sábado, maio 16, 2009

Enchente


Pará e Maranhão terão chuvas acima da média até final de maio



O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Belém divulgou nesta sexta-feira, 15, o Boletim Técnico Hidrometeorológico para Amazônia Oriental. A previsão é que até o final de maio continue chovendo acima da média histórica no Pará e no Maranhão, com volumes diários superiores a 30 milímetros. No Pará, o boletim aponta para incidência de chuvas especialmente na região de Marabá (sudeste do Estado), de Santarém (oeste), Ilha de Marajó e Belém (nordeste) e em praticamente todo o litoral. No Maranhão, as regiões mais afetadas serão a centro-norte até próximo a Bacabal.
A previsão dos especialistas leva em conta os padrões oceânicos e podem mudar. Contudo, os efeitos de uma mudança ainda que abrupta demorarão algum tempo para alterar as condições atuais, que subsidiaram a previsão para as próximas duas semanas. O meteorologista do Sipam, Márcio Lopes, destacou que, em apenas um dia, choveu 200 milímetros em Altamira (PA), provocando a destruição de barragens feitas em rios secundários, resultando na inundação da cidade. Lopes acredita que o risco de alagamentos continuará em muitas regiões.
O documento consensual dos mecanismos dinâmicos responsáveis pelo comportamento das chuvas e enchentes na Amazônia Oriental (Pará, Maranhão, Tocantins e Amapá) foi elaborado em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Pará, Inmet, Sudam, Defesa Civil Estadual, CPRM, INPE e Ufpa, com o objetivo de compartilhar informações sobre os eventos extremos relacionados às enchentes em grande parte da Amazônia. O boletim técnico foi composto do diagnóstico das condições climáticas e prognóstico de chuva para as duas ultimas semanas de maio, em especial no Pará e Maranhão, onde o índice pluviométrico é mais elevado.
Marabá
Apesar da previsão de chuvas para a região, o nível das águas dos rios Tocantins/Itacaiúnas deve continuar vazando e irá regredir da marca dos 12 metros já neste domingo, segundo o Boletim de Vazões da Eletronorte. Até ontem a redução mantinha-se na faixa de 10 centímetros/dia. Ontem, dia 15, a lâmina d’água estava na cota dos 12,08 metros.
A percepção de que o nível da água está baixando tem deixado os flagelados da cheia eufóricos e alguns já até precipitam a volta para casa, mesmo contra a orientação das autoridades de Defesa Civil. Nesta sexta-feira um fotógrafo flagrou um grupo aparentemente descarregando móveis em uma casa de rua que ainda está alagada.

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