Nestes três últimos dias, desde que o Flamengo confirmou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, tenho visto meus amigos (em geral torcedores de outros times) desdenharem, discutindo se o mesmo será um craque para o rubro-negro, ou não.
Tenho dito a eles, abrindo seus olhares, que para o Fla não está importando o que o dentuço fará em campo, uma vez que é óbvio que jogará bem mais do que vem atuando o sempre contundido Ronaldo Fenômeno, no Corinthians. A vinda de Gaúcho é um produto do marketing, das estratégias de vendas. Seu salário astronômico, assim como do seu xará ‘paulista’, será pago por empresas patrocinadoras, e não pelo clube. Estas, obviamente, não fariam tal investimento se não tivessem certeza do retorno financeiro.
Ou alguém se ilude de que o Timão paga fortuna mensalmente ao Fenômeno, para ele só curtir o SPA de luxo que é o Centro de Treinamento da equipe? Ronaldão rende dividendos ao time paulistano simplesmente por figurar entre seus atletas. É disso que o Flamengo foi atrás ao trazer o Gaúcho.
O técnico Wanderley Luxemburgo e a presidente Patrícia Amorim classificaram como a 'maior negociação do futebol brasileiro em todos os tempos', e eu assino em baixo. Não foi exagero e nem soberba, mas a certeza de que a vinda do craque alçará o Fla a um novo patamar, o dos que lucram pra valer com o marketing esportivo.
Só para se ter ideia, “Ronalducho” é patrocinado pela Nike. Sua camisa, já à venda nas lojas oficiais do Flamengo desde domingo, tem sido custado – com a grife Olimpikus – R$ 160. Caro? Aos olhos dos fanáticos parece que não. Está vendendo como água.
O torcedor brasileiro, ao contrário do europeu, é movido por craques, pelo ídolo, embora tenhamos visto poucos ultimamente em nossos gramados. Ninguém duvide de que a simples presença do Gaúcho, nem que seja no banco, vai lotar estádios, aumentar a visibilidade do Mengão e o seu poder de fogo na hora de fechar contratos. A mídia está de olho, a marca Flamengo eleva o seu status, é um efeito cascata do qual os reflexos ainda nem podemos mensurar.
É por isso que tenho dito: ele nem precisará jogar futebol e mesmo assim não tenho dúvidas de que jogará, será o gênio de sempre e passará à história do clube do meu coração, como ele merece e nós, torcedores, merecemos.
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