quinta-feira, dezembro 01, 2011

Reportagem da Globo repercute mal entre emancipacionistas

Lideranças do movimento de emancipação do Estado do Carajás consideraram tendenciosa e pré-conceituosa a edição e a condução dada à primeira reportagem do “JN no Ar” sobre o plebiscito no Pará. Para eles, em Marabá o Jornal Nacional não deu espaço suficiente para as argumentações em defesa do novo Estado, além de ter usado depoimento do economista Rogério Boueri, não gravado aqui na cidade e que tem tese contrária é divisão do Estado.

Para o prefeito de Pau D’arco, Luciano Guedes, responsável pela Comunicação da Frente em Defesa da Criação do Carajás, a reportagem se mostrou parcial na medida em que citou os números de Rogério Boueri e não fez menção aos do também economista Célio Costa, no trabalho em que apresenta os argumentos econômicos para a divisão do Pará. “Com isso, só podemos entender que o enfoque seja do interesse da campanha do Não”, afirma Guedes.

O prefeito lembra que o trabalho de Boueri trata-se de uma tese particular dele e não de números oficiais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), como diz a reportagem, o que já foi desautorizado pela própria instituição. “Eles não citaram, por exemplo, estudo do Senado Federal que comprovam a viabilidade da emancipação”, pontua o membro da frente pró-Carajás.

O próprio professor Célio Costa, que ontem estava em Belém, falou por telefone conosco e lembrou que a jornalista Cristina Serra, enviada da Globo ao Pará, tem os dados do seu livro, mas não apresentou sequer o contraponto entre o que ele defende e o seu colega economista.

De outro lado, a imprensa internacional mostra-se interessada no tema redivisão territorial, tanto que ontem Célio foi entrevistado para o jornal The Economist, por uma representante do mesmo no Brasil.

REPORTAGEM
A equipe do Jornal Nacional pousou em Marabá na noite de segunda-feira e dedicou a terça-feira a produção da primeira das reportagens sobre o plebiscito, a qual foi veiculada à noite com 4 minutos e 44 segundos de duração.

Depois de contextualizar que o Pará vive um momento histórico, com a realização do plebiscito que decidirá o futuro da região, a repórter focou mazelas sociais de Marabá, entrevistando pessoas fazendo relato de violência urbana, além de citar números sobre crimes no campo, o que já virou lugar comum da imprensa nacional em relação a região Norte do Brasil.

“A cidade não se preparou para o crescimento. A região de Carajás se tornou conhecida por dois problemas que ilustram bem o modelo de desenvolvimento que se instalou por lá. Um deles é o desmatamento para dar lugar a plantações e pastagens. O outro é a violenta disputa pela terra”, narrou a jornalista Cristina Serra.

Conhecido no meio acadêmico, onde a divisão territorial não é um tema bem visto, além de militante partidário em Marabá, Ribamar Júnior foi ouvido por ela como sendo representante do movimento contrário à divisão. Ele disse: “A gente defende a manutenção do estado não na perspectiva de que tudo isso está bom. A gente acredita que os problemas não estão relacionados ao tamanho do Estado, mas ao modelo de governança, à forma de gestão como está aí”.

Como o presidente da Frente Pela Criação do Carajás, o deputado João Salame Neto, não estava na cidade, a produção só ouviu o presidente da Acim (Associação Comercial Industrial de Marabá), Ítalo Ipojucan, pego de surpresa pela manhã, enquanto coordenava um simpósio da entidade que dirige. Ítalo falou: “O grande debate é da eficácia e do alcance das políticas públicas. Nós temos um território extremamente vasto e grande. E a descentralização administrativa é um fator benéfico, é um fator de otimização dos investimentos que a comunidade precisa na sua infraestrutura”.

Ipojucan é outro que acredita que a reportagem poderia ter sido mais incisiva, dando mais espaço ao contraditório e explicando as origens históricas do movimento emancipacionistas, ligadas às dificuldades do Estado em administrar um território de grandes proporções e tão heterogêneo.

A TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, e que dá suporte ao trabalho do JN no Ar, é defensora do “Não”, como já expresso claramente no portal do Grupo ORM, que tem sua raiz em Belém. Ao chegar a Marabá, no entanto, a jornalista Cristina Serra prometeu em entrevista ao CORREIO DO TOCANTINS que sua reportagem seria isenta, desatrelada das paixões que o tema desperta.

Ontem a reportagem do Jornal Nacional esteve em Santarém, para falar do Tapajós e nesta quinta-feira transmitirá direto de Belém.

6 comentários:

Bem, para começar a jornalista já declarou que nasceu em Belém e o Jornal Nacional está a serviço das elites do Sul e Sudeste que não querem, de jeito nenhum, que sejam criados outros estados em nenhuma outra região do país, porque isto significaria a perda da hegemonia política e econômica que exercem há séculos.
A reportagem foi claramente tendenciosa, mas o pior virá no programa de hoje, justamente no último dia para que fique registrado na cabeça dos eleitores. Com certeza, será mostrada uma multidão de pessoas apoiando o NÃO, ao contrário do que ocorreu em Marabá e Santarém, onde a filmagem foi feita de modo a sugerir que eram poucas pessoas.
Bem, ninguém disse que seria fácil, mas não esperava tantos golpes baixos, principalmente vindo de entidades que tem por DEVER fornecer informações confiáveis.

Agura é na purrada. Eleitores do SIM são agredidos na chegada do JN em Belém
Estão desesperados, e sabendo que vão levar uma surra nas urnas, a turma do NÃO quer ganhar na porrada. Isso mesmo, a denúncia foi feita pelo vereador Reginaldo Campos no seu facebook.

"Lamento que a secretaria de segurança publica do Pará , esteja fazendo vista grossa para com a violência que os militantes do SIM estão sendo tratados em Belém, em pleno estado de direito está sendo desrespeitado descaradamente o direito de ir e vir e de manifestação das pessoas, exemplo do aeroporto de Belém, onde manifestantes do NÃO agrediram e impediram pela força e agressões verbais que os eleitores do SIM se manifestassem e se aproximassem da equipe do 'JN no ar'. Sendo que foi solicitado policiamento, e que foi ignorado, portanto repudio a omissão e o descaso para com a segurança dos cidadãos que se manifestam em favor da democracia e da emancipação politica e administrativa do Pará e que a muito tempo já está dividido.
Vamos acabar com esse estado de violência, pois é por este motivo que os cidadãos simples e humildes do latifundiário Estado do Pará, estão lutando como Davi vs. Golias, para defenderem sua honra, liberdade e dignidade e de um Estado de fato mais presente na vida dos cidadãos.
Quem ver qualquer tipo de violência contra militantes do SIM, tirem fotos, gravem videos e nos envie para denunciarmos".

ORGULHO BESTA NÃO ENCHE BARRIGA, É PRECISO ACABAR COM A MISÉRIA DO PARÁ

Pelo menos para alguma coisa serviu o passeio da equipe da Rede Globo pelo Pará: para mostrar ao Brasil, em palco tão reluzente, e aos próprios paraenses, o que todos vemos todos os dias, isto é, quadros de aguda e vergonhosa miséria que infelicita este Estado em todos os seus quadrantes.

Miséria encontra-se pelo País todo, mas não na intensidade e na extensão com que se verifica, por exemplo, em Belém. Não existe no Brasil uma cidade deste porte com tamanha exposição de feridas sociais tão desumanas. Metade da população desta cidade vive nas famosas Baixadas, como aqui chamamos as favelas. Milhares de famílias vivem literalmente dentro da lama, na borda dos igarapés imundos, nos ambientes mais infectos imagináveis.
Situações semelhantes, obviamente em ponto menor, observa-se em Marabá, Santarém, Ananindeua, Castanhal, em Breves e em todo o paupérrimo Marajó, assim como em todo o vasto interior. Parece que pouco mudou nesta parte da Amazônia depois de 1835, quando os Cabanos viviam tão explorados e excluídos que, em certo tempo, quando morriam, seus corpos eram jogados aos urubus. Só eram dadas sepulturas aos brancos.
Por que será que, numa região tão rica em bens naturais, a maioria dos seus habitantes amarga uma miséria tão desgraçada assim?
Pois é esse panorama de tristeza e de revolta que está subjazendo à campanha do plebiscito do próximo dia 11 de dezembro. No começo da campanha, os do Não diziam que Carajás era rico e que o Tapajós era pobre. Os de lá diziam que Belém concentrava a maior parte da riqueza do tesouro estadual, o que é verdade, mas não toda.
Nesta última semana Sins e Nãos parecem ter caído na real e passaram a eleger a miséria como cabo eleitoral comum,
VAMOS DEIXAR O ORGULHO DE LADO, É PRECISO TER VERGONHA DESSA MISÉRIA. DIGA SIM AO DESENVOLVIMENTO DO NOVO PARÁ
77 e 77

Anônimo 11:06 isso também tem ocorrido em Marabá, a turma do SIM foi fazer manifestação na porta da UFPA para atacar um professor que manifestou seu posicionamento contrário a divisão.
Entendo que isso não deva acontecer mais, a intolerância gera violência. E os organizadores dessa manifestação estavam possuídos de desrazão, com muita cólera e desespero.

Não consigo acreditar como as pessoas até hj consiguem ser manipuladas pelos politicos, achando que essa divisão e a melhor solução para todos, uma pena, no meu trabalho já ate ouvi que se alguem for do contra eles vão "exportar" para Belem, como se isso fosse possivel! Depois e so o pessoal do NÃO que e violento! Espero que Deus ilumine a mente de todos e reflitam bem na hora de votar!

SE TEMOS UMA CHANCE DE TENTAR UMA VIDA MELHOR PARA NÓS E PARA NOSSOS FILHOS PORQUE NAO TENTAR.GOIAS FOI DIVIDIDO E HOJE GOIAS E TOCANTINS SAO UM DOS MELHORES ESTADOS DE SE VIVER,COM QUALIDADE DE VIDA E MORADIA.OS CARAS DO NAO,REALMENTE NAO ESTAO SE IMPORTANDO COM A VIDA DOS POBRES NECESSITADOS,NAO QUEREM PERDER OS RECURSOS QUE OBTEM DA NOSSA REGIAO SUDESTE ,MAS TAMBEM NAO TRAS NENHUMA MELHORIA PARA NOSSAS VIDAS.EU DIGO SIM A DIVISAO,CHEGA DE MISERIA,DESSE GOVERNO CORRUPTO QUE TA POUCO SE LIXANDO PRA NOS.EU SOU DO ESTADO DE CARAJAS.BY DANIELA

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