Os 14 times que disputam a 1ª Divisão do Campeonato Marabaense de Futebol estão sem poder se enfrentar porque não há campo disponível para a competição. A principal praça de esportes, o estádio Zinho Oliveira, na Marabá Pioneira, foi vetada para a partida da última terça-feira, 1º de fevereiro, e a direção da Liga Esportiva de Marabá (Lemar) está engasgada com a situação.
Ontem, em contato com a reportagem do CT, o presidente da Lemar, Edmilson Sanches, disse não entender o posicionamento da administração do estádio, que inicialmente havia mantido um acordo com a entidade para liberá-lo para o período em que o Águia de Marabá não estivesse em Marabá. “Nós entendemos que o estádio deve estar à disposição de nosso representante no campeonato estadual, mas quando a equipe estiver na cidade, o que não é o caso”, observou Sanches.
Embora relembre que seja um amigo de longas datas de Wilson Paixão, administrador do Zinho Oliveira, Edmilson avalia que ele está em cima do muro, pois viria recebendo pressão da diretoria do Águia para não liberar o estádio para o Campeonato Marabaense.
Sanches diz que ficou extremamente chateado na noite da última terça-feira, quando estava programada uma partida entre o Internacional e D’Paschoal, mas em cima da hora recebeu ligação de Paixão, informando que não seria possível realizar os jogos. Por conta disso, nesta quarta-feira ele entregou ofício diretamente ao administrador do estádio, Wilson Paixão, solicitando uma resposta urgente para poder informar aos dirigentes dos 14 clubes se a competição vai continuar ou não. “Nesta quinta-feira, a partir de 19h30, a direção da Lemar vai se reunir com os dirigentes de clubes para decidir o que fazer, diante desse impasse”, destacou.
Outro lado
Procurado pela reportagem do CT, Wilson Paixão, o Lapeta, disse que pessoalmente não tem restrições quanto a abrir as portas do estádio para o Marabazão, mas observa que a situação do gramado está bastante sofrido por causa das chuvas intensas que caíram nos últimos dias em Marabá.
Lapeta nega que tenha recebido pressão por parte da diretoria do Águia para não liberar o gramado para partidas do Marabazão, alegando que a decisão de interditar o campo para jogos neste final período partiu do próprio prefeito. “Mas se vierem perguntar minha opinião, digo que o campo não tem condições de jogo”, garante.
Paixão levou o repórter do CT para uma caminhada pelo gramado, e o que se viu foi um campo excessivamente encharcado. Segundo ele, próximo à pequena área foram colocadas várias placas de gramas pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente, mas após o último jogo do Águia, há uma semana, 14 delas se soltaram, e a situação ficou crítica. “Nós havíamos combinado com a direção da Lemar para liberar o estádio para jogos, mas se houvesse alguns dias de sol, o que não aconteceu”, justifica.
O estádio da Sociedade Esportiva Amapaense, alugado pela prefeitura para realização de algumas partidas do Marabazão, está sem condição de jogo, também por causa e das muitas chuvas e por não ter um sistema de drenagem eficiente.
Questionado se a competição não poderia ser realizada também no antigo Piçarrão, na Nova Marabá, Sanches acredita que sim, pois o gramado tem condições de receber jogos, mas como ainda não houve inauguração formal, a prefeitura e a direção da Adremma (Associação dos Desportistas da Nova Marabá) não sinalizaram nesse sentido.
Os próximos jogos do Campeonato Marabaense estão marcados para este final de semana, sábado e domingo, mas também poderão ser adiados caso a situação perdure. O próximo jogo do Águia em Marabá deverá acontecer na próxima quarta-feira, dia 10. (http://www.ctonline.com.br/)
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