segunda-feira, outubro 25, 2010

Comércio parado em Marabá nesta segunda

O telefone do presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio de Marabá), Paulo César Carvalho Lopes, não parava de tocar enquanto ele estava na Redação do CORREIO DO TOCANTINS na sexta-feira (22/10). Entre os telefonemas, comerciantes preocupados com a obrigatoriedade do fechamento do comércio nesta segunda-feira (25), por conta do Dia do Comerciário. Sobre a mudança da data – até o ano passado essa folga se dava no último sábado de outubro -, Paulinho, diz que foi feita uma consulta a vários ramos e o consenso foi de que o sábado é mais rentável para vendas.

“O Da do Comerciário já é comemorado assim há pelo menos 18 anos. E ao longo desse tempo os próprios colegas vinham pedindo a mudança dessa folga para um dia comum da semana, por que o sábado é um dos melhores dias em faturamento do comércio. Então, com muita luta, conseguimos transferir para a segunda-feira e em Belém é da mesma forma que em Marabá”, explica o presidente do Sindicom, completando que a decisão pode ser revista futuramente.

A folga do Dia do Comerciário - equivocadamente tratada por alguns como feriado - é reconhecida pela cláusula sexta da convenção coletiva de trabalho firmada entre o sindicato patronal, o Sindicom e o Sindecomar (Sindicato dos Empregados no Comércio de Marabá e Região). Na versão do documento 2010/2011, homologada em 1º de setembro de 2009 como aditivo, a clausula já previa a folga para a quarta segunda-feira de outubro.

Na prática, a garantia da folga em outubro é uma das compensações ao trabalho dos empregados em lojas devido à jornada de trabalho mais longa no período natalino, época em que o comércio mais fatura com vendas. É comum a confusão de trabalhadores de outros ramos com a ideia de que é feriado na cidade, porém empresas de outros ramos que não o varejista e atacado, podem abrir as portas normalmente.

“Estamos falando do comércio varejista e atacadista. Prestadores de serviço podem trabalhar, assim como concessionárias de veículos, gráficas, jornais, locadoras, açougue, etc. Essa data é somente para o comércio”, frisa Paulo Lopes, ressalvando que pequenas empresas familiares podem abrir as portas, desde que sem a convocação dos funcionários.

Representante do Sindecomar, em entrevista esta semana, disse confiar de que os empresários cumprirão com o que está previsto na convenção coletiva e não abrirão as portas nesta segunda-feira, situação que, caso comprovada, redundará em multa para a empresa.

Baile do empresário

Na mesma entrevista ao CORREIO DO TOCANTINS, Paulinho deu mais detalhes sobre o Baile do Empresário deste ano, confirmando, inclusive, a data como 4 de novembro, uma quinta-feira, possivelmente em O Casarão Eventos. Serão condecoradas com destaque empresarial empresas de 50 a 58 segmentos, mediante resultado de pesquisa tabulada pelo SEBRAE (Serviço Nacional de Apoio a Micro e Pequena Empresa).

Os três nomes que concorrem ao título de Empresário do Ano em Marabá são de empreendedores do ramo imobiliário, os quais estão à frente de projetos de loteamento e condomínios na cidade. São eles: Antônio José Guadagnin, do Loteamento Novo Progresso; Gustavo de Castro Borges, da Premium Engenharia e Ricardo Valadares Gontijo, da Direcional Engenharia.

“Depois do segmento de minério o que mais está crescendo em termos de emprego é o da construção civil, por efeito desses projetos imobiliários. Então esses três empresários representam os que realmente mais estão investindo na cidade”, avalia o presidente do Sindicom, lamentando que falte incentivo fiscal para esse tipo de iniciativa no município.

Para Paulinho, é preciso abraçar esses projetos, assim como outros que prometem alavancar Marabá em termo de empregos, como os shoppings do Grupo Leolar e Unique, assim como o magazine da YYamada.

“Marabá está precisando de emprego, de postos de trabalho. Você viu aquela reportagem da Veja (revista), onde a única coisa que falou que era realidade foi sobre o CORREIO DO TOCANTINS e sobre o Pátio Marabá, o restante é fantasioso, fora da realidade. Marabá pode crescer 19%, vinha crescendo, mas agora deu uma estagnada porque o nosso setor guseiro foi para o espaço. Perdemos 5 mil empregos diretos e 25 mil indiretos. Isso está nos afetando”, lamenta.

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