sexta-feira, abril 25, 2008

MPF fiscaliza atendimento aos cidadãos em oito agências do INSS no Pará

No Dia Nacional de Inspeção em Agências da Previdência Social, procuradores da República e analistas do Ministério Público Federal estiveram em quatro agências na capital paraense e outras quatro em Altamira, Marabá, Santarém e Castanhal. A Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Ana Karizia Teixeira, visitou pessoalmente as agências nos bairros do Marco, Nazaré e Jurunas, em Belém, onde constatou persistir um velho problema: a demora no atendimento.
A Previdência criou o telefone 135 e um formulário na internet para agendar atendimentos, o que acabou com as filas nos postos, mas, para o MPF, as filas apenas deixaram de ser reais para se tornarem virtuais. “Soubemos que algumas pessoas chegam a esperar até seis meses desde o momento em que ligam para o 135 até conseguirem, de fato, ser atendidas no posto. Esse prazo tem que diminuir, precisa ser razoável”, disse Ana Karizia Teixeira.
Em Altamira, oeste do Estado, onde em março do ano passado seis funcionários do posto da Previdência foram presos por fraude, a inspeção de hoje identificou justamente a escassez de servidores como um dos principais problemas. O posto atende cerca de 150 usuários todos os dias, vindo de oito municípios próximos. Mesmo assim, depoimentos dos funcionários e de cidadãos presentes na hora da inspeção garantiram que o serviço melhorou a partir de junho do ano passado, quando o INSS acatou uma recomendação do MPF e fez várias mudanças.
Em Marabá, no sul do Pará, o procurador Marco Mazzoni também constatou a insuficiência de servidores, precária visualização de informações, equipamentos insuficientes e inexistência de apoio logístico. Em todos os casos, as constatações serão apresentadas em relatório oficial e podem ser expedidas recomendações ao INSS, para que adote medidas eficazes e solucione os problemas apontados.

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