terça-feira, janeiro 25, 2011

Juiz afasta prefeito Maurino Magalhães


O prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima e o vice Nagilson Rodrigues Amoury estão afastados dos seus cargos por decisão liminar do juiz titular da 23ª Zona Eleitoral, Cristiano Magalhães Gomes. A informação foi confirmada pelo próprio juiz a um repórter do CORREIO DO TOCANTINS neste início de tarde de terça-feira (25), mas ele disse que só daria maiores detalhes às 17 horas, durante uma entrevista coletiva.


Segundo o jornal Barra Pesada, da RBA, o magistrado decidiu afastar os dois por considerar que eles vinham protelando o andamento do processo em que são acusados de crime eleitoral.

O CT Online apurou, ainda, que o presidente da Câmara, Nagib Mutran Neto (PMDB), foi comunicado oficialmente sobre a decisão por volta das 11 horas, em seu gabinete, e logo informou sobre o assunto aos demais vereadores da Casa. Ele deve assumir imediatamente o comando do município.

A coligação "A Marabá que Queremos" é investigada em ação julgada pela Justiça, acusada de prática de caixa dois nas eleições de 2008. O partido PPS apresentou denúncia, baseada em cópias de notas de serviço, afirmando que gastos substanciais da campanha não foram contabilizados na prestação de contas da coligação vencedora.

Ouvido pelo CORREIO por telefone por volta das 14h30, o advogado de Maurino Magalhães, Fábio Sabino, disse ter sabido do assunto por comentários e que ainda não foi notificado.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Drauzio Varella em Redenção

O renomado médico Drauzio Valella, que empresta sua experiência a quadro de saúde do Fantástico, da Rede Globo, desembarcou nesta segunda-feira (17/1) à noite no Aeroporto “João Corrêa da Rocha”, em Marabá. Ele veio de Brasília, no voo da GOL.

Entre um flash e outro, atendendo pedidos de fotografia com outros passageiros no saguão, Varella deixou escapar que daqui seguiria para Redenção para “gravar programa”. Não deu maiores detalhes.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Gaúcho não veio para jogar, mas para vender

Nestes três últimos dias, desde que o Flamengo confirmou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, tenho visto meus amigos (em geral torcedores de outros times) desdenharem, discutindo se o mesmo será um craque para o rubro-negro, ou não.

Tenho dito a eles, abrindo seus olhares, que para o Fla não está importando o que o dentuço fará em campo, uma vez que é óbvio que jogará bem mais do que vem atuando o sempre contundido Ronaldo Fenômeno, no Corinthians. A vinda de Gaúcho é um produto do marketing, das estratégias de vendas. Seu salário astronômico, assim como do seu xará ‘paulista’, será pago por empresas patrocinadoras, e não pelo clube. Estas, obviamente, não fariam tal investimento se não tivessem certeza do retorno financeiro.

Ou alguém se ilude de que o Timão paga fortuna mensalmente ao Fenômeno, para ele só curtir o SPA de luxo que é o Centro de Treinamento da equipe? Ronaldão rende dividendos ao time paulistano simplesmente por figurar entre seus atletas. É disso que o Flamengo foi atrás ao trazer o Gaúcho.

O técnico Wanderley Luxemburgo e a presidente Patrícia Amorim classificaram como a 'maior negociação do futebol brasileiro em todos os tempos', e eu assino em baixo. Não foi exagero e nem soberba, mas a certeza de que a vinda do craque alçará o Fla a um novo patamar, o dos que lucram pra valer com o marketing esportivo.

Só para se ter ideia, “Ronalducho” é patrocinado pela Nike. Sua camisa, já à venda nas lojas oficiais do Flamengo desde domingo, tem sido custado – com a grife Olimpikus – R$ 160. Caro? Aos olhos dos fanáticos parece que não. Está vendendo como água.

O torcedor brasileiro, ao contrário do europeu, é movido por craques, pelo ídolo, embora tenhamos visto poucos ultimamente em nossos gramados. Ninguém duvide de que a simples presença do Gaúcho, nem que seja no banco, vai lotar estádios, aumentar a visibilidade do Mengão e o seu poder de fogo na hora de fechar contratos. A mídia está de olho, a marca Flamengo eleva o seu status, é um efeito cascata do qual os reflexos ainda nem podemos mensurar.

É por isso que tenho dito: ele nem precisará jogar futebol e mesmo assim não tenho dúvidas de que jogará, será o gênio de sempre e passará à história do clube do meu coração, como ele merece e nós, torcedores, merecemos.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Pará tem pela primeira vez um DeMolay como grande mestre

Paulo Henrique Ataíde: Grande Mestre
Uma das maiores organizações de jovens do mundo, reunindo rapazes de 13 a 21 anos, a Ordem DeMolay é patrocinada pelas lojas maçônicas. Como tal, a política de organização da irmandade é responsabilidade, em cada estado, do Grande Conselho Estadual (GCE), formado por mestres maçons eleitos para tal fim. Este ano, pela primeira vez em duas décadas da organização no Pará, o GCE é formado exclusivamente por sênior’s DeMolays, hoje maçons.

Símbolo deste novo momento, o grande mestre estadual, Paulo Henrique de Ataíde Pereira, reconhece que a sua chegada ao cargo, o primeiro DeMolay a alcançar essa posição na estrutura do Pará, é sinal do amadurecimento e da consolidação da ordem no Estado.

PH, como é tratado pelos colegas, aos 29 anos é médico e como DeMolay sempre foi um líder, tendo ocupado funções de grande importância na organização. É um Chevalier, a mais alta honraria da ordem no mundo e, no Pará, foi o primeiro mestre conselheiro estadual, quando da montagem do gabinete. Ao alcançar os 21 anos, a maioridade DeMolay, passou a sênior e não tardou a ser convidado para iniciar na Maçonaria. Em Belém, assume este ano como venerável mestre da loja Harmonia e Fraternidade nº 9.

Mesmo com a experiência de 15 anos como DeMolay, Paulo Henrique destaca que a sua tarefa não é mais fácil à frente do Grande Conselho, do que seria para outro maçom. Ao contrário, reconhece que a cobrança será ainda maior. Para fazer jus a essa responsabilidade, estabeleceu metas audaciosas.

“Estamos trabalhando com a multiplicação da Ordem DeMolay no Estado do Pará. A ideia é que em cinco anos a gente consiga dobrar o número de capítulos. Já somos o 4º estado em quantidade de capítulos no Brasil e em cinco ou seis anos queremos duplicar também o número de membros. Para isso, estamos divulgando mais a ordem, acabando com alguns preconceitos e mitos”, destaca. O Pará tem 16 capítulos e está fundando mais dois.

Expansão

Já neste sábado, dia 15 de janeiro, será fundado o Capítulo “Alcides Alves do Nascimento” nº 778, na cidade de Uruará, próximo a Altamira.

Em seguida, em fevereiro, provavelmente no dia 12, Parauapebas terá o seu primeiro capítulo, o “Lealdade e Justiça” nº 779, após cinco anos de debate sobre a fundação do mesmo. No início da sua caminhada, receberá o apoio de outros capítulos da região como o de Rondon do Pará e o de Marabá, o “Pedro Marinho de Oliveira”.

GCE/PA

O primeiro Grande Conselho formado exclusivamente por ex-DeMolays, hoje maçons, é também o único no Brasil com tal status. A formação inédita é um sinal do amadurecimento da ordem no Pará. O próprio Paulo Henrique chegou a grande mestre após uma espécie de estágio na gestão anterior como grande mestre adjunto.

Os demais cargos do GCE são preenchidos nesta gestão pelos sênior’s: Chev. Walmero Jesus Costa (grande mestre estadual adjunto), Ademildo Pantoja (grande secretário estadual), Edrian Nascimento Biagi Cei (grande tesoureiro estadual), Gilton Augusto Paiva (grande orador estadual) e Jonas Rafael Cordeiro Faustino (grande orador estadual adjunto). No Gabinete Estadual: Chev. André José Pompeu (mestre conselheiro estadual) e Carlos Henrique Menezes (mestre conselheiro estadual adjunto).

sexta-feira, janeiro 07, 2011

No campo estadual

* Com os cargos de primeiro escalão totalmente definidos em Belém, a briga agora é para indicar apadrinhados políticos nos órgãos estaduais nos municípios e regionais. Aqui em Marabá as “meninas dos olhos” são a Ciretran/Detran, Regional de Proteção Social (RPS/Sespa) e 4ª Unidade Regional de Ensino (URE).


* Há especulações de que o prefeito Wenderson Chamon (Curionópolis-PMDB) tenta emplacar a gerência da Ciretran, mas terá que brigar com os caciques que ajudaram Simão Jatene aqui em Marabá.

* No campo da saúde, o deputado João Salame (PSS) não abriria mão de indicar uma pessoa sua para assumir a 11ª RPS e já teria engatilhado o nome do seu aliado de primeira hora Gilson Dias, presidente local do PPS.

* O nome de Gilson, no entanto, teria esbarrado na vontade do cacique-mor do partido, o futuro deputado federal Arnaldo Jordy. Com isso, o nome mais provável para a função passa a ser do médico Adailton Sá, ex-vereador em Marabá.

Deu na Ronda Política

O assunto da semana no meio político local foi a dispensa de 400 comissionados numa canetada só pelo prefeito Maurino Magalhães de Lima. De pessoas mantidas do governo anterior a pessoas que trabalharam na sua campanha eleitoral, o gestor não dispensou ninguém.

Até por isso, tem muita gente avaliando que a tal dispensa não passa de balão de ensaio. É possível identificar na lista nomes de pessoas tão próximas ao prefeito que é difícil imaginar que realmente ficarão desabrigadas.

A maioria dos que têm nome na listagem (cópia chegou à Redação do CORREIO DO TOCANTINS) já sabia que seria dispensada antes mesmo da virada do ano.

A notícia da canetada surgiu logo após reunião do prefeito com o secretariado numa manhã de dezembro. Logo após, casa secretário ficou incumbido de levar o recado aos seus.

A mensagem era de que o corte seria geral e que quem estivesse na lista e até o dia 7 de janeiro não recebesse um telefonema de Maurino para conversar pessoalmente, nem precisaria voltar do recesso.

Embora na prática tenha caído como uma bomba, deixando descontente muita gente, a ideia do gestor seria de readmitir, após a dispensa geral, apenas os que abraçarem a causa do atual governo, trabalhando desde já pela reeleição.

Essa leitura, obviamente, não será assumida publicamente. Nos últimos dois dias, aliás, quando o assunto ganhou as ruas, o prefeito sumiu da cidade, segundo assessores para cuidar da saúde.

Sem Maurino no gabinete, a peregrinação com o chororô foi aos gabinetes dos vereadores da base aliada. Irismar Sampaio (PR) foi uma das que mais teve de ouvir lamúrias.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

(...)

"O ser humano que não lê bons textos não tem nenhuma vantagem sobre o analfabeto".

Mark Twain

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Planejando 2020


Olá, meus amigos do blog. Estava viajando e, portanto, afastado deste meu espaço, pelo que peço desculpas por um feliz 2011 atrasado.

Certamente 2011 será um ano desafiador e que promete muitas coisas boas. Lutaremos, nós, idealizadores do amanhã, para que seja um ano pleno, repleto de vitórias.

Meu amigo Arthur Wada usa no MSN o onotice de que já planeja 2020. Achei muito bacana. É importante, essencial, pensar o mundo ao nosso redor a longo prazo. Façamos este exercício!


CNM divulga balanço do FPM em 2010: ano termina com R$ 53,3 bilhões

O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) encerrou 2010 com um montante de R$ 53,3 bilhões em valores nominais, indica um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Em valores corrigidos pela inflação, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, informa que os valores deste ano são 1,2% menores que os de 2009 e 5,6% menores que os de 2008, período pré-crise.
 
Em relação ao FPM de dezembro, Ziulkoski destaca que “o bom resultado [8,1 bilhões] interrompeu uma tendência de queda iniciada em outubro, mas não foi suficiente para fechar o ano com um montante real maior que o dos anos anteriores”.
 
O FPM regular de dezembro foi de R$ 5,7 bilhões. Com o 1% adicional - conquista da CNM - e o repasse extra relativo à antecipação por estimativa do Refis, esse valor aumentou para R$ 8,1 bilhões. Sem levar em conta o repasse adicional de 1% em dezembro, o FPM foi 13% maior que o ano passado em valores corrigidos pela inflação. Com o montante do 1% adicional o crescimento foi de 10%.
 
Sazonalidade

O estudo da CNM indica que a distribuição sazonal do FPM ao longo do ano só foi diferente do comportamento histórico de janeiro, quando o repasse foi muito menor que o esperado para o mês. A mudança ocorreu porque as restituições de Imposto de Renda (IR) se concentraram em dezembro de 2009, por decisão do Ministério da Fazenda.
 
Desde 2003, os repasses do FPM iniciaram uma trajetória ascendente, interrompida em dezembro de 2008 e que só terminou em janeiro de 2010. “A má notícia é que a recuperação demonstrada em 2010 está acontecendo em ritmo muito lento. Só devemos atingir o patamar do período pré-crise no segundo semestre de 2011”, avalia Ziulkoski.
 
Qual o porquê de uma lenta recuperação?

O FPM não se recuperou da mesma forma que as demais receitas da União. O fraco desempenho do IR em 2010 é o principal responsável. Somado ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o crescimento destes tributos foi de apenas 4,4% em 2010. As outras contribuições, arrecadadas pela União e não compartilhadas com Estados e Municípios, aumentaram 13%.

A diferença nesse desempenho deve-se ao fato das desonerações de 2009 terem se concentrado no IPI e no IR, enquanto as contribuições à União foram pouco modificadas. Grande parte das desonerações do IPI foram retiradas no primeiro semestre, enquanto as mudanças na tabela do IR foram mantidas. “Os impostos que formam a base do FPM estão numa faixa 6% menor que a de 2008, enquanto as contribuições cresceram 10% acima do nível pré-crise”, destaca Ziulkoski.

Mulher, economista e... guerrilheira

Gosto muito dos artigos do tenente Dirceu Cardoso Gonçalves. Ele é  dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) e tem sempre visão crítica e apurada dos fatos nacionais. Tomo a liberdade de reproduzir este artigo dele. Aproveitem:




Mulher, economista e... guerrilheira


A economista Dilma Rousseff assume como 36º presidente da República. É a primeira mulher, a primeira economista e a primeira ex-integrante da luta armada a assumir o poder. Sucede a Lula, o primeiro operário e retirante nordestino a governar, que conclui sua jornada com invejável aprovação, superior a 80%. O momento é positivo, com projeções de crescimento. É necessário, no entanto, investir mais na segurança pública e distribuir melhor a renda.

Olhar o retrovisor da história nos remete a brindar a regularidade democrática. Em 120 anos de República, fomos governados por 21 advogados, nove militares, dois jornalistas, um médico, um engenheiro, um sociólogo e um metalúrgico. Dois presidentes (marechal Deodoro e Jânio Quadros) renunciaram; três (Washington Luis, Getúlio Vargas e João Goulart) foram depostos; dois (Rodrigues Alves e Tancredo Neves) morreram antes da posse; dois (o eleito Julio Prestes, em 1930, e vice Pedro Aleixo, em 1969) foram impedidos de assumir; e um (Fernando Collor) foi afastado pelo Congresso.

Dos 35 presidentes, só 15 conseguiram terminar o mandato. Houve épocas em que os governantes eram eleitos sem o voto popular. Assim foi com o Marechal Deodoro, no governo provisório, logo após a proclamação da República, seu sucessor, Floriano Peixoto, Getúlio Vargas entre 1930 e 1945, e os presidentes militares pós-64, que eram referendados pelo Congresso Nacional e Colégio Eleitoral, que teve sua última reunião em 15 de janeiro de 1985, para eleger Tancredo e Sarney, líderes da Nova República. Em duas oportunidades – na Revolução 1930 e na doença de Costa e Silva, em 1969 – o país foi governado por juntas militares.

Em momentos distintos, os vice-presidentes receberam tratamentos diferentes. Em 1891, Floriano Peixoto assumiu normalmente o lugar de Deodoro da Fonseca. Em 1909, Nilo Peçanha terminou o mandato do falecido Afonso Penna. Em 1918, Delfim Moreira assumiu, mas teve de promover eleições para substituir Rodrigues Alves, morto pela gripe espanhola. No ano de 1954, Café Filho substituiu Getúlio Vargas após seu suicídio, mas, por razões políticas, foi obrigado a tirar licença de saúde. Em 1961, o vice João Goulart só conseguiu assumir depois de aceitar a imposição militar do parlamentarismo, criado às pressas e por ele derrotado no plebiscito de 1963. Na doença do marechal Costa e Silva, em 1969, o vice civil, Pedro Aleixo, foi impedido de assumir. Em 1985, Sarney assumiu e governou os cinco anos em lugar do falecido Tancredo e, em 1992, o vice Itamar Franco cumpriu o mandato do “impichado” Fernando Collor.

Ocorreram os casos de Carlos Luz, que substituiu a Café Filho e governou apenas por três dias porque não conseguiu controlar o golpe que setores das forças armadas queriam dar no eleito Juscelino, mesmo motivo da “doença” do sucessor de Getúlio. O do jornalista Ranieri Mazilli, então presidente da Câmara dos Deputados, assumiu a presidência nos momentos críticos da renúncia de Jânio Quadros e na derrubada de João Goulart, quando havia o risco de guerra civil. Ficou conhecido nas redações como “o modess”, aquele que por duas vezes ocupou o lugar para evitar o derramamento de sangue.

Oxalá o Brasil já tenha superado o tempo dos trancos à democracia e que, doravante, seja, cada dia mais, o líder da América Latina e, principalmente, justo na distribuição de renda aos seus cidadãos...