation. No início do mês, o Departamento de Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente informou que o registro da marca 'açaí' foi cancelado por ordem do Japan Patent Office, o escritório de registro de marcas do Japão. A decisão não é definitiva - cabe ainda um recurso da empresa, dentro de um prazo de 30 dias. Caso a empresa não reivindique a marca, o caso estará encerrado. 'Isso criou um problema moral e econômico para o País. Se algum produtor quisesse exportar açaí para o Japão, teria de inventar outro nome ou pagar royalties para a dona da marca', explica Eduardo Veléz, diretor de patrimônio genético do Ministério do Meio Ambiente. Segundo Veléz, isso estava sendo usado 'de forma perversa' como barreira não tarifária.
O Ministério do Meio Ambiente credita a vitória aos esforços da embaixada brasileira no Japão, que vem desenvolvendo um trabalho envolvendo também outros dois ministérios - Relações Exteriores e Indústria e Comércio - para alertar os escritórios de registros de marca ao redor do mundo sobre o registro indevido de componentes da biodiversidade nacional. Entre as ações, o governo formulou uma extensa lista com três mil nomes científicos de plantas da biodiversidade brasileira, que, com as denominações populares, chega a cinco mil nomes, e distribui para escritórios de registro de marcas no mundo inteiro. 'É uma ação preventiva, que vai facilitar nossa defesa, caso apareça outro caso como este', diz Otávio Brandelli, chefe da divisão de Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores.
OPORTUNIDADE
Para os produtores de açaí, a decisão abre a possibilidade de se explorar um novo mercado, o Japão. O açaí brasileiro é bem aceito em mercados como os Estados Unidos e a Europa, mas ainda pouco conhecido dos japoneses. 'É nosso interesse fornecer para o mercado japonês', diz Jamyl Atroch, sócio da Andirá, empresa de Manaus que produz açaí e guaraná em pó. Exporta 60% da produção de açaí em pó para EUA, Irlanda, Inglaterra e Alemanha. Atroch vai aproveitar a oportunidade de participar da Foodex, feira internacional de produtos alimentícios que será realizada em março no Japão, para divulgar seus produtos e fazer contatos no País. 'O cancelamento do registro da marca açaí no Japão vai nos beneficiar.'
Thomas Mitschein, presidente do Poema, ONG que coordena o trabalho de produtores de açaí na Amazônia, acredita no potencial desse novo mercado. 'Estamos incentivando os produtores para manejarem bem seus açaizeiros, pois esperamos um aumento da produção.'
A ONG trabalha com a cooperativa de produtores de açaí de Igarapé-Miri, no Pará, considerada a capital nacional do açaí. A cooperativa reúne 253 famílias e produz dez toneladas/dia de açaí. Também faz o beneficiamento do produto, que segue para Austrália, Suíça, Inglaterra e EUA, além de abastecer o mercado interno. 'Era inaceitável essa apropriação ilegítima do açaí.' (AE)

sábado, fevereiro 03, 2007

Windows Vista pode inundar países asiáticos de lixo eletrônico

O grupo ambientalista Greenpeace alertou neste sábado (3) para a possibilidade de que o lançamento do novo sistema operacional da Microsoft, o Vista, cause uma inundação de lixo eletrônico nos países em desenvolvimento.
Segundo o Greenpeace, muitas empresas e famílias sentirão a necessidade de atualizar seus computadores muito antes do que previam, e o mundo não estará, infelizmente, preparado para o e-lixo em massa provocado pelos upgrades. O comunicado divulgado em Manila prevê o acúmulo de grandes quantidades de computadores defasados em áreas sujas de reciclagem nas Filipinas, Tailândia e outras nações da Ásia, onde fica a maioria dos depósitos de e-lixo do mundo. "As políticas ambientais atuais das companhias de informática não são suficientes para as crescentes montanhas de lixo eletrônico tóxico, derivadas de componentes de computadores", denuncia a nota. O Greenpeace acrescenta que a Microsoft deveria ter levado em conta essas conseqüências e preparado medidas para reduzir o problema da obsolescência. "A inovação não deveria se traduzir num aumento da poluição", opina.
Segundo um estudo da SoftChoice Corporation citado pelo Greenpeace, 50% dos computadores pessoais nos países em desenvolvimento não são capazes de usar o Vista. O número aumenta para 94% no caso da versão Premium do sistema.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Recorde de mortes de jornalistas em 2006


A Federação Internacional dos Jornalistas declarou que 2006 foi um ano trágico para repórteres e profissionais da área de jornalismo. O número de mortes de jornalistas no exercício da profissão alcançou níveis históricos, com pelo menos 155 assasinatos. Segundo Aidan White, Secretário Geral da FIJ, "a mídia tornou-se mais poderosa e o jornalismo mais perigoso".O conflito no Iraque contribuiu para o aumento desse número. No meio do ano, cerca de 68 equipes de diferentes meios de comunicação foram mortas, totalizando 170 mortes de profissionais da área de comunicação no país desde o início do conflito em abril de 2003.

Em outras partes do mundo, a violência também continua. Na América Latina, principalmente no México, Colômbia e Venezuela, foram contabilizadas 37 equipes de meios de comunicação assassinadas. Já na Ásia foram 34 mortes de jornalistas por ocasião dos ataques nas Filipinas e no Sri Lanka.

O único sinal positivo veio nos últimos dias do ano quando, pela primeira vez, as Nações Unidas emitiram um estatuto condenando a impunidade dos assassinos de jornalistas e profissionais da área de comunicação. Em uma resolução do dia 23 de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU, por unanimidade, destacou que os governos devem estar atentos às leis internacionais e devem ajudar na proteção de civis em conflitos armados. O Conselho destacou ainda que serão preparados relatórios anuais apontando os riscos enfrentados pelos meios de comunicação e suas equipes.
Os números oficiais da FIJ são 155 assassinatos, não incluindo as 22 mortes acidentais de jornalistas no exercício da profissão.

A FIJ vai divulgar um relatório detalhado "Jornalismo posto à espada", que será publicado em meados de janeiro. Este relatório também cobre o trabalho do Fundo de Segurança da FIJ, que fornece ajuda humanitária às vitimas de violência e suas famílias. O foco maior está no Iraque onde a FIJ promove uma campanha vigorosa contra a impunidade da matança dos jornalistas.