quarta-feira, agosto 22, 2012

Dom José não resiste e morre na UTI do Regional


Faleceu hoje (22/08), por volta do meio dia, o bispo emérito da Diocese de Marabá, Dom José Foralosso. Ele estava internado em UTI do Hospital Regional do Sudeste do Pará desde o último dia 5 de junho, em estado de coma, em consequência de um AVC e de um traumatismo craniano que sofreu ao cair no chão quando rezava sua última missa.

Dom José era italiano e tinha 74 anos. Em razão da fragilidade de sua saúde, requereu ao Vaticano sua aposentadoria da Diocese um ano antes do prazo determinado. Pretendia cuidar melhor de sua saúde, o que foi entendido pelo Papa e antecedido seu afastamento antes de completar os 75 anos, idade em que os bispos adquirem o direito de se aposentarem.

“Dom José assumiu como bispo de Marabá em 26 de fevereiro de 2000. Uma de suas características nos 12 anos como bispo, foi o respeito aos diferentes pensamentos e segmentos religiosos existentes na diocese. Não impôs sua maneira de pensar e nem perseguiu os que tinham posições e pensamentos diferentes dos seus”, definiu a CPT em nota oficial.

O velório terá início às 18 horas desta quarta-feira (22), no Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, na Folha 16, e o sepultamento será aqui mesmo em Marabá, na tarde desta quinta-feira.

quinta-feira, agosto 09, 2012

Nos bastidores da notícia

Fui convidado recentemente para participar da série “Nos bastidores da notícia” no blog da agência Planet (http://planetcomunicacao.blogspot.com.br/) me senti honrado com o convite e aceitei responder algumas perguntas. Tentei ser o mais objetivo possível. O resultado está reproduzido abaixo:

O segundo entrevistado da nossa série “Nos bastidores da notícia” é o jornalista Patrick Roberto, chefe de redação do Correio do Tocantins (CT) e diretor de conteúdo portal CT Online. Formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB), o marabaense cresceu na redação de impresso. A seguir, confira a entrevista que ele concedeu ao nosso blog.

Planet- A sua relação com o jornalismo é antiga, afinal, você cresceu vendo o seu pai administrar o jornal mais antigo e mais lido da região: o Correio do Tocantins. Como isso influenciou a sua escolha profissional?

Influência total. O jornalismo é a mais fascinante das profissões, na minha visão. Não há rotina. Todos os dias há algo a descobrir. Conviver com profissionais da área, sobretudo com o meu pai, me trouxe naturalmente a esse caminho, me moldou. Ele é um leitor voraz de jornal que veio para o outro lado, virou o jornalista. Eu também sou assim, sempre escrevo imaginando as reações do leitor. Quero despertá-lo. Isso é fundamental para que o meu texto sempre seja interessante ao leitor moderno.
 
Planet- Atualmente você exerce a função de editor adjunto do jornal. Quais são os desafios diários no comando da equipe?
A redação é o núcleo do jornalismo. Todos deveriam passar por ela, antes de ir para a TV, o rádio ou para assessorias. É nela que podemos formar um profissional completo, antenado no mundo a sua volta, questionador, preocupado com a precisão. O meu desafio é esse, mostrar para a minha equipe que o redator é sempre mais cobrado do que qualquer outro. O que redigimos vira documento. Se escrevermos algo errado, o mundo cai nas nossas costas no outro dia, indelével no papel. O nosso sensor é sempre mais apurado. Quando um jornalista percebe que o seu trabalho fez diferença na vida das pessoas, é o ápice, e não estou sendo romântico na análise, é fato.

Planet- Conte-nos sobre a sua trajetória profissional.

Ia estudar Publicidade e Propaganda. A mensagem sempre me seduziu muito. Mas depois percebi que sou comunicador, na forma mais engajada, que consigo olhar para uma cena e ver notícia nela. Cursei Comunicação na Católica de Brasília e, nesse período, trabalhei no Congresso Nacional com deputados do Pará. Esse contato com o poder da República foi fundamental para mim. Pude entender como funcionam as instituições, o equilíbrio de forças entre os partidos e entre os três poderes. Também nessa época, participei da elaboração de material informativo sobre o Estado do Carajás, quando me convenci de que esse sonho é justo e é viável. Formado, voltei para Marabá e fui encontrando os meus espaços. Um editor tem de ter uma visão geral das coisas, saber quem é quem e identificar interesses por trás de informações. Ouvir mais do que falar, porém interagir sempre.
 
Planet- Sendo a publicidade a principal fonte de sustentação de um veículo, como você avalia o trato entre notícia versus relação comercial?

Não vejo traumas. Aqui, particularmente, temos um perfil editorial que é respeitado pelos nossos anunciantes e parceiros. Não há interferências. Ao contrário, os nossos anunciantes estão conosco justamente pelo perfil que temos. Trabalhar assim também tem seus custos. Temos de investir em qualidade e isso tem o seu preço. Lamento que alguns anunciantes em potencial não percebam isso e tentem manter conosco a mesma relação que têm com o panfleto distribuído na calçada. O público não vê um jornal e um panfleto com os mesmos olhos. Essa relação não mudou.
 
Planet- Em sua visão, de que maneira a redação e o departamento comercial devem dialogar para não entrarem em conflito?

Devem estar próximos um do outro e não distantes. O jornal é uma empresa como qualquer outra, tem suas metas, seus objetivos e trabalha para alcançá-los. Também é um produto e o consumidor dele não quer se sentir traído, tem expectativas que precisam ser supridas. Tudo funciona em cadeia. À medida que alcançamos mais da confiança do leitor, subimos mais um degrau na do anunciante.
 
Planet- Para você, como se dá a relação entre assessores e repórteres?

Estão em mundos diferentes. O assessor tem compromisso com o cliente que representa e o repórter, com o seu leitor. O segundo sempre vai lançar olhar pela ótica do consumidor de informação e não pela do consumidor do produto publicitário. O redator, que é na mão de quem vai parar o release, por exemplo, precisa ter essa medida, não pode se acomodar.
 
Planet- Em seu entendimento, o que as empresas de jornalismo impresso têm feito para sobreviver ao advento das mídias digitais?

Aderir. Não adianta nos fecharmos. Estamos na era multimídia e precisamos nos adaptar a ela. A internet acostumou o leitor a um novo perfil, mas o jornal impresso ainda é visto como mais confiável. No caso do CORREIO DO TOCANTINS, o levamos para a grande rede, ele está eletrônico, pode ser folheado virtualmente. Lançamos o assinante online e o telefone não para de tocar para novas assinaturas. Conquistamos um leitor que está fora do Pará e do Brasil, que não teria acesso à banca da praça.

 
Planet- Muitos jornais têm o futebol, o entretenimento e os casos policiais como assuntos preferenciais de seus leitores. Essas temáticas têm, de fato, repercussão entre o público leitor? De que forma isso é mensurado?

É acompanhado por pesquisas. Este ano vamos promover mais uma, de sintonia fina, para entender melhor ainda como está pensando o nosso leitor. Mas é notório que futebol, entretenimento e polícia têm um magnetismo maior com o público, vende jornal. É fato. Não creio que a nova pesquisa vá mostrar algo diferente, mas, sim, apontar o formato da informação que o leitor deseja.
 
[Repórter: Aretha Fernandes]

quarta-feira, agosto 08, 2012

Verão em Marabá

Registro da praia do Tucunaré em Marabá, no primeiro domingo de agosto, ainda verão, nas imagens do fotógrafo Antônio Cícero, para o jornal CORREIO DO TOCANTINS.






[Clique nas fotos para ampliar]

Elka e Valdemiro nas urnas

Ismaelka Queiroz (PTB) vem aí. Uma das vereadoras da atual legislatura que teve a vida mais tumultuada no atual período, com ameaça de cassação, denúncias contra si e até uma ação para responder na Justiça, da qual foi absolvida, ela concorre a reeleição.

Elka não deixa de apostar no público evangélico para conseguir votos e deixa isso bem claro no seu material de campanha, uma vez que cola sua imagem na do líder da Igreja Mundial, o também controverso apóstolo Valdemiro.

Ajudem

Áreas da orla consideradas impróprias segundo pesquisa

Pesquisadores da UFPA e Uepa
analisaram Água e areia da praia
no Rio Tocantins


Pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias de Marabá, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e da Faculdade de Ciências Naturais da Universidade do Estado do Pará (Uepa), coordenados pela professora-doutora. Andréa Hentz de Mello, realizaram um estudo que alerta para os problemas de contaminação das águas e areias do Rio Tocantins.

De acordo com a pesquisa, que vem sendo realizada desde 2007, a população precisa tomar consciência dos riscos e colaborar para a preservação do meio ambiente enquanto é urgente a necessidade de o poder público tomar providencias imediatas em relação à gestão dos recursos hídricos de Marabá.

Andrea Hentz de Mello, Jana Daisy Honorato Borgo, Daniel Ramos Pontoni, Gustavo Oliveira, Sandro Ferreira Nascimento e Jéssica Barros Silva levaram em consideração que não há sistema de saneamento básico e todos os dejetos produzidos pela população são descartados no Rio Tocantins. O mesmo rio é a principal fonte de abastecimento de água na cidade, mas existem ligações diretas entre os sanitários das casas nos esgotos, que deságuam no rio sem nenhum tipo de tratamento.

Além disso, as praias formadas no rio também são fontes de lazer, mas, segundo o artigo, têm trazido preocupação aos órgãos ambientais e de saúde em virtude das areias apresentarem fontes de contaminação, o que é um risco à saúde humana. “Isto se deve ao descarte inadequado de lixo, presença de animais domésticos, fezes e outros”, diz o artigo.

Levando esses e outros pontos em consideração, os pesquisadores realizaram estudos nesses cinco anos para a verificação da qualidade das águas do Rio Tocantins a também da de suas areias, através do estudo de parâmetros microbiológicos, físicos e químicos, indicadores microbiológicos quantitativos para coliformes totais e coliformes termotolerantes.

Água
Os padrões de qualidade de água para consumo determinam que em 100 mililitros de amostras individuais, procedente de poços, fontes, nascentes e outras formas de abastecimento e distribuição canalizada, é tolerada a presença de coliformes totais, desde que haja ausência de E. coli e coliformes fecais, ou termotolerantes. Para a avaliação foram coletados cinco pontos de amostragem com três repetições para cada ponto ao longo do rio na área urbana de Marabá em abril e em julho de 2007, 2011 e 2012.

As análises de água revelaram a presença de coliformes totais, inclusive E. coli, e de coliformes termotolerantes em todas as amostras, o que é considerado ruim para o organismo humano. De acordo com os valores obtidos e comparando – os com os valores que são permitidos pela portaria do Ministério da Saúde, todas as amostras apresentaram valores acima dos aceitáveis nas épocas da cheia e da seca.

A maior concentração de coliformes termotolerantes foi encontrada próxima a uma descarga de esgotos domésticos e a menor concentração está no meio do rio. As águas são consideradas impróprias para banho quando no trecho avaliado for verificada a presença de 2500 coliformes fecais e, de acordo com o estudo, 80% dos pontos obtiveram valores impróprios na cheia e 70% na época da seca.

Areia
Para a coleta de areia três áreas foram selecionadas e as amostras foram sendo depositadas em sacos estéreis e transportadas ao laboratório em temperatura de 4 graus centígrados. Em duas destas áreas foi percebida a presença de várias espécies de fungos, principalmente o aspergilo sendo encontrado em 80% dos casos em areia seca. Estudos realizados no Rio de Janeiro, São Paulo e Portugal também apontaram resultado semelhante, uma vez que é na faixa de areia seca que se encontram resto de alimentos deixado pelos banhistas e grande quantidade de resíduos sólidos, favorecendo a sobrevivência dos fungos.

Este fungo pode causar rinite aguda, asma e pneumonia de hipersensibilidade por inalação, como também aspergilose e infecções oportunistas atingindo cavidades pulmonares, cérebro, fígado, peles e outros. Os pesquisadores apontam que a presença do fungo comprova que as areias da praia do Tucunaré estão contaminadas, trazendo riscos à saúde humana principalmente de indivíduos com a imunidade alterada.

As informações apresentadas no artigo fazem parte de trabalhos de conclusão de curso de alunos de ambas as faculdades e demais artigos científicos que foram publicados na XVIII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água ocorrida em Terezinha no Piauí e no XXI Congresso Latinoamericano de Microbiologia, que ocorrerá em outubro deste ano em Santos (SP). (Luciana Marschall - Correio do Tocantins)

Augusto Cury vem aí

Um dos autores de livro e palestrantes mais respeitados e requisitados do Brasil, Augusto Cury estará em Marabá no dia 24 de agosto, como palestrante em evento previsto para iniciar Às 20 horas, no auditório da Faculdade Metropolitana. Os ingressos já estão sendo vendidos desde o mês de julho.

Humberto Spíndola no gabinete nacional da Ordem DeMolay

Para orgulho do avô Wagner Spíndola, aqui em Marabá, o jovem chevalier Humberto Bozi Spindola tomou posse na última semana como novo mestre conselheiro Nacional Ajunto da Ordem DeMolay no Brasil. Foi durante o Congresso Nacional, em Belo Horizonte (MG). No registro, Paulo Rafael Mesquita, mestre conselheiro Nacional; Samuel Calôba Aguiar e Douglas Rui Aguiar, Amazonas; Humberto Spindola e Gilton Paiva, grande mestre estadual da OD.


Orelhões em decadência no Brasil

Nos últimos três anos, o consumo de créditos em orelhões caiu de quase 600 milhões para cerca de 100 milhões de créditos por mês em ligações locais e de longa distância nacional. A redução no uso de telefones públicos no país fez com que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estudasse formas para revitalizar o serviço, que incluem a possibilidade outras formas de pagamento, como cartão de crédito ou moedas.

A proposta de regulamento que prevê mudanças nos orelhões foi debatida em audiência pública realizada nesta quarta (8) em Brasília. Segundo a Anatel, de 2006 a 2011, a quantidade de cartões de telefone fabricados anualmente passou de 650 milhões para 132 milhões. A receita das concessionárias de telefonia com orelhões também se reduziu: em 2010, os ganhos foram equivalentes a cerca de um terço do registrado em 2006.

Outra inovação proposta pela agência é a permissão para publicidade nas cabines telefônicas, que poderá gerar nova fonte de receita para a concessionária, além de diminuir o vandalismo pela atratividade visual. Também poderá ser permitido o uso de mensagens publicitárias nas chamadas, com duração máxima de 20 segundos, que não serão cobradas.

Segundo a relatora da proposta, conselheira Emília Ribeiro, a principal causa do crescente desinteresse da população pelos orelhões é o aumento do número de telefones celulares, aliada à diminuição do número de telefones públicos disponíveis. Mas, na avaliação dela, a telefonia de uso público continua a ser um serviço essencial, especialmente para a população mais pobre, que não tem condições de ter um telefone fixo ou móvel.

Além de representantes de empresas de telefonia, participaram da audiência pública realizada hoje representantes de entidades como Ministério Público Federal, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Secretaria de Acompanhamento Econômico, Ministério das Comunicações e Casa da Moeda.