terça-feira, abril 26, 2011

Galvão fica, o time sai

Os jornais televisivos de Marabá ainda transmitiam, nesta segunda-feira, a entrevista do treinador João Galvão dizendo que ninguém em seu lugar faria melhor que ele, quando o Águia tratava da dispensa de três dos atletas considerados até então os mais habilidosos, ou técnicos (no tratamento da crônica esportiva) do grupo: os meias Fabrício e Michel e o lateral direito Ley.

Oras, cara-pálida, seria essa uma prática suicida para ver logo que escuridão tem o fundo do poço?

Para completar, me dizem que não foi dispensa, mas sim que os três pediram para sair, pois não aguentaram a pressão cada vez maior da torcida. Será, ora bolas, que para onde forem não haverá torcidas tão mais organizadas e até violentas na cobrança para com os jogadores?

Menos de 24 horas antes, o próprio presidente Ferreirinha prometia que cabeças iam rolar no elenco, destacando que tinha jogador “pipocando” em campo no último jogo. Se bem me lembro, esses três jogaram no sábado.

A cada dia me convenço mais, e sempre pensei assim, que o problema do Águia não é questão de dono ou de apego, não adianta apenas mudar – e acredito que deve mudar o comando técnico, mas falta uma estrutura mais aberta.

Falta mais clareza para com a opinião pública. Falta esclarecer, só para citar algumas das dúvidas que nós repórteres ouvimos diariamente nas ruas e nas arquibancadas:

- Quanto ganha o técnico do Águia? Quanto custaria contratar um outro profissional para o cargo?
- Quanto o Águia gasta com salários dos seis atacantes do elenco? Quanto gastou só com o Roma no ano passado, no pior custo/benefício da história do clube?
- Quem tem remuneração e quanto recebem cada um dos funcionários e integrantes da comissão técnica e diretoria?
- Quais os detalhes da saída do atacante Felipe Mamão do time ao final de 2010, com a alegada ida dele para o Paraná (o que não se confirmou) e depois contratação pela Tuna, onde hoje continua marcando gols?
- Quanto custa a manutenção do tal preparador físico mineiro Roberto Ramalho em detrimento a profissionais de Marabá que já mostraram serviço, enquanto o time passa, flagrantemente, por uma apatia física das mais terríveis?


Só para constar, criaram um novo lugar comum de que quem questiona a situação do clube é “contra o Águia”, já peço que me livrem do sentimentalismo fácil e tratem o tema com a mesmo ceticismo que estou lançando, afinal chega de conto de fadas. Os números não mentem!

2 comentários:

Esse time tá uma vergonha mesmo. Os caras não tem pernas pra correr e o galvao tá ultrapassado...fora galvao!

Com a manutenção do Galvão à frente do Águia pelo resto de 2011 fará a torcida aumentar o boicote aos jogos do time marabaense. Isso é inevitável.

Estão brincando com os sentimentos dos torcedores e isso não é bom. Jogar a torcida contra o time é burrice.

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