segunda-feira, março 21, 2011

O que vi do Obama



Se o objetivo do ilustre presidente norte-americano Obama era derrubar qualquer antipatia ou anti-americanismo no Brasil ele veio preparado e amplamente municiado. Não só deu show, como certamente voltará aos EUA conferindo aumento de salário à equipe contratada já a peso de ouro para redigir os seus discursos.

Sim, é claro que tudo o que ele fala está escrito, meticulosamente redigido a pelo menos oito mãos, após pesquisas aprofundadas e depois lançado naquele teleprompter moderno, uma prancheta de vidro que quase passa despercebida.

Mas quero mesmo é elogiar, porque pela primeira vez vejo um norte-americano pisar aqui e não demonstrar empáfia e arrogância inerente. Obama, com a sagacidade própria, rasgou simpatia. Deu aula de história ao fazer citações de Juscelino Kubitschek ao pisar em Brasília.

No domingo, para uma plateia composta de artistas, escritores, notáveis, líderes de entidades e empresários, esqueceu a agenda política e iniciou sua fala com frases inteiras em português, ganhando a plateia com aplausos efusivos nos primeiros três minutos de fala. Aos cinco já estavam todos embebidos pela simpatia do negão, de forma que ele minou até os mais céticos.

Vou baixar o discurso dele no youtube e guardar, vou assistir e assistir várias vezes. Gosto de fazê-lo em ocasiões históricas, não pela ilusão, mas para entender os mecanismos, perceber como, no discurso, as emoções são construídas, assim como as reações.

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